segunda-feira, 30 de novembro de 2020

A Fauna de Capelins - O Pintassilgo


A Fauna de Capelins - O Pintassilgo

O Pintassilgo era/é das aves mais simpáticas e dona de uma plumagem muito bonitas que compõem a Fauna das terras de Capelins! Muitas vezes faziam/fazem os ninhos nas oliveiras, laranjeiras ou outra árvore à porta das casas, onde passavam o tempo a cantar e a alegrar os moradores, são uma ave muito fácil de domesticar!
Nos campos de Capelins eram vistos em abundância em grandes bandos a debicar em plantas secas com picos que continham semente que eles muito apreciavam! Hoje, são cada vez menos devido à escassez de alimento em algumas alturas do ano.
Pintassilgo
Carduelis carduelis
O garrido do vermelho, amarelo e preto constituem a marca mais saliente deste pequeno passeriforme
Esta pequena ave granívora é conhecida por quase toda a gente, pelo que se trata de uma espécie de relativamente fácil identificação. A sua máscara vermelha, a cabeça branca e preta e as manchas amarelas nas asas fazem do pintassilgo uma ave bastante colorida e com um padrão facilmente reconhecível, mesmo em voo. Durante a Primavera, pode ser observado a cantar no alto de árvores, antenas, postes e telhados. No Inverno
agrega-se frequentemente em bandos de dimensões
consideráveis, que podem juntar centenas de aves.
Abundante e bem distribuído ao longo do território continental, mas claramente mais comum no sul do que no norte, o pintassilgo ocupa uma variedade imensa de habitats, desde parques e jardins urbanos, a montados, pomares, bosques abertos, orlas, e, também, estepes cerealíferas durante o Inverno, onde é bastante abundante. Apenas evita as áreas densamente florestadas e de altitude. Está presente no país durante todo o ano.

(Adaptado de aves de Portugal)





domingo, 29 de novembro de 2020

A Fauna de Capelins - O Pardal

 

A Fauna de Capelins - O Pardal

O Pardal era/é uma ave muito abundante nas terras de Capelins, eram tão numerosos que, conseguiam destruir um seara de trigo, obrigavam os donos a estar presentes antes do nascer do sol e à tardinha junto às searas a bater em latas e a gritar "Ruxa passarada" ou em alguns casos a usar bombas de carnaval, porque pousavam nas espigas do trigo e debulhavam-nas com o bico, muitas vezes estragando mais do que comiam! Mas também é verdade o que diziam: "Todo o pássaro come trigo e só o pardal é que paga", mas era o mais descarado, pousava quase nas barbas dos donos das searas e sentava-se logo à mesa a debicar nas espigas! Hoje, com o desaparecimento das searas de trigo, também o pardal diminuiu a sua população nas terras de Capelins.
Pardal-comum
Passer domesticus
Uma das mais abundantes espécies da nossa avifauna, e, provavelmente, a mais conspícua, desde há muito que o pardal-comum se estabeleceu em ambientes urbanos, sendo bastante fácil de detectar.
O facto de coexistir com o homem no mesmo ambiente faz com que as suas características sejam facilmente apreciadas. Os machos e as fêmeas apresentam plumagens diferentes, sendo o primeiro caracterizado pelo babete preto, a testa e a coroa cinzentas, os loros escuros e o dorso acastanhado com marcas escuras. As fêmeas não possuem babete nem os loros escuros, apresentando a plumagem acastanhada e uma lista creme desde
o olho à nuca. O bico é grosso, como é próprio das aves granívoras.
O pardal-comum é bastante abundante ao longo do território, sendo geralmente ubíquo em zonas humanizadas, tanto em grandes cidades como em aldeias ou lugarejos habitados. Ocorre durante todo o ano, podendo formar bandos de grandes dimensões, especialmente em zonas agricultadas ou em
dormitórios de parques urbanos.

(Adaptado de aves de Portugal)






