A lenda do Xico da Galvoeira e da Xiquinha do Seixo
O Xico da Galvoeira era o filho mais novo do lavrador da herdade da Galvoeira, rapaz aprumado, bem disposto e muito sociável, que estava em idade de casar e, perdeu-se de amores pela Xica do Seixo, filha do lavrador da herdade do Seixo, rapariga muito bonita e cobiçada por muitos rapazes, filhos dos lavradores das terras de Capelins e arredores.
O Xico e a Xiquinha tinham quase a mesma idade, cerca de vinte e quatro anos, e ambos sentiam o mesmo um pelo outro, mas isso não era suficiente para poderem escolher o seu futuro, porque nessa época, em 1780, eram os pais das raparigas em idade casadoira que escolhiam com quem elas podiam casar,
O pai da Xiquinha era dono de grande honra, defensor deste princípio e de outros que ele considerava indispensáveis num homem. A pessoa que não se enquadrasse nesse padrão seria impensável casar com alguma das suas filhas.
O Xico era o menino da casa, sempre protegido pelos pais e pelos irmãos e, quando se prontificava para fazer qualquer trabalho, era logo afastado, "deixa isso, que nós fazemos" diziam os irmãos.
O Xico montava o seu cavalo e andava pela herdade ou pelos arredores, observando tudo o que por ali se passava, aparecia em todo o lado no seu cavalo, nos dias quentes ia banhar-se no rio Guadiana e visitava, frequentemente as Aldeias e Vilas da região.
Devido a esse comportamento depressa ganhou fama de marialva e de malandro mas, depois de ficar embeiçado pela menina Xiquinha do Monte do Seixo a sua vida foi alterada, continuava a ir até ao rio Guadiana, mas passava os dias a rondar o Monte do Seixo, ia para baixo, voltava para cima e cada vez se aproximava mais, porque, embora não pudesse falar com Xiquinha, ela estava sempre à espreita e ele sabia disso através das criadas que colaboravam com eles, transmitindo recadinhos para um e outro lado.
A permanência do Xico por ali era tão notada ao ponto de ser motivo de conversa, até que um dia o feitor da herdade, contou ao lavrador Manel Jorge:
Feitor: Patrão! Fala-se que anda um rapaz, todos os dias, a rondar o Monte, montado num cavalo! Já o vi por aqui duas ou três vezes!
Lavrador: Ah sim! E quem é esse rapaz? E o que quer daqui?
Feitor: O rapaz chama-se Xico e é filho do lavrador da Galvoeira, seu vizinho e parece que anda a querer falar com a menina Xiquinha!
Lavrador: Aquele malandro? E quer falar com a minha filha com ordens de quem?
Feitor: Não sei patrão! Eu assim que soube vim logo contar-lhe! Mas não sei mais nada!
Lavrador: Não sabes tu, mas sei eu! Um malandro desses nunca há-de casar com a minha filha, não sabe fazer nada, não tem princípios, senão não punha aqui os pés, portanto a partir de hoje se ele aí aparecer põe-o daqui para fora e diz-lhe que nem às minhas extremas o quero ver, senão temos de ter uma conversa muito séria!
Feitor: Fique descansado patrão! Se quiser posso dar-lhe uma coça!
Lavrador: Não! Isso não! Por agora! Não quero arranjar ódios com o pai dele!
Feitor: Ah pois patrão! É melhor, senão arranjamos aqui uma guerra!
Lavrador: Pronto! Faz como te disse e mais nada! Se eu o encontrar também falo com ele! Até logo!
Feitor: Está bem patrão! Até logo!
Depois desta conversa, cada um seguiu para seu lado e não foi preciso passar muito tempo para o Xico aparecer em volta do Monte do Seixo.
