sábado, 28 de novembro de 2020

A Fauna de Capelins - O Gaio

 A Fauna de Capelins - O Gaio

O Gaio é uma ave que integra a fauna das terras de Capelins, embora pouco frequente! É considerado um mestre na arte de imitar os cantos e chamamentos de muitas espécies de aves florestais. Sendo uma ave em geral tímida, é mais fácil ouvi-la do que observá-la.
O gaio tem uma linda plumagem que, deu origem à letra de uma canção popular:
"As penas do verde gaio.
São verdes e amarelas.
Não me empurres porque eu caio.
Não me tenho nas canelas!"
O Gaio (Garrulus glandarius) é um corvídeo de dimensões médias, medindo cerca de 35 cm de comprimento e 52 a 58 cm de envergadura. Dentro da família Corvidae é a espécie mais colorida, tem uma coroa listada de cinzento-acastanhado e branco, "bigode" preto, peito e barriga castanho-rosado, asa pretas com uma banda branca larga e com parte das grandes coberturas azuis riscadas de preto, uropígio branco e cauda preta. O bico, curto e forte, é preto.
O Gaio é uma espécie que não oferece dificuldade na sua identificação, sendo facilmente reconhecido em voo pelo painel branco nas asas e pelas conspícuas e únicas coberturas azuis e pretas. Pelo facto de ser uma ave florestal a sua observação pode ser trabalhosa. Mais comum é ouvir os gritos ásperos que emite com frequência, bem como todo um leque de imitações de cantos e chamamentos de outras aves.
A desflorestação e a perseguição humana constituem os dois principais fatores de ameaça para esta espécie. Contudo, em muitos países europeus tem-se vindo a registar um aumento nos seus efetivos populacionais.
O Gaio é uma ave tipicamente florestal e que ocorre em todo o tipo de habitats florestais: Pinhais, montados, florestas de coníferas e florestas mistas de folhosas e resinosas. Parece preferir matas de densidade média e com sub-bosque. Em algumas regiões, esta espécie começou a ocupar pequenos bosques e mesmo parques rurais e urbanos. Alguns hábitos de alimentação, como o de enterrar bolotas, evidenciam a forte e antiga relação que estas aves têm com os montados, provavelmente o seu habitat de eleição.
O gaio é omnívoro. Alimenta-se de invertebrados, principalmente escaravelhos e larvas de borboletas, de frutos e de sementes, preferindo as bolotas. Durante a época de reprodução grande parte do alimento, sobretudo lagartas e outros insectos, é obtido nas folhas das árvores; no resto do ano os gaios alimentam-se principalmente no solo.
O Gaio constrói o ninho em árvores ou em arbustos, mais raramente em buracos de árvores. Utiliza folhas, musgo, ervas e pequenos galhos como material de construção. A postura, de 5 a 7 ovos, é efectuada no mês de Abril, prolongando-se a incubação por um período de 16 a 17 dias. As crias deixam o ninho com cerca de 21 dias de idade.
É uma ave sedentária no sul e ocidente da sua área de distribuição, migradora irregular nas regiões do norte e leste europeu. A maioria das aves migradoras são juvenis que, em geral, regressam à área de origem durante a Primavera.
No Outono os gaios fazem provisões de bolotas das quais se alimentam no Inverno. Apanham as bolotas nas árvores, guardando-as no papo e transportando-as de seguida para o solo onde as escondem sob o manto de folhas ou musgo. Durante o Inverno, alimentam-se desta fonte armazenada, não hesitando na hora de alcançar o local de cada bolota. Os gaios demonstram assim uma notável memória visual.
(Adaptado de Naturlink)

Gaio Verde



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