A Fauna de Capelins - O Sisão

 A Fauna de Capelins - O Sisão

O Sisão era uma ave constituinte da Fauna das Terras de Capelins, o seu habitat estava relacionado com as searas, pousios, meloais e pastagens da agricultura tradicional que desapareceu, levando consigo o Sisão, sendo hoje muito difícil de observar nas terras de Capelins, mas vão voltar.
O Sisão Tetrax tetrax é uma ave da ordem dos gruiformes com a dimensão aproximada de uma galinha, tendo pouco mais de 40 cm de comprimento e cerca de 90 cm de envergadura. Na época de reprodução o macho possui penas cinzentas e negras na cabeça e no pescoço, com uma "gravata" branca. No Inverno apresenta a mesma plumagem pardacenta da fêmea. É uma ave tímida, que levanta voo facilmente a uma distância apreciável do observador. A voar faz lembrar um pato ou um ganso, sendo muito visíveis as grandes manchas brancas da sua plumagem. Os machos em voo produzem um silvo típico, devido a uma pena modificada que possuem nas asas (4ª primária - "alula"), silvo este que se torna particularmente audível quando somos sobrevoados pelos grandes bandos que por vezes se formam no Inverno.
A maior parte da população portuguesa de sisões encontra-se no Baixo e Alto Alentejo, ainda que ocorra desde o Algarve até Trás-os-Montes. A Norte do Tejo surge sobretudo junto à fronteira, sendo muito menos frequente a norte da Beira Baixa. No Algarve também é bastante menos comum do que no Alentejo. Em locais de habitat particularmente favorável (como nos pousios de cereal da região de Castro Verde), foram estimadas densidades primaveris de machos próximas de 25 machos por km2, valor excepcionalmente elevado em termos mundiais.
Aparentemente a população portuguesa está estável, ainda que a intensificação agrícola associada ao regadio (actual e previsível) de vastas áreas alentejanas constitua uma ameaça, tal como o êxodo rural e abandono agrícola de outras zonas. É considerada uma espécie não ameaçada pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.
Frequenta sobretudo zonas abertas de agricultura extensiva, como pousios, searas de cereal e pastagens, ainda que ocorra igualmente em áreas fracamente arborizadas, como em montados de sobro e azinho abertos e nas orlas de olivais. Concentra-se por vezes em parcelas de leguminosas (por exemplo, luzerna, gão-de-bico) e em meloais para se alimentar.
Consome uma grande variedade de grãos, folhas frutos e talos de diversas espécies de plantas. Sobretudo no Verão, alimenta-se também de insectos e de outros invertebrados.
Os machos surgem com a sua plumagem primaveril a partir de Abril, realizando a sua parada nupcial em pequenas "arenas" de parada. Nestas, os machos abrem a cauda em forma de leque, esticam as asas para frente e levantam as penas do pescoço realçando as suas manchas brancas, pavoneando-se de um lado para o outro e saltando enquanto lançam um chamamento característico ("prrrt") de tempos a tempos. As fêmeas aproximam-se do local onde os machos realizam a parada para aí realizarem a cópula. Retira-se depois para nificar, incubando sózinha 3 a 4 ovos num ninho preparado sobre o solo, no meio de erva alta (pousios, searas). Os recém-nascidos são nidífugos, isto é, saem do ninho e acompanham a mãe pouco depois do nascimento.
É uma espécie residente no nosso País, ainda que no Inverno se junte frequentemente em grandes bandos, que chegam a atingir mais de 500 indivíduos e que podem percorrer distâncias apreciáveis. Estudos em curso, em que foram colocados emissores-rádio com recepção por satélite em sisões, revelaram que aves capturadas em França foram a Espanha invernar e uma ave capturada na região de Campo Maior, tem-se deslocado até diversas zonas do Alto Alentejo, entrando por vezes em Espanha.
O Sisão foi particularmente beneficiado pelo Plano Zonal de Castro Verde, um plano agro-ambiental que concede subsídios aos agricultores para a implementação de práticas agrícolas favoráveis à avifauna. Num período de 4 anos, registaram-se variações positivas na sua abundância da ordem dos 15-30% nos locais onde as medidas foram aplicadas.

(Adapatado de naturlink)

O Sisão



A Fauna de Capelins - O Peneireiro

 A Fauna de Capelins - O Peneireiro 

O Peneireiro é uma ave de rapina que podemos ver nos céus das terras de Capelins, passa tempo infinito na mesma área, sempre com o mesmo movimento que, conforme diziam os nossos ancestrais andava a peneirar, ou seja, a balançar para um e outro lado, com o objetivo de lá de cima observar se no terreno aparecia o seu almoço, para mergulhar e apanhar a presa. Esta ave é da família dos falcões, mas existem muitas espécies.

Peneireiro

Designação de aves da família dos Falconídeos.
Aves como o peneireiro Falco tinnunculus, também conhecido como peneireiro-vulgar ou peneireiro-de-dorso-malhado, são pequenos falconídeos que eram extremamente abundantes na estepe antes da utilização de inseticidas. Os falcões são radicalmente diferentes de todas as outras aves de rapina diurnas. Do género Falco existem cerca de quarenta espécies.
O peneireiro-comum é o peneireiro mais espalhado da Europa, encontra-se em quase todo o tipo de terrenos abertos, desde planícies cultivadas a terrenos pantanosos, nas terras altas onde se alimenta de pequenos mamíferos, insetos, répteis e alguns pássaros.
O macho tem no dorso plumagem vermelha salpicada de escuro, a cabeça acinzentada, garganta branca e peito claro, com manchas brancas e o uropígio e a cauda cinzentos. A fêmea tem a parte dorsal com plumagem listada transversalmente e a cauda avermelhada, com barras escuras e estreitas. Nos dois sexos existe uma larga faixa branca na extremidade da cauda que precede uma outra faixa branca muito estreita. Os pés são amarelos e a íris é escura.
É uma ave com o comprimento total que oscila entre os 31 e 37 centímetros, com um comprimento de asa que varia entre os 230 e 270 milímetros, com uma envergadura compreendida entre os 68 e 82 centímetros. O seu peso oscila entre os 180 e 230 gramas. Na época do acasalamento, que ocorre a partir do princípio de março, nidificam frequentemente nos ninhos velhos de gralhas em maciços de árvores ou nas reentrâncias das escarpas. A postura é de três a sete ovos, normalmente cinco, cuja incubação é feita pela fêmea durante 27 a 31 dias. Os juvenis são alimentados no ninho, pelos pais, durante cinco a seis semanas. Ao fim de seis semanas efetuam os primeiros voos, mas não abandonam a área dos pais durante, pelo menos, um mês.

(Adaptado de Infopédia)

