segunda-feira, 14 de março de 2022

Ribeiro do Quebra - Capelins

 Ribeiro do Quebra - Capelins

O Ribeiro do Quebra, situa-se na Freguesia de Capelins, é constituído pela soma de muitos regatos, com o seu início em diversos lugares, como na serra da sina, onde começa o ribeiro do terraço, a poucos metros a sul da Igreja de Santo António, depois vai juntando as águas pluviais, correntes, do terraço, da Portela, das Courelas, do Baldio, da herdade do Seixo e, da herdade do Monte Real!
Quando este Ribeiro passa por baixo da estrada principal que liga Montejuntos e Ferreira já é designado "Ribeiro do Quebra", porque, conforme contavam os ancestrais, quebra, significa, separação, ou seja, este Ribeiro separa a Freguesia de Capelins, sendo para Sul domínios de Montejuntos, e para Norte, de Ferreira, talvez um Tratado entre vizinhos, para evitar confusões!
Este Ribeiro, mais abaixo, já é designado Ribeiro das Cobras e, acaba a sua missão no Lugar da Silveirinha, onde entrega as suas águas a outro Ribeiro que, um pouco abaixo, é o Ribeiro do Carrão!
O Ribeiro do Quebra tinha muita serventia para os moradores de Ferreira, porque, nos anos chuvosos, durante o Inverno e Primavera, mantinha um bom caudal de água que, era aproveitada para a lavagem da roupa de muitas famílias, como também, para lavar e preparar as tripas dos porcos durante as matanças e, para à passagem ou iam lá propositadamente, despejar tudo o que era indesejável, incluindo os animais que morriam e todo o tipo de objetos, que as cheias periódicas se encarregavam de afastar dali, e se não ficassem encalhados nos silvados, iam ter ao rio Guadiana, mas havia lugares pré definidos para estas atividades que, quase toda a gente respeitava.
Noutros tempos, por tudo e por nada, se falava no Ribeiro do Quebra.
Fim
quebra ; 1. ato ou efeito de quebrar ; 2. separação dos elementos de um todo; desunião ; 3. diminuição; queda ; 4. interrupção; rompimento ; 5. falha.
Ribeiro do Quebra - Capelins 



sábado, 12 de março de 2022

Os privilégios confirmados pelo Rei D. Manuel I, aos moradores do Lugar de Ferreira em 1497

Os privilégios confirmados pelo Rei D. Manuel I aos moradores do Lugar de Ferreira 

A Vila Defesa de Ferreira (era quase todo o espaço geográfico da atual Freguesia de Capelins) criada em 1262 por D. Gil Martins e sua mulher Dona Maria Anes da Maia, divergia dos Coutos de Homiziados, porque os seus povoadores, neste caso, eram voluntários, atraídos a esta Vila Defesa através de privilégios concedidos pelo Reino, não só a isenção de impostos, como este que publicamos, confirmado pelo Rei D. Manuel I em 31 de Outubro de 1497, que liberta os povoadores do Lugar de Ferreira (junto à atual Neves) de não irem à guerra, fosse por terra ou por mar! Mas, parece-nos que, mesmo com estes privilégios, o Reino não conseguia povoar estas terras, fosse à força, ou com estes privilégios, uma vez que ficavam nos confins do Reino e, muito perigosas por se situarem junto à raia e por aqui existirem muitos bandos de malfeitores.
Os besteiros eram tropas especiais, combatentes com besta, que só existiam em cidades e Vilas mais importantes.

AO LUGAR DE FERREIRA, CONFIRMAÇÃO DOS PRIVILÉGIOS DOS SEUS MORADORES NÃO SERVIREM NA GUERRA POR MAR OU POR TERRA; DE NÃO SEREM BESTEIROS; DE NÃO PAGAREM PEITAS, FINTAS E TALHAS; DE NÃO SEREM PRESOS PARA SEREM LEVADOS PARA OUTROS LUGARES.

Documento simples Documento simples NÍVEL DE DESCRIÇÃO
PT/TT/CHR/K/28/94-433 CÓDIGO DE REFERÊNCIA
FormalTIPO DE TÍTULO
1497-10-31 A data é certa a 1497-10-31 A data é certa DATAS DE PRODUÇÃO
60 linhas.DIMENSÃO E SUPORTE
EXTENSÕES
60 Livros
Enumeram-se outros privilégios. Apresenta inclusa carta de D. João II, feita por João de Ferreira em Lisboa a 9 de Novembro de 1486. Apresenta inclusa na anterior carta de D. Afonso V, feita por autoridade do infante D. Pedro, tutor e curador del-rei, regedor e defensor do Reino, em Évora a 17 de Março de 1444. Pero de Lisboa a fez. Apresenta inclusa na anterior carta de D. Duarte, feita por Lopo Afonso em Santarém a 17 de Novembro de 1433. João Pais a fez.ÂMBITO E CONTEÚDO
Chancelaria de D. Manuel I, liv. 28, fl. 94 COTA ATUAL
Arquivo Nacional da Torre do Tombo 



