quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Capelins - história, lendas e tradições

 Capelins - história, lendas e tradições 

Todos os jogos são viciantes e, um dos jogos de outros tempos que mais viciaram a humanidade, chegando às terras de Capelins, foi o jogo do alquerque, o dos três, dos nove e dos doze, ainda hoje, podemos ver os tabuleiros desenhados nas lages dos assentos à porta da Igreja de Santo António de Capelins, porém, ao longo dos séculos foram surgindo outros jogos, como foi o caso do jogo do xito, que se jogava nas tabernas, onde existia uma laje, preparada para esse efeito, em cima da qual era empinado um xito, um invólucro ou cartuxo metálico de uma bala, que os jogadores tinham de derrubar, atirando-lhe com umas moedas antigas e tinham de cumprir as devidas regras, somando pontos, com a finalidade de ganhar o jogo e ao ganhar dois jogos, primeiro do que os adversários ganhava a partida, e nesse caso, ganhavam um copo de vinho, uma cerveja ou outra bebida, paga por aqueles que perdiam.
O jogo do xito, também era viciante, alguns homens passavam dias e noites a jogar e a beber, chegando por vezes, à situação de bebedeira, existindo uma cantiga tradicional nas terras de Capelins que ilustrava essas situações, chamada: Maria dos Anjos! Assim, alertamos que, qualquer semelhança com casos reais, é pura coincidência.
Tem uns pontos diferentes dos que cantavam em Capelins, em rodas de bailes do Carnaval, mas parece que, esta é a cantiga original, mas estamos disponíveis para corrigir:
Cantiga da Maria dos Anjos
I
Onde vais Maria dos Anjos?
Onde vais tu a chorar?
(bis)
Ai ai ai vou buscar o meu marido
Ai ai ai que está na Venda a jogar.
(bis)
II
Que está na Venda a jogar,
Com uma grande bebedeira
(bis)
Ai ai ai se eu casei p'ra trabalhar
Ai ai ai mais valia estar solteira.
(bis)
III
Mais valia estar solteira
Lá em casa do meu pai
(bis)
Ai ai ai meu marido é um malandro
Ai ai ai trabalhar é que não vai.
(bis)
IV
Trabalhar é que não vai
Trabalhar é que não quer
(bis)
Ai ai ai o malandro do meu marido
Ai ai ai não quer saber da mulher.
(bis)
(Venda= Taberna)
Fim
Texto: Correia Manuel 

Aldeia de Ferreira 


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