Peneireiro comum



sábado, 28 de novembro de 2020

A Fauna de Capelins - O Gaio

 A Fauna de Capelins - O Gaio

O Gaio é uma ave que integra a fauna das terras de Capelins, embora pouco frequente! É considerado um mestre na arte de imitar os cantos e chamamentos de muitas espécies de aves florestais. Sendo uma ave em geral tímida, é mais fácil ouvi-la do que observá-la.
O gaio tem uma linda plumagem que, deu origem à letra de uma canção popular:
"As penas do verde gaio.
São verdes e amarelas.
Não me empurres porque eu caio.
Não me tenho nas canelas!"
O Gaio (Garrulus glandarius) é um corvídeo de dimensões médias, medindo cerca de 35 cm de comprimento e 52 a 58 cm de envergadura. Dentro da família Corvidae é a espécie mais colorida, tem uma coroa listada de cinzento-acastanhado e branco, "bigode" preto, peito e barriga castanho-rosado, asa pretas com uma banda branca larga e com parte das grandes coberturas azuis riscadas de preto, uropígio branco e cauda preta. O bico, curto e forte, é preto.
O Gaio é uma espécie que não oferece dificuldade na sua identificação, sendo facilmente reconhecido em voo pelo painel branco nas asas e pelas conspícuas e únicas coberturas azuis e pretas. Pelo facto de ser uma ave florestal a sua observação pode ser trabalhosa. Mais comum é ouvir os gritos ásperos que emite com frequência, bem como todo um leque de imitações de cantos e chamamentos de outras aves.
A desflorestação e a perseguição humana constituem os dois principais fatores de ameaça para esta espécie. Contudo, em muitos países europeus tem-se vindo a registar um aumento nos seus efetivos populacionais.
O Gaio é uma ave tipicamente florestal e que ocorre em todo o tipo de habitats florestais: Pinhais, montados, florestas de coníferas e florestas mistas de folhosas e resinosas. Parece preferir matas de densidade média e com sub-bosque. Em algumas regiões, esta espécie começou a ocupar pequenos bosques e mesmo parques rurais e urbanos. Alguns hábitos de alimentação, como o de enterrar bolotas, evidenciam a forte e antiga relação que estas aves têm com os montados, provavelmente o seu habitat de eleição.
O gaio é omnívoro. Alimenta-se de invertebrados, principalmente escaravelhos e larvas de borboletas, de frutos e de sementes, preferindo as bolotas. Durante a época de reprodução grande parte do alimento, sobretudo lagartas e outros insectos, é obtido nas folhas das árvores; no resto do ano os gaios alimentam-se principalmente no solo.
O Gaio constrói o ninho em árvores ou em arbustos, mais raramente em buracos de árvores. Utiliza folhas, musgo, ervas e pequenos galhos como material de construção. A postura, de 5 a 7 ovos, é efectuada no mês de Abril, prolongando-se a incubação por um período de 16 a 17 dias. As crias deixam o ninho com cerca de 21 dias de idade.
É uma ave sedentária no sul e ocidente da sua área de distribuição, migradora irregular nas regiões do norte e leste europeu. A maioria das aves migradoras são juvenis que, em geral, regressam à área de origem durante a Primavera.
No Outono os gaios fazem provisões de bolotas das quais se alimentam no Inverno. Apanham as bolotas nas árvores, guardando-as no papo e transportando-as de seguida para o solo onde as escondem sob o manto de folhas ou musgo. Durante o Inverno, alimentam-se desta fonte armazenada, não hesitando na hora de alcançar o local de cada bolota. Os gaios demonstram assim uma notável memória visual.
(Adaptado de Naturlink)

Gaio Verde



quinta-feira, 26 de novembro de 2020

A Fauna de Capelins - O Melro Preto

 A Fauna de Capelins - O Melro Preto

O Melro preto é uma ave que se pode observar com frequência nas terras de Capleins, seja nos olivais, nos montados, nos quintais e nas lenhas! É uma ave que cada vez mais se aproxima das povoações, mas está sempre alerta e quando levanta voo emite sempre um cântico de despedida!
Como acontece com quase todas as aves, cada vez se observam menos exemplares, devido a vários fatores, como o excessivo uso de pesticidas que destroem a base da sua alimentação, sendo cada vez mais excassa.

O Melro-preto encontra-se bem distribuído por todo o País, podendo ser observado praticamente em qualquer zona que apresente algum tipo de vegetação, inclusive em áreas urbanas.
O Melro-preto (Turdus merula) é uma das espécies mais típicas e abundantes da nossa fauna, sendo conhecida pela generalidade das pessoas. Uma das razões que justificam a sua popularidade é a conspicuidade da sua plumagem, com particular destaque para os machos: plumagem integralmente de cor negra e com um bico alaranjado de tons vivos. As fêmeas são normalmente de cor castanha escura, apresentando uma maior variação de cores. O peito, a barriga e os flancos são normalmente malhados e a garganta é mais clara que o resto da plumagem. O bico não apresenta as cores vistosas dos machos.
É uma das espécies mais abundantes da avifauna europeia e portuguesa, tendo sido introduzida em muitos outros locais (e.g., Austrália, Nova Zelândia). No Atlas das Aves que Nidificam em Portugal Continental (Rufino, 1989) foi uma das poucas espécies registadas em todas as folhas de registo. Aparentemente é comum tanto no Norte, como no Sul do País.
Em Portugal o Melro frequenta uma enorme diversidade de habitats, como uma grande variedade de sistemas florestais e agro-florestais, pomares, jardins, parques, zonas de culturas agrícolas com sebes vivas, zonas arbustivas de toda a natureza, desde que sejam relativamente densos, áreas de matos, zonas húmidas com sebes vivas, entre outros.
A sua alimentação é composta por numerosos insectos, anelídeos e uma grande variedade de frutos silvestres e cultivados.
Os melros podem realizar duas ou três posturas por ano, sendo a primeira normalmente nos meses de Março ou Abril. Os ninhos são construídos relativamente perto do solo e geralmente num arbusto. As posturas são compostas por 3 a 4 ovos, mais raramente por 2 ou 5 ovos. O número médio de ovos na segunda e terceira postura é de 4 ovos. Os ovos apresentam as dimensões aproximadas de 29,5 mm x 21,5 mm, sendo de uma cor verde-suave ou verde-esverdeado, com manchas ou pontos avermelhados cor de ferrugem. São incubados durante um período que varia entre os 13-15 dias, na sua grande maioria pela fêmea. Os juvenis são alimentados durante as duas semanas que permanecem no ninho, a que se adicionam mais duas semanas.