O feitor já estava à espreita para não perder a oportunidade de aplicar o seu poder sobre o filho de um lavrador, foi na sua direção e deu a ordem: Alto aí! O Xico parou logo o cavalo e cumprimentou o feitor com muita simpatia, mas ele nem ligou, comunicou-lhe o recado do patrão e disse-lhe para desaparecer, imediatamente dali e nunca mais voltar.
O Xico, apenas lhe disse que não andava a fazer mal a ninguém e que desde sempre, quando era preciso atravessavam as terras de ambas as herdades. Mas o feitor continuou: Isso é verdade, mas eu cumpro as ordens do patrão, por isso está o recado dado!
O Xico não teve outro remédio senão tocar o cavalo e a trote meteu-se à estrada a caminho do Monte da Galvoeira onde chegou tão triste que a família notaram que alguma coisa não estava bem.
Os irmãos perguntaram-lhe o que se tinha passado, porque aquela cara não enganava ninguém, e p Xico, foi obrigado a contar a conversa com o feitor.
Os irmãos riram-se e incentivaram-no a continuar a rondar o Monte do Seixo, uma vez que, gostava da rapariga e ela dele, se fosse preciso eles estavam ali para o ajudar se continuasse a ser ameaçado pelo feitor.
A Xiquinha foi logo informada pelas criadas do que se tinha passado e chorou o resto do dia, mas não podia fazer nada.
No dia seguinte, o Xico mesmo com algum receio, não deixou de passar pela herdade do Seixo, mas não saiu da estrada, andou para baixo, para cima, mas como dali não via a porta do Monte, parava o cavalo e ficava em cima da cela a tentar avistar a Xiquinha. Depois de andar algum tempo nesta andança, um dia o lavrador foi ter com ele à estrada e perguntou-lhe:
Lavrador: Ouve lá Xico, o que queres daqui?
Xico: Bom dia lavrador Manel, queria falar consigo!
Lavrador: Falar comigo sobre o quê? Eu não tenho nada para falar com malandros como tu!
Xico: Oh lavrador, eu nunca lhe faltei ao respeito, nunca fiz mal à sua família nem a ninguém, porque motivo não quer falar comigo? E sou malandro porquê?
Lavrador; Acabou a conversa! Já falei demais! Põe-te a andar daqui!
Xico: Já vou! Mas quero pedir-lhe se o meu pai pode vir cá falar consigo?
Lavrador: O que quer o teu pai falar comigo?
Xico: É para lhe pedir se me deixa falar com a sua filha, a menina Xiquinha!
O lavrador do Seixo até deu um salto e o seu rosto cobriu-se de vermelho, o sangue quase lhe rebentava as faces e exclamou: Desaparece daqui antes que eu te dê um sova, a minha filha não é para malandros como tu, ficas avisado, se pões o pé nas minhas terras acabo contigo.
Depois desta conversa o Xico perdeu a esperança de alguma vez casar com a sua amada Violeta e seguiu para a Capeleira! À noite foi obrigado a contar aos pais e aos irmãos o teor da conversa que tinha tido com o lavrador do Seixo e as reações foram diversas, mas todas contra o vizinho Manel! Os pais do Amadeo disseram-lhe que, o melhor para todos seria ele esquecer a Xiquinha.
Depois da conversa com o lavrador do Seixo, o Xico não deixou de pensar nas palavras acutilantes que ouviu, não só as ameaças, mas ainda mais por ser acusado de malandro, de não saber fazer nada, por isso no dia seguinte levantou-se de madrugada e foi dizer ao pai que a partir daquele dia queria trabalhar ao lado dele e dos irmãos para aprender tudo o que um lavrador precisava de saber! O pai concordou e chamou o feitor da herdade ao qual deu ordens para ensinar tudo ao Xico e não o poupar em nada.