Carta do Rei D. Luís I ao Pároco de Capelins 1875

Carta do Rei D. Luís I ao Pároco de Santo António de Capelins em 1875

Dom Luís, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Faço saber ao Reverendo em Christo Padre Arcebispo Metropolitano d’ Évora, Par do Reino, do meu Conselho, que tendo subido à Minha Real presença as suas informações e pareceres com os autos do concurso a que se procedeu para provimento da Igreja de Santo António de Capelins do Concelho do Alandroal, e atendendo que o presbítero Manuel Maria Fernandes único opositor no dito concurso foi n’elle aprovado, e que além de satisfazer a todos os requisitos, se torna, segundo o parecer do mesmo Reverendo Prelado, merecedor de contemplação por seu regular comportamento, , habilitações e bom desempenho dos deveres paroquiais como encomendado em diferentes Igrejas e ultimamente na mesma a que ser oposição: Houve por bem, por Decreto de direito de Março último fazer-lhe Mercê de o Apresentar na referida Igreja Paroquial de Santo António de Capelins, a qual se acha vaga de Pároco collado. E portanto achei por bem me assinar que o dito presbítero Manuel Maria Fernandes goze de todos os proventos, prós e percalços que direitamente lhe pertencerem como Pároco da mencionada Igreja, e bem assim de quaisquer honras e prerrogativas que a ela andarem legalmente associadas: ficando contudo sujeito a qualquer alteração que de futuro possa vir a ser competentemente feita na respetiva circunscrição Paroquial. Pelo que encomendo ao Reverendo em Christo Padre passar carta em forma ao sobredito Manuel Maria Fernandes na Igreja que está Apresentado, e lhe dê letras de confirmação, segundo o estilo, em virtude desta Minha Apresentação. Não pagou a quantia de setenta e três mil seiscentos e oitenta réis de Direitos de Mercê e correspondente imposto de viação, por lhe ser permitido satisfazê-lo em prestações no prazo de quatro anos. E por firmeza do referido lhe mandei passar a presente Carta por assinada e selada com o Sêlo pendente das Armas Reais Dada no Paço da Ajuda aos trinta dias do mês de Junho do ano mil oitocentos e setenta e cinco. El-Rei com rubrica e guarda// Augusto César Barjana de Freitas//Carta pela qual Vossa Majestade, Há por bem fazer Mercê ao presbítero Manuel Maria Fernandes de o apresentar na Igreja Paroquial de Santo António de Capelins, a qual se acha vaga na forma acima declarada// Para Vossa Majestade Vêr// Por Decreto de dezoito de Março de mil oitocentos e setenta e cinco// José Sanches a fez// Lugar do Sêlo pendente// Lugar do Sêlo de verba. Pagou seis mil oitocentos e quarenta réis de Selo. Lisboa 23 de Junho de 1875//Nº 177// A. Carvalho//Rocha//A. F. 136 v do Livro 30º de Registo competente se acha lançada esta Carta e posta a respetiva verba à margem do Decreto porque se passou. Direção Geral dos Negócios Eclesiásticos em 03 de Julho de 1875// Luís Augusto Vidal. Conferida em 14 de Junho de 1875.
Basto.

MANUEL MARIA FERNANDES

Documento simples Documento simplesNÍVEL DE DESCRIÇÃO
PT/TT/RGM/J/0029/193615 CÓDIGO DE REFERÊNCIA
Atribuido TIPO DE TÍTULO
1875-06-30 A data é certa a 1875-06-30 A data é certa DATAS DE PRODUÇÃO
1 doc.; papel DIMENSÃO E SUPORTE
Carta. Pároco da Igreja de Stº António de Capelins.ÂMBITO E CONTEÚDO
Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Luís I, liv. 29, f. 39v COTA ATUAL
Português IDIOMA E ESCRITA 
Arquivo Nacional da Torre do Tombo 


































terça-feira, 8 de março de 2022

A origem da toponímia de Ferreira (Capelins)

 A origem da toponímia de Ferreira (Capelins)

