domingo, 13 de dezembro de 2020

A Fauna de Capelins - O Chapim Real

 A Fauna de Capelins - O Chapim Real  

O Chapim Real pode ser observado na fauna das terras de Capelins a esvoaçar de árvore em árvore uns atrás de outros, cantando e procurando a sua alimentação composta por insetos, aranhas, sementes e frutos! Em Capelins o Chapim é designado por Cachapim!

O Chapim-real (Parus major) é o maior chapim da família Parulidae, medindo 14 cm de comprimento e entre 22.5 e 25.5 cm de envergadura. A plumagem é maioritariamente castanho-esverdeada nas partes superiores (manto e cauda) e amarela no peito e barriga. A cabeça é preta, com excepção das faces brancas, e é a partir do colar que parte uma banda preta que atravessa todo o peito e barriga da ave. O bico é igualmente preto. Nas asas possui uma barra branca que é visível apenas em voo.
A identificação do Chapim-real não é difícil, distinguindo-se do Chapim-azul (Parus caeruleus), o seu parente mais semelhante, pela maior dimensão, pela cabeça branca e preta e pela barra preta nas partes inferiores. À semelhança do que acontece com outras espécies de chapim, o comportamento característico que adopta quando se alimenta, esvoaçando entre os ramos das árvores, suspendendo-se de patas para o ar e emitindo sucessivos chamamentos, torna a sua detecção e identificação mais fáceis.
É uma ave comum e com populações estáveis na maioria da sua área de distribuição.
Em Portugal é uma espécie abundante que nidifica em todo o território, sendo igualmente comum no norte e no sul do país, embora com algumas diferenças ao nível do habitat que ocupa.
Em Portugal, o Chapim-real tem estatuto de não ameaçado. A nível internacional encontra-se incluído no Anexo II da Convenção de Bona.
O Chapim-real é uma espécie largamente distribuída e bem adaptada a uma grande variedade de habitats florestais. Assim, encontra-se protegida do principal factor de ameaça que põe em perigo muitas espécies de aves: a perda de habitat.
Frequenta principalmente áreas florestais (montados, pinhais, olivais, eucaliptais,) mas também estevais e outras formações arbustivas. Bem adaptado à presença do Homem, o Chapim-real ocorre também em parques e jardins, aproveitando estruturas feitas pelo Homem para nidificar.
A alimentação do Chapim-real compõe-se principalmente de insectos (lepidópteros e coleópteros) e de aranhas, mas também de frutos e sementes, sobretudo no Inverno, quando os insectos escasseiam. Assim, durante a Primavera e Verão os chapins alimentam-se nas árvores e no Outono e Inverno maioritariamente no solo. Em determinados locais os chapins habituaram-se a comer em comedouros colocados em parques, jardins e quintais particulares, comedouros estes que lhes asseguram a alimentação durante os meses em que o alimento escasseia.
O Chapim-real nidifica em cavidades nas árvores, onde preenche a camada do fundo do ninho com musgo, folhas secas, lã e penas. Ocupa facilmente caixas-ninho construídas pelo Homem, principalmente em habitats em que escasseiam as cavidades naturais. A postura é iniciada em Março ou Abril. A fêmea põe entre 3 e 18 ovos, habitualmente entre 6 e 11 na Europa, que incuba sozinha durante um período de 12 a 15 dias. As crias deixam o ninho ao fim de 16 a 22 dias.
Em Portugal esta é uma espécie comum, frequentando a grande maioria das áreas florestais de norte a sul do País. Principalmente no sul, é extremamente fácil observar o Chapim-real em qualquer montado de sobro ou de azinho.
(Adaptado de Naturlink)
Chapim Real 

 


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