O Xico começou a trabalhar desde o romper da aurora até ao pôr do sol e com tanta dedicação que rapidamente aprendia tudo o que lhe ensinavam. Durante um ano o menino Amadeo não se afastou muito da herdade da Capeleira, a não ser para passar pela estrada ao lado do Monte do Seixo, sempre que tinha algum momento de folga lá ia ele! Já se falava pelas terras de Capelins desta grande mudança, mas nada demovia o pai de Violeta que, entretanto já tinha pensado que seria o melhor marido para a sua filha Xiquinha, era um dos filhos do lavrador do Monte da Amadoreira, um rapaz muito trabalhador e honrado, chamado António Jorge, também cobiçado por outros lavradores para marido das suas filhas, mas existia um grande problema, esse rapaz não saía da herdade, estava sempre a trabalhar e, quando lhe diziam que estava em idade de se casar, que tinha de procurar rapariga, ele dava sempre a mesma resposta: "Eu não tenho vagar para isso", mas o lavrador do Monte do Seixo estava convencido que encontraria uma maneira de o trazer ao seu Monte, para que ele visse a Xiquinha e, decerto não resistia aos seus encantos, logo podia ser que lhe pedisse para falar com ela e depois para casar!
O Xico, devido aos trabalhos em que andava, era menos frequente vê-lo a rondar o Monte do Seixo, mas os recadinhos entre ele e a Violeta continuavam como antes sem o lavrador desconfiar de nada! Numa tarde de Domingo, para se certificar como estava a situação, chamou o feitor e disse-lhe:
Lavrador: Não tenho ouvido falar no Xico que por aqui andava, será que já se convenceu que nunca vai pôr aqui os pés?
Feitor: Mas fala-se por aí muito nele patrão! Parece que ficou nuito abalado por lhe chamarem malandro e começou a trabalhar em todos os serviços lá na herdade, com tanto empenho que dizem ser um dos melhores trabalhadores da Galvoeira, agora falam por aí muito bem do rapaz!
Lavrador: Não acredito nisso, isso é só parar tentar enganar alguém! A mim não me engana de certeza! Mas o que eu quero saber é se ele ainda anda aqui a rondar o Monte?
Feitor: Anda, sim patrão, anda! É verdade que não é tanto como era, porque como disse anda a trabalhar, mas continua a fazer o mesmo, para baixo, para cima, põe-se em cima da cela do cavalo para ver a porta do Monte, não desiste!
O lavrador ficou tão irado que parecia ter sido mordido por um enxame de abelhas e exclamou: Não desiste? Tu queres ver o que lhe vou fazer se ele por aqui aparecer hoje? Entrou em casa e voltou com a espingarda, pólvora, chumbo, buchas e os apetrechos para atacar a espingarda pela boca! Atacou-a rapidamente, ficou com ela na mão e continuou:
Lavrador: De hoje é que já não passa!
Feitor: Vai matar o rapaz, patrão?
Lavrador: Vou agora matar o rapaz, é só para o assustar, mando-lhe um tiro por cima da cabeça, que ele vai apanhar um susto tão grande que nunca mais aqui põe os pés!
Feitor: Veja lá o que vai fazer, patrão!
O feitor nem acabou bem a frase, porque foram surpreendidos com gritos vindos dos outeiros em redor: “cão derramado” (com raiva), nessa época apareciam muitos cães com raiva vindos de Espanha e, eram o terror das gentes de Capelins, porque se alguém fosse mordido, era morte certa, como de verdade aqui aconteceu.