(Adapatado de Naturlink)

Melro



A Fauna de Capelins - O Abibe

 A Fauna de Capelins - O Abibe

O abibe era uma ave muito abundante nas terras de Capleins durante os meses do Inverno, gosta de frio, apareciam em grandes bandos aos lugares onde faziam lavouras para se alimentar! São muito ariscas, não autorizam a aproximação do ser humano, ao darmos uns passos na sua direção, levantam logo voo! Nos últimos anos tem diminuído, quase desapareceu das terras de Capelins!
Abibe
Vanellus vanellus
O abibe é uma das aves mais emblemáticas da nossa avifauna invernante, com as suas vocalizações
características, e a sua distintiva poupa e o padrão colorido da plumagem.
Esta é uma das espécies de mais fácil identificação da nossa avifauna, sobretudo quando em plumagem
de adulto. O seu característico penacho comprido, mais longo durante a Primavera e o Verão, o padrão
escuro (dorso) e claro (abdómen e peito), as patas algo compridas e as manchas brancas faciais permitem
distingui-lo facilmente das restantes limícolas. No dorso, apresenta uma tonalidade esverdeada com
reflexos, que perdem vivacidade na plumagem de Inverno. Quando em fuga, emite vocalizações
extremamente características, parecidos a lamentos.
O abibe é abundante durante o Inverno na metade sul do país. A melhor época de observação centra-se nos meses de Outono e Inverno, sobretudo entre Outubro e Fevereiro. Na Primavera, e dado ser uma espécie rara como reprodutora, os seus números caem bastante. Ocorre sobretudo junto a zonas húmidas, prados húmidos, pastagens e zonas lavradas, estando ausente de zonas
montanhosas ou densamente florestadas. Pode ocorrer em bandos de algumas centenas, por vezes em associação com a tarambola-dourada. No restante do ano, o abibe torna-se mais raro.
Trata-se de uma espécie mais frequente a sul que a norte.

(Adaptado de Aves de Portugal)

Abibe



quarta-feira, 25 de novembro de 2020

A Rola Brava

 A Rola Comum ou Rola Brava

A Rola brava era uma ave cinegética muito abundante nas terras de Capelins, onde tinha um habitat especial, muita comida, água e arvoredo, como oliveiras e azinheiras onde nidificava, nestas últimas podíamos ver 4/5 ninhos!
Hoje, raramente se consegue observar uma rola brava nas terras de Capelins!

A rola-brava é um pequeno membro da família dos pombos e rolas (Columbidae), de pescoço fino, de forma semelhante a um pombo, embora mais leve e de cauda mais comprida.
A plumagem é azul-acinzentada no corpo e cabeça, e branca no peito e nas coberturas infra-caudais. De cada lado do pescoço possui riscas brancas e pretas (característica que a distingue da outra espécie de rola que pode ser observada no nosso país, rola-turca – Streptopelia decaocto). A cauda possui uma banda terminal branca. A pele à volta do olho e das patas é avermelhada. Apesar de não haver dimorfismo sexual, existem ligeiras diferenças entre sexos, entre indivíduos de diferentes idades e raças quer na plumagem quer no tamanho.
Na altura da reprodução, a rola-brava (S. t. turtur) migra até à Europa (desde a zona Mediterrânica até às regiões mais a norte), estimando-se que esta população seja de entre 2,8 e 14 milhões de casais reprodutores. Em Portugal tem estatuto de “vulnerável”.
As boas condições que a Península Ibérica tem para a reprodução e para alimentação (bosques e culturas cerealíferas), são a razão pela qual alguns indivíduos se fixam no nosso país. É uma espécie cinegética bastante apreciada pelos caçadores.
O habitat preferido por esta espécie na Europa, compreende um mosaico de orlas, matos arbustivos, bosquetes e zonas abertas, onde se alimenta. O alimento é composto basicamente por sementes bravas e agrícolas (alimenta-se preferencialmente no chão). A época da reprodução começa assim que chegam aos locais de reprodução. Espécie monogâmica.
As rolas podem percorrer grandes distâncias para se alimentar e muitas vezes o território de reprodução não coincide com o de alimentação. Os locais de alimentação têm normalmente vegetação baixa e pouco densa. As sementes de culturas agrícolas são muito importantes, embora a quantidades ingerida não seja igual durante todo o ano, pois estas estão disponíveis imediatamente antes e depois de serem colhidas. As sementes agrícolas têm um valor nutritivo mais elevado do que as sementes bravias, e por isso o aumento do seu consumo é extremamente benéfico para o sucesso reprodutivo das rolas, apesar de não ser determinante.
O ninho é normalmente uma pequena plataforma de ramos finos, construído principalmente pela fêmea, na copa das árvores ou arbusto altos, podendo também ser feito no meio da vegetação (numa orla) ou em árvores isoladas. As posturas variam entre um a três ovos, sendo a média de dois. Podem realizar até três posturas com sucesso, embora possam construir mais ninhos e realizar mais posturas de substituição, no caso de se perder uma postura ou juvenis. A incubação dura 13-16 dias, e é realizada quer pelo macho como pela fêmea.
As modificações na paisagem agrícola alteraram o comportamento reprodutor e alimentar das rolas. A diminuição da área agrícola, apesar de não afectar o sucesso reprodutivo directamente, contribui para a diminuição da condição física dos adultos (devido à menor disponibilidade de alimento e à maior distância percorrida entre o local de nidificação e as áreas de alimentação). Consequentemente o número de tentativas de postura será menor, diminuindo a taxa de reprodução.
O aumento do uso de herbicidas diminui o número de espécies vegetais bravias numa área agrícola, tornando estas áreas menos atractivas para a alimentação. No Reino Unido a disponibilidade alimentar foi um dos factores que provocou uma diminuição na população de rolas.