Conforme já escrevemos várias vezes, com base em documentos, incluindo alguns livros de estudiosos desta matéria, a Vila romana situada na Defesa de Ferreira, cujos restos do Forte da mesma ainda estão à vista no outeiro dos castelinhos em Capelins, não podia ter outra toponímia. senão "Ferreira", porque, parece que era assim que os romanos designavam os lugares onde existiam "ferrarias", ou seja, "Forjas" onde transformavam o ferro extraído das respetivas minas! Neste caso, existia aqui a mina de ferro e a ferraria, pelo que, alguns arqueólogos escreveram ser esta Vila romana, a Vila de Ferreira! Também no livro: "Elvas na Idade Média" de Fernando Branco Correia, ele escreve o seguinte:
"Não se conhecem referências a ferrarias em redor de Elvas. Não seria impossível que algum ferro viesse da área dos concelhos de Juromenha (zona do Casco e Mina do Bugalho) e do Alandroal (onde se regista o topónimo – hoje aldeia – de Ferreira de Capelins), onde há vestígios de mineração antiga que pode não ser exclusivamente de época romana. Contudo, não seria impossível que algum minério também viesse de terras de Castela. Na verdade, de entre os produtos que os Reis Católicos (por carta de 15 de Julho de 1478) proibem que venham para Portugal estão “cauallos, ni armas, ni azero, ni fierro, nin ferraje, nin mantenimiento, ni oro, ni plata, ni asas de lanças,...”
Nada tem a ver com a toponímia "Capelins", porque, neste caso, é outra história!
Como também já escrevemos, com base em documentos conhecidos, portugueses e espanhóis, esta Vila, foi a primeira com a toponímia "Ferreira"!
A segunda Vila de Ferreira, foi junto à Ermida de Nossa Senhora das Neves, criada em 1262, por D. Gil Martins e sua esposa dona Maria Anes da Maia. Foi muito destruída durante a guerra da Restauração e, novamente durante a guerra das laranjas em 1801!
A terceira Ferreira, é a Aldeia de Ferreira, criada por Decreto de Mouzinho da Silveira em 06 de Novembro de 1836, resultante da junção das duas Aldeias de Capelins de Baixo e Capelins de Cima.
Assim, estamos perante a terceira "Ferreira", na Freguesia de Capelins. 

Vila de Ferreira Romana


Casamentos em Santo António em 1637 - 1636 - 1635

Casamentos realizados na Igreja de Santo António (Capelins) em - 1637 - 1636 - 1635

1637
1 - António Alvares e Isabel Domingues
Casaram na Terça Feira dia 03 de Fevereiro de 1637
2 - Luís Fernandes e Catharina Fernandes
Casaram na Terça Feira dia 03 de Março de 1637
3 - Simão Fernandes e Maria Gomes
Casaram no Sábado dia 21 de Março de 1637
4 - Roberto de Paiva e Maria Caeira
Casaram no Domingo dia 24 de Maio de 1637
5 - Belchior Rodrigues e Catharina Roque
Casaram no Domingo dia 24 de Maio de 1637
6 - Pedro Lourenço e Brites Dias
Casaram na Sexta Feira dia 12 de Junho de 1637
7 - Pedro Fernandes e Maria Fernandes
Casaram no Domingo dia 26 de Julho de 1637
8 - Gregório Gomes e Catharina Fernandes
Casaram no Domingo dia 16 de Agosto de 1637
Fim
1636
1 - Domingos Marques e Maria Nunes
Casaram no Domingo dia 17 de Agosto de 1636
2 - Olavo João e Maria Dias
Casaram no Domingo dia 24 de Agosto de 1636
3 - Jorge Nunes e Francisca Dias
Casaram na Segunda Feira dia 27 de Outubro de 1636
Fim
1635
1 - Bento Frade e Margarida Jorge
Casaram no Domingo dia 21 de Janeiro de 1635
2 - Domingos Pires e Leonor Gomes
Casaram na Quarta Feira dia 26 de Setembro de 1635
3 - Philipe Lopes e Maria Lourença
Casaram no Domingo dia 21 de Outubro de 1635
Fim 



segunda-feira, 7 de março de 2022

Casamentos em Santo António 1639 - 1638

Casamentos realizados na Igreja de Santo António (Capelins) em - 1639 - 1638

1639
1 - António Dias e Anna Fernandes
Casaram no Domingo dia 09 de Janeiro de 1639
2 - Simão Dias e Ignez Fernandes
Casaram no Domingo dia 20 de Fevereiro de 1639
3 - Domingos Gomes e Maria Fernandes
Casaram no Domingo dia 27 de Fevereiro de 1639
4 - Francisco da Veiga e Catarina Fernandes
Casaram no Sábado dia 09 de Abril de 1639
5 - Francisco Gonçalves e Águeda Caeira
Casaram na Quarta Feira dia 07 de Setembro de 1639
6 - Joaquim Rodrigues e Isabel Nunes
Casaram na Quarta Feira dia 12 de Outubro de 1639
Fim
1638
1 - Lourenço Rodrigues e Leonor Fernandes
Casaram no Domingo dia 02 de Maio de 1638
2 - Francisco Fernandes e Isabel Fernandes
Casaram no Domingo dia 16 de Maio de 1638
3 - Domingos Caeiro e Maria Caeira
Casaram no Domingo dia 11 de Julho de 1639
4 - Gaspar Fernandes Maria Fernandes
Casaram na Sexta Feira dia 10 de Setembro de 1638
5 - Fernando Caeiro e Brites Alves
Casaram no Domingo dia 12 de Outubro de 1638
Fim 



Povoado de Miguéns - Capelins - 5.000 anos

  Povoado de Miguéns -  Capelins - 5.000 anos Conforme podemos verificar nos estudos de diversos arqueólogos, já existiam alguns povoados na...