O lavrador e o feitor viraram-se, imediatamente na direção de onde vinham os gritos de aviso e depararam-se com um cão muito corpulento, mesma na sua frente a espumar baba, mostrando uma agressividade assustadora, com os dentes de fora, os cães do Monte que se aproximaram do animal foram logo mortos com uma dentada e um safanão! Como não existia cura para a raiva, a única solução era abater estes cães, o lavrador tinha a espingarda na mão esperando a passagem do Xico, apontou-a logo e disparou, mas como estava tremer tanto falhou e apenas apanhou o cão de raspão pelas costelas do lado direito enfurecendo-o ainda mais, o animal deu um salto por cima dos outros cães que o acossavam e só não apanhou o lavrador porque o feitor com muita rapidez o puxou para o seu lado, o cão viu a porta do Monte aberta e entrou em casa, mas virou-se logo, ficando à entrada da porta em posição ainda mais ameaçadora. A Xiquinha, a lavradora e as criadas ouviram tanto barulho lá fora que iam ver o que se passava, a Xiquinha ia a correr e quando viu o cão na sua frente recuou, caiu e bateu com a cabeça no chão da casa de fora e desmaiou, a lavradora e as criadas esconderam-se debaixo das mesas e à chaminé e ali ficaram! O lavrador recarregou a espingarda e com alguns criados armados de foices, forquilhas, enxadas, machados e paus, cercaram o cão avançando na sua direção! Os criados que já tinham visto como o patrão tinha falhado o tiro anterior e adivinhando que ia suceder o mesmo, porque ele nem conseguia acertar com o gatilho de tanto tremer, diziam-lhe: Patrão, não falhe, senão morremos aqui todos!
O lavrador d Seixo estava frente a frente com o cão derramado e os criados já adivinhavam que ele ia falhar o tiro, seria impossível atingir o alvo estando a tremer daquela maneira, nem segurava o dedo no gatilho da espingarda! No Monte estavam dois filhos do lavrador que deram pouca importância à situação e desapareceram, ou se esconderam ou seguiram outro destino, também porque o pai era muito bronco e nunca lhe deixava mexer na sua estimada espingarda! Quando estavam naquela aflição ouviram grande tropel, era um cavalo a galope que ao chegar ao Monte tropeçou nuns madeiros e montes de lenha e caiu, mas o cavaleiro ficou em pé, desenvencilhou-se dos arreios e com uma espingarda em punho avançou na direção da porta do Monte, os criados ainda gritaram: "menino Xico, não atire para dentro de casa, porque estão lá as mulheres", ele percebeu mas continuou a avançar sem vacilar, apenas mudou a posição para atirar de lado e o tiro não entrar pela casa, quando estava já a poucos metros o cão atirou-se em voo, ele disparou a espingarda, mas não conseguiu evitar um forte embate com o cão que lhe caiu em cima, deixando incerteza aos presentes se tinha, ou não, sido atingido, porque o Xico estava debaixo do cão e só lhe apareciam as botas, mas não foi preciso muito tempo para se certificarem, porque o Xico começou logo a debater-se para sair daquela incómoda posição! Nesse momento, chegaram ao Monte grande número de perseguidores do animal que já não foram fazer nada! O cão tinha sido atingido em cheio na cabeça e teve morte imediata, o Xico cheio de sangue do cão, dirigiu-se à pipa da água e despejou um balde de água pela cabeça abaixo e esfregou a cara, quando estava nesta azáfama ouviu as criadas a gritar: "a menina está morta", o Xico num impulso deu dois saltos, entrou em casa e ficou debruçado sobre a menina Xiquinha estava apenas desmaiada, a cabeça dele ia escorrendo água que começou a cair na cara da Xiquinha acordando-a do desmaio, ela abriu muito os olhos e exclamou: O que foi? Tu aqui? E levantou-se daquela posição ficando sentada no chão, ainda estava tonta, mas ao levantar-se repentinamente, os seus lábios quase se colaram aos do Xico, que recuou assustado, não fosse o lavrador reagir mal, mas este não disse uma palavra! A lavradora que saia lentamente do seu esconderijo, debaixo das mesas e de outra tralha, chegou nesse momento e não se conteve em emitir um grito: "Ai valha-me Deus! O que é isto?" Então o lavrador disse pausadamente: "Deixa estar mulher, está tudo bem! O Xico salvou-nos a vida"! E a lavradora não disse mais nada! O Xico pediu ajuda a uma criada para levantar a Xiquinha do chão e sentá-la numa cadeira, disse à criada para dar um copo de água com uma colher de açúcar ou de sal à Xiquinha e para beber devagarinho, a seguir despediu-se: "boa tarde", recebeu a sua espingarda das mãos de um criado e saiu. O lavrador ainda levantou ligeiramente a mão e disse muito baixinho "espera", mas como não queria atirar com o seu orgulho ao chão, não disse mais nada! O Xico, de um salto ficou montado no cavalo e seguiu a galope para o Monte da Galvoeira! Nos dias seguintes não se falava noutra coisa, o Xico era um herói e todos diziam que tinha salvado a vida dos lavradores do Seixo e da Xiquinha! O lavrador estava-lhe muito grato, mas não lhe conseguiu agradecer naquele momento, só que os seus princípios obrigavam-no a fazer esse agradecimento e não podia ser à beira da estrada, para ser bem feito, ou tinha de ir ao Monte da Galvoeira e levar a família, ou tinha de convidar o Xico a vir ao seu Monte e recebê-lo com todas as honras, como fazia a todos os visitantes, qualquer da formas teria de vergar-se perante o Amadeo, porque mesmo fazendo o agradecimento isso não significava que ficava tudo pago e esquecido para sempre, a dívida era muito grande, tratava-se da vida deles! Entretanto, a Violeta mandou-lhe dizer pelos criados, para não se aproximar do Monte, porque sabia o dilema em que o lavrador andava e estava com receio que ele lhe agradecesse à beira da estrada e tudo ficasse como antes. O Xico assim fez e o lavrador cada dia que passava mais atormentado andava, até que, passados quase oito dias chamou o feitor e pediu-lhe que fosse ao Monte da Galvoeira apresentar o seu convite ao Xico para ele vir ao seu Monte no Domingo à tarde.
O Xico quase explodiu de contentamento, disse logo que sim e, no Domingo lá estava. Foi recebido por toda a família, agradeceram-lhe o que tinha feito por eles e a conversa foi quase toda em volta desse episódio.
O lavrador mandou as criadas pôr a mesa e merendaram todos em grande animação, o tempo passou-se num ápice e estava na hora do Xico partir, sentia-se muito satisfeito porque as relações pareciam quase familiares, mas estava apreensivo sem saber como seria o relacionamento no futuro, se continuaria tudo como antes, mas não se atrevia a perguntar nada ao lavrador. Ao despedir-se e agradecer a forma como tinha sido recebido, já a caminho de onde tinha o cavalo, o lavrador chamou-o e disse-lhe: Xico, eu sei o que sentes pela Xiquinha, assim como o que ela sente por ti, portanto diz lá ao teu pai para vir cá falar comigo e depois podes falar com a Xiquinha! O Xico ficou atordoado, parecia que tinha levado um coice do cavalo na cabeça e só respondeu: “Está bem”, saltou para a cela e foi a galope até à Galvoeira, entrou no Monte tão espavorido que assustou a família e, rapidamente contou o que se tinha passado no Monte do Seixo e que já podia falar e casar com a Xiquinha, ou melhor, poder, ainda não podia, sem o pai lá ir pedir ao lavrador Manel, mas o pai vai lá, já amanhã, não vai? O pai aceitou e o Xico e a Xiquinha começaram logo a namorar no Domingo seguinte! Um ano depois realizou-se o casamento na Igreja de Santo António e ficaram a morar no Monte do Seixo, mas o Xico ficou a trabalhar com o pai e os irmãos na sua herdade da Galvoeira.
O Xico e a Xiquinha foram muito felizes e tiveram cinco filhos e a sua descendência ainda hoje se encontra por aqui.
O lavrador do Monte do Seixo que, inicialmente odiava o Xico e dizia que nunca ali punha os pés, teve de vergar o orgulho e gostava tanto do Xico que o tratava como filho, ainda mais, porque, provavelmente lhe devia a vida!
Fim
Texto: Correia Manuel
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