(Adaptado de Covão da Ponte)

Rola Brava



A Fauna de Capelins - A Codorniz

 A Fauna de Capelins - A Codorniz

A codorniz é uma ave cinegética cada vez mais escassa nas terras de Capelins, não só devido à caça, mas também à quase inexistência de hortas, meloais e outros lugares onde se alimentava, como os vales cultivados! Quando levantam voo à nossa frente, produzem sempre um silvo a cantar que parece uma sirene, parece que a reclamar por serem incomodadas!
A codorniz é, a par da rola e da perdiz, uma das espécies cinegéticas preferidas dos caçadores portugueses. É uma ave solitária, pequena (17/18 cm) e de voo rápido, sendo mais fácil ouvi-la do que vê-la. Caminhando pelo campo pode acontecer levantar voo aos nossos pés, pois apenas abandona a camuflagem do solo quando é quase pisada. Tem uma coroa preta e branca, o abdómen branco e o resto do corpo com tonalidades castanhas com riscas claras.
Bastante parecida com um perdigoto, esta ave é no entanto muito dificil de ser vista; na realidade, o contacto mais vulgar com a codorniz é auditivo; o seu canto, que se pode ouvir quer de dia quer de noite, é bastante característico e invulgar para uma ave tão pequena.
O habitat preferencial são os campos cultivados, searas, pastos e mesmo espaços abertos em bosques, onde o animal disponha de recursos alimentares suficientes, aliás semelhantes aos da perdiz.
Alimenta-se sobretudo de sementes, folhas e insectos.
Faz o ninho numa cavidade do solo, entre Abril e Maio, onde põe entre 7 e 12 ovos cor creme com manchas castanhas, que são incubados pela fêmea durante 23/25 dias.
As modificações na paisagem agrícola alteraram o comportamento reprodutor e alimentar das codornizes. A diminuição da área agrícola, apesar de não afectar o sucesso reprodutivo directamente, contribui para a diminuição da condição física dos adultos (devido à menor disponibilidade de alimento e à maior distância percorrida entre o local de nidificação e as áreas de alimentação). Consequentemente o número de tentativas de postura será menor, diminuindo a taxa de reprodução.
O aumento do uso de herbicidas diminui o número de espécies vegetais bravias numa área agrícola, tornando estas áreas menos atractivas para a alimentação. No Reino Unido a disponibilidade alimentar foi um dos factores que provocou uma diminuição na população.
A alteração dos habitats de nidificação e/ou alimentação devido à construção de infra-estruturas (barragens, parques eólicos, estradas), instalação de regadios, produção florestal, actividade de extracção de inertes.

(Adaptado de Covão da Ponte)

Codorniz



A Fauna de Capelins - A Poupa

 A Fauna de Capelins - A Poupa

A Poupa é uma ave que, desde sempre, podemos observar nas terras de Capelins, o seu aspeto físico e a sua plumagem desperta curiosidade mas não reúne muitos admiradores devido à fama que tem de consumir material fedorento na sua alimentação que, parece não corresponder à realidade! Faz o seu ninho nas tocas das árvores, onde, para afastar os eventuais invasores espalha nas proximidades esse material que, emite um cheiro insuportável, para afastar eventuais invasores do ninho! Como as pessoas viam a Popa fazer a angariação desse material, logo gerou essa confusão.

Poupa Upupa epops
A sua poupa tão característica faz desta ave uma das espécies mais emblemáticas da nossa fauna
A poupa é uma espécie comum que pode ser observada de norte a sul do país. Os melhores locais para a procurar são zonas com habitat florestal ou misto de florestal e agrícola.
Inconfundível, com o seu característico padrão preto e branco nas asas, e a cabeça e pescoço ocres. No
entanto, a particularidade morfológica mais óbvia desta ave é a sua crista (poupa) pronunciada, orlada por
pontas pretas, que, quando levantada, se assemelha a um leque. Emite uma vocalização extremamente fácil
de ser identificada, um pouco semelhante ao cuco.
Esta é uma espécie abundante e com área de distribuição ampla, podendo ser encontrada sobretudo em habitats florestais pouco densos, nomeadamente montados de sobro e azinho, assim como nas imediações de campos agrícolas. Na metade sul do território, pode ser encontrada durante todo o ano, sendo no entanto menos abundante no Inverno.
(Adaptado de Aves de Portugal)

