segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Freguesia de Santo António

 A idade da Freguesia de Santo António "Capelins"

Conforme consta nos Registos Paroquiais de Santo António, somente a partir de 1633 começaram a efetuar os Registos de nascimentos, casamentos e óbitos na Igreja de Santo António! Antes dessa data, desde 1572, os Registos eram feitos na Paróquia de São Pedro da Vila de Terena, sede do respetivo Termo (Concelho)!
Assim, como podemos verificar no Registo de nascimento de "Maria" no dia 20 de Julho de 1578, filha de Gracia Fernandes e de Isabel Gomes, sendo padrinhos André Pouzão e Beatriz da Costa, ambos da Freguesia de Santo António.
Nascimento de Joana filha de Simão Vaz e Ana Fernandes em 08-10-1579 - São fregueses de Santo António.
Também, no dia 15 de Março de 1582, nasceu "Lourenço" na Freguesia de Santo António. 
Perante estes documentos, podemos garantir que, a Freguesia de Santo António,  em 2023 tem pelo menos, documentada, 450 anos de existência! Mas estamos convencidos que foi criada após a Visitação de 1534, ou seja, cerca de 1535/1540. 
Encontramos um documento, referente a um processo o Tribunal do Santo Ofício, (Inquisição), que menciona a Freguesia de Santiago Maior no ano de 1551. Parece que as Freguesias de Santiago Maior e de Santo António foram criadas em simultâneo, logo, acreditamos que a Freguesia de Santo António, também já existia no ano de 1551.

Registos de nascimento de Maria e de Lourenço em 1578 e 1582 














1582







sábado, 11 de dezembro de 2021

Resenha histórica da Villa de Ferreira de 1262

Resenha histórica da Villa de Ferreira de 1262 

São imensos os documentos régios, Paroquiais e outros a que temos acesso, como qualquer outra pessoa, que nos dão a conhecer a história da Vila de Ferreira!
Esses documentos estão ao dispor de todos no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Arquivos Distritais de Évora e Portalegre, Arquivos do Exército, Bibliotecas e outros, incluindo Espanha ou Brasil, basta ter interesse em conhecer!
É na sequência da consulta de vários documentos que podemos conhecer os limites da Vila de Ferreira e conhecer o que foi a mesma!
Através da carta de 20-11-1433, o Rei D. Duarte I, "O eloquente" faz a doação do Lugar de Ferreira da paz (Concelho) de Terena e da Coutada a D. Gomes Freire (de Andrade), sendo a mesma, confirmada pelo Rei D. Afonso V em 1450 a seu filho D. João Freire de Andrade e continuou nesta Família até 1674!
A partir deste documento, quem estiver interessado, pensamos que deve tentar saber o que era e onde era o Lugar de Ferreira e a mesma Coutada, antes daquilo que sabemos!
O documento publicado está escrito em português arcaico, acessível a todos, no topo da página do lado esquerda a partir da 2ª linha escrita a vermelho onde se lê.
DOAÇÃ DE FERREIRA.
Pode consultar este documento no Arquivo Nacional da Torre do Tombo na Chancelaria de D. Duarte I, livro 1 folha 107 v (verso). 



Cruzeiros