A Poupa



A Fauna de Capelins - A Pêga Rabuda

 A Fauna de Capelins - A Pêga Rabuda 

A Pêga é uma ave que podemos observar nas terras de Capelins, desde há muitos anos, mas nunca foi bem vista, não ganhando simpatia entre a população que achava que só faziam mal! São vistas quase sempre acasaladas, mesmo fora da época da sua nidificação!
A Pega-rabuda Pica pica pertence à família Corvidae que inclui, por exemplo, também a Pega-azul Cyanopica cyana e o Corvo Corvus corax. Distinguem-se 13 subespécies de Pega-rabuda,
Têm cerca de 45 cm de comprimento, e os marcados contrastes brancos e negros da sua plumagem quase dispensam uma descrição detalhada. A plumagem negra é muito brilhante podendo, conforme as condições de luz, transmitir tons de azul, violeta, bronze ou verde. As subespécies diferem em vários aspectos como na cauda, no bico, nas proporções de plumagem branca e negra, no brilho das penas, e nas dimensões, sendo maiores as Pegas das regiões mais frias. A Pica pica melanotos tem, normalmente, o uropígio preto e é mais pequena que a Pica pica pica. Não há diferenças de plumagem entre os sexos, mas a fêmea é cerca de 10% mais pequena do que o macho.
As Pegas-rabudas são generalistas, e frequentam uma gama variada de habitats, ocorrendo principalmente em zonas agrícolas de características diversas, mas ocorrem mesmo em zonas suburbanas.
Durante o ano exploram carcaças de animais mortos e caçam pequenos vertebrados. Alimentam-se essencialmente no chão sendo a sua dieta composta maioritariamente por material vegetal durante o Inverno, e por presas animais (sobretudo invertebrados, mas também ovos e pequenos vertebrados) nos meses mais quentes. O hábito de armazenar comida excedente ter-lhe-á permitido adaptar-se e expandir-se a habitats aparentemente inóspitos. Apesar de se alimentar nos vários habitats que ocupa, parece preferir as zonas de pastoreio e zonas próximas de superfícies de água onde os invertebrados do solo são mais abundantes.
A sua reputação, como predadora de ovos de aves de caça menor, leva a que seja, por vezes, considerada inimiga do Homem, mas os ovos representam frequentemente só uma pequena fracção da dieta das pegas.
Na época de reprodução esta espécie tem comportamento territorial. As pegas do Norte da Europa defendem territórios maiores, enquanto que no Sul da Europa os ninhos podem estar agregados e defendem somente uma pequena área em redor do ninho. Como consequência, normalmente as taxas de nidificação são superiores no Sul da Europa.
Os ninhos que os casais de Pegas-rabudas fazem ou renovam, nas árvores (em segunda opção constroem o ninho também em arbustos e no chão), todos os anos durante cerca de 40 dias, são muito distintos e resistentes. A maioria destas aves iniciam a nidificação em Abril, a fêmea incubando normalmente 5-6 ovos durante 18 a 24 dias. As crias são depois alimentadas pelo macho e pela fêmea, duas a três vezes por hora. As primeiras penas nas crias aparecem ao oitavo dia de vida e com 14 dias já têm cauda.
São notavelmente sedentárias, não se registando movimentos significativos, com a excepção de uma ou outra ocasião no Norte da Europa devido a mau tempo, mas estabelecem-se rapidamente.
Após a época de reprodução, as crias mantêm-se no território dos pais até ao Inverno, altura em que se juntam em bandos sujeitos a uma hierarquia, onde os machos dominantes terão maiores probabilidades de acasalamento na Primavera seguinte e de adquirir um território, que permanece relativamente perto do território dos seus progenitores.
As Pegas-rabudas, familiares do Homem desde tempos longínquos, ganharam má fama pelo seu hábito de consumir ovos e crias de outras aves, em particular de aves cinegéticas, roubar frutos e pequenos objectos e, em casos raros, atacar o gado doméstico. Mais recentemente, com a ocupação de áreas suburbanas, não ganharam muitos fãs, devido à forma como atacam os pequenos passeriformes.

(Adaptado de Naturlink)

Pêga


 

A Fauna de Capelins - O Noitibó ou Latibó

 A Fauna de Capelins - O Noitibó ou Latibó

Nas terras de Capelins esta ave noturna ou crepuscular é mais conhecida por Latibó e nunca ganhou simpatia popular devido às lendas que lhe estão associadas! Como a de ter denunciado a presença de Nossa Senhora quando fugia com o menino Jesus! Tem um voo muito silencioso, pelo que, mesmo próximo não se detetam os seus movimentos, mas quando alguém, durante a noite se desloca por um caminho no campo, pode ser acompanhado por um latibó que, consegue incomodar um qualquer transeunte, porque vai sempre cantando, fazendo um eco que se entende "cá vai", ou seja, denunciando a presença do caminheiro.
Também conhecido, dependendo da região, como Chupa-cabras, Latibó, Laribó e Boa-noite, esta ave chega de África para nidificar em Portugal entre Abril e Maio, e parte em meados de Setembro e Outubro. No Sul de Portugal é mais escasso do que no restante território de Portugal Continental. O seu canto, que se começa a ouvir no crepúsculo e pode ser confundido com o som de uma Rã, é rico nas vocalizações sobretudo durante os rituais de acasalamento, quando os machos acompanham essas vocalizações com batimentos ritmados das asas. Alimentam-se sobretudo de borboletas nocturnas, escaravelhos e outros insectos voadores que capturam durante a noite aproveitando, muitas vezes, as áreas com luzes públicas que atraem os insectos. Muitas vezes são atropelados nas estradas quando estão parados no chão por baixo dos postes de iluminação enquanto esperam pela chegada dos insectos. O bico muito pequeno mas uma boca que “abre até às orelhas” aliado a uns grandes bigodes, permite-lhe caçar em voo e engolir vivas as presas.
O macho é que prepara o ninho numa pequena depressão no solo normalmente em clareiras de floresta de coníferas onde ficam perfeitamente camuflados. A fêmea faz o choco durante 16 ou 17 dias, mantendo-se o macho num poleiro próximo, substituindo a fêmea durante algum tempo no início da noite e de manhã cedo.
Se a incubação for perturbada pode prolongar-se por mais 3 ou 4 dias e por vezes podem mudar o ninho para outro sítio afastado uns metros do primeiro local.
Depois de nascerem as crias as fêmeas mantém-se no ninho durante todo o dia e à noite ambos os progenitores caçam e alimentam-nas.

(Adaptado de Quercus)

Noitibó



A Fauna de Capelins - O Picanço Comum

 A Fauna de Capelins - O Picanço Comum

O Picanço é uma ave pouco abundante nas terras de Capelins, mas conseguimos ver alguns pousados nos fios dos telefones ou elétricos esperando o ataque às suas presas, pequenos répteis, insetos e gafanhotos! Noutros tempos, talvez por existirem mais do que hoje, ou por estarem menos treinados encontravam-se caídos por baixo dos fios do telefone, porque em voo não os visualizavam e, ao bater-lhe, ou ficavam atordoados ou com alguma asa partida e quando a rapaziada tentava por-lhe a mão em cima não se escapava das suas picadas, metiam respeito, porque o seu bico afiado deixava marcas.
O Picanço-real Lanius meridionalis é uma ave da ordem dos Passeriformes com cerca de 25 cm de comprimento. A subespécie Ibérica (meridionalis) apresenta dimensões e aspecto geral idênticos ao do Picanço-real do Norte da Europa L. excubitor. Todavia, os indivíduos das populações ibéricas são mais escuros. As suas partes superiores são acinzentadas. Quando observado à distância, as suas partes inferiores também parecem mais escuras, exceptuando o peito. Quando observado mais de perto pode-se frequentemente observar o peito, barriga e flancos tingidos de cor de rosa. Um supercílio estreito de cor branca contrasta com a máscara facial de cor preta e a colorida coroa (ardósia). Apresenta ainda uma mancha branca na asa restrita às primárias. Ambos os sexos são semelhantes e os juvenis são muito similares aos adultos sendo todavia, mais pálidos.
O Picanço-real L. meridionalis, é uma espécie residente no território nacional. Aparentemente, em algumas zonas da sua área de estudo, pode realizar movimentos de carácter local, como por exemplo, movimentos do tipo altitudinal.
Difere do seu congénere norte europeu (L. excubitor) por preferencialmente nidificar em arbustos mais pequenos e de utilizar biótopos mais fechados e com maior densidade de arbustos e pequenas árvores do que aquele. Apesar disso, em Portugal, frequenta sobretudo habitats abertos, com árvores e arbustos dispersos, onde faz o seu ninho. É bastante eclético na escolha dos biótopos que frequenta que, vão desde áreas agrícolas, dunas, pastagens ou matos dispersos. Aparentemente, é mais abundante nas planícies da metade sul do país. À semelhança de outras espécies de picanços pode ser frequentemente observado em postes de telefone ou electricidade que utiliza como locais privilegiados de observação do seu território de caça.
Pequeno predador que, alimenta-se de pequenos vertebrados e invertebrados. A composição da sua dieta pode variar bastante com a localização geográfica. Destacam-se os pequenos répteis, com particular destaque para os pequenos lagartos, pequenos roedores, aves, anfibios e uma série de invertebrados. À semelhança de outras espécies de picanços, os alimentos que não são imediatamente consumidos são "empalados" em árvores ou arbustos com picos ou em alternativa em vedações ou cercas com arame farpado.
É uma espécie territorial, monogâmica, nidificando em árvores e arbustos, sendo os seus ninhos constituídos por uma taça com pequenos ramos e ervas. Realiza apenas uma postura, normalmente constituída por 5-6 ovos. O tempo de incubação varia entre os 13-16 dias. Em Portugal os primeiros ninhos com ovos podem ser encontrados pelo menos a partir do princípio de Abril.
(Adaptado de Naturlink)

Picanço



A Fauna de Capelins - Abelharuco

 A Fauna de Capelins - O Abelharuco

Nas terras de Capelins assistimos desde sempre ao movimento de grandes bandos de abelharucos, onde eram e são designados por "Melharucos" quando vão passando para os lugares de nidificação ou à procura de alimento que, consiste essencialmente em abelhas, mas também comem gafanhotos e libelinhas, vão fazendo grande algazarra, não passando despercebidos! Têm o voo muito rápido, mas é possível verificar que têm uma plumagem muito garrida.

abelharuco

Ave da família dos Meropídeos, um elemento tropical isolado na fauna europeia, distribuída por dois géneros - Merops e Meropogon. Existem cerca de 30 espécies de abelharucos.
O abelharuco habita campos abertos como prados, savanas e charnecas assim como zonas de mato e prados com árvores dispersas e terrenos agrícolas do sul da Europa, Noroeste de África, Índia e África do Sul.
O abelharuco-comum (Merops apiaster) tem cerca de 27 centímetros e tem um padrão de plumagem inconfundível, azul na face ventral, bronze na parte dorsal e amarelo no pescoço. Passa grande parte do tempo a caçar insetos como abelhas, vespas, gafanhotos e libelinhas. O seu nome abelharuco deve-se à sua preferência por abelhas. O seu bico é comprido, estreito e ligeiramente curvado para baixo. Sociável todo o ano avista-se com frequência em bandos. As colónias de nidificação localizam-se em taludes ou penhascos. Para fazer o ninho cava com as patas providas de unhas fortes e compridas. A cova que chega a ter, e por vezes ultrapassa, a profundidade de um metro penetra horizontalmente no solo. No fundo a cova alarga-se constituindo-se uma câmara que corresponde ao ninho propriamente dito. Os juvenis são mais monótonos na cor possuindo o dorso verde acinzentado com pouco castanho e não possuem as penas da cauda alongadas. A cor do macho e fêmea adultos são idênticas.

(Adaptado de Infopédia)

Abelharuco



A Fauna de Capelins - A Cotovia de poupa

 A Fauna de Capelins - A Cotovia de poupa

A cotovia de poupa era/é uma ave com alguma presença nas terras de Capelins, mas pouco abundante, podiam ver-se pequenos bandos de 5/6 aves, sempre com o seu canto muito gracioso, fizesse chuva ou fizesse sol! A sua alimentação é variada, desde granídeos até larvas recolhidas nas terras, por isso, estavam/estão sempre presentes nas lavouras das terras! Os seus ninhos eram encontrados no chão, muitas vezes junto às piorneiras, tojos e outros arbustos! Estiveram quase extintas, devido a vários fatores, como escassez de alimentos e perseguição pelos caçadores, mas hoje, já conseguimos ver e ouvir algumas cotovias de poupa pelos campos de Capelins.
Cotovia-de-poupa
Galerida cristata
A pequena poupa torna esta cotovia uma das aves mais graciosas da sua família e que se distingue facilmente de todas as outras aves, com excepção da cotovia-montesina.
Tal como as outras cotovias, esta espécie tem a plumagem de tons acastanhados. A pequena poupa é a característica mais saliente e que permite facilmente identificar a ave como sendo do género Galerida. A distinção da cotovia-montesina é bastante difícil e faz-se sobretudo com base na plumagem mais clara, no bico com a mandíbula inferior recta, na contra-asa bege e no canto menos variado.
A cotovia-de-poupa pode ser considerada uma espécie razoavelmente comum, embora a sua abundância seja um pouco mascarada pelas dificuldades de identificação.
De uma forma geral é frequente em terrenos lavrados ou incultos, nomeadamente em várzeas mas também na orla de zonas húmidas. É uma espécie residente que está presente em Portugal durante todo o ano.

(Adaptado de Aves de Portugal)

Cotovia de Poupa



domingo, 22 de novembro de 2020

A Fauna de Capelins - O Ouriço Caxeiro

 A Fauna de Capelins - O Ouriço Cacheiro

O Ouriço Cacheiro encontrava-se/encontra-se por todo o espaço geográfico da Freguesia de Capelins, não era fácil deixar-se ver durante o dia, mas à noite viam-se a atravessar os caminhos ou nos lugares onde existiam árvores de fruto que, depois de amadurecidos caiam ao solo, como pêras ou pêros bravos, encontrando-se aos quatro/cinco ouriços no seu banquete noturno! O ouriço cacheiro tem umas patas muito pequeninas, logo, não consegue correr e leva muito tempo a movimentar-se, pelo que, desenvolveu um sistema de proteção, conseguindo enrolar-se deixando salientes uma cobertura de espinhos afiados que convidam ao afastamento dos seus predadores, no entanto, isso não os protege do trânsito nas estradas, por isso, tem reduzido muito a sua população nas terras de Capelins.
O Ouriço-cacheiro é um dos mais conhecidos animais da nossa fauna. Apesar do seu aspecto severo, é inofensivo, podendo viver tranquilamente nos nossos jardins. Os espinhos são usados apenas como protecção contra predadores.
O Ouriço-cacheiro Erinaceus europaeus é um mamífero pertencente à ordem Insectivora e à família Erinaceidae. A sua identificação não levanta qualquer tipo de problemas, pois trata-se do único mamífero da nossa fauna que apresenta o corpo coberto por espinhos (cerca de 6 mil), que não são mais que pêlos modificados. Estes pêlos bastante aguçados têm entre 2 e 3 cm e cobrem o animal no dorso e flancos. O ventre, castanho-acinzentado, está coberto de pêlos. Quando se sente ameaçado, enrola-se sobre si próprio, escondendo as suas pequenas patas e as áreas desprovidas de espinhos, transformando-se numa “bola com picos”, bastante difícil de penetrar. Os espinhos possuem anéis alternadamente claros e escuros (com uma banda preta na ponta), que fazem variar a cor dos indivíduos entre o amarelado e o castanho. A cabeça distingue-se facilmente do resto do corpo, os olhos são grandes, as orelhas são relativamente pequenas e possui uma cauda rudimentar.
Não existe dimorfismo sexual entre machos e fêmeas. O comprimento do corpo varia entre 20 e 35 cm e a cauda entre 10 e 20 cm. Os animais adultos pesam em média 700 g, podendo este valor variar entre 400 e 1200 g. Um animal que não possua, pelo menos, entre 500-600 g terá dificuldade em sobreviver ao período de hibernação.
Em Portugal é considerada uma espécie não ameaçada. Está incluída no Anexo III da Convenção de Berna, onde se incluem as espécies em menor risco (subcategoria - menor preocupação).
Apesar de não ser a presa principal de nenhum predador, e da sua cobertura espinhosa ser um forte dissuasor de qualquer ataque, há todavia alguns factores de ameaça para este insectívoro. O ouriço é por vezes capturado por raposas, mochos e corujas, águias e toirões. O texugo, devido às suas fortes e compridas garras, tem alguma facilidade em penetrar na cobertura espinhosa, capturando assim alguns ouriços, principalmente os mais jovens. Outra causa importante de mortalidade para a espécie são os atropelamentos (a maioria de nós já viu um ouriço morto na beira da estrada), principalmente durante o Verão, quando os animais estão mais activos.
A dieta destes insectívoros é bastante variada, pois eles comem praticamente um pouco de tudo. Alimentam-se essencialmente de invertebrados terrestres, nomeadamente de insectos (gafanhotos, escaravelhos, moscas, etc.), consumindo ainda minhocas e caracóis. Ovos de aves, pequenas rãs e répteis, cereais e frutos silvestres, tudo pode fazer parte da dieta do Ouriço.
A época de reprodução ocorre de Abril a Agosto (quando os machos estão fecundos), sendo fácil de notar os rituais de acasalamento, pois macho e fêmea andam cerca de uma hora em volta um do outro, enquanto vão fazendo um ruído semelhante ao resfolegar. Depois da cópula, o macho abandona a fêmea e só a ela cabe a responsabilidade de criar os jovens. Podem existir duas ninhadas por ano, com picos de nascimento em Maio-Julho e Setembro. O período de gestação é de 12 a 13 semanas, após o que nascem 4-6 crias, embora possam nascer entre 2 e 10. A mortalidade das crias antes de saírem do ninho é de 20% e ao longo do primeiro ano ronda os 60-70%. Este último valor deve-se em parte a crias que não atingem o peso necessário para sobreviver à hibernação, nomeadamente as da segunda ninhada. As crias nascem de olhos fechados e peladas, mas ao fim de poucas horas despontam os primeiros espinhos. Abandonam o ninho após 22 dias e atingem a maturidade sexual ao fim de um ano.
Quando o alimento escasseia, e a descida da temperatura torna incomportável a manutenção da temperatura do corpo, o ouriço hiberna. Estando mais vulnerável a predadores enquanto hiberna, o ouriço escolhe cuidadosamente o local para o fazer, construindo um ninho em buracos, em troncos de árvores, no solo ou em rochas.
Os Ouriços-cacheiros são animais de actividade nocturna ou crepuscular. São solitários e territoriais. Os territórios dos machos são cerca de três vezes superiores aos das fêmeas e rondam, em média, os 15-40 ha. Durante a noite podem percorrer distâncias entre um e três quilómetros, sendo que os machos deslocam-se mais que as fêmeas.

(Adaptado de Naturlink)

Ouriço cacheiro



Povoado de Miguéns - Capelins - 5.000 anos

  Povoado de Miguéns -  Capelins - 5.000 anos Conforme podemos verificar nos estudos de diversos arqueólogos, já existiam alguns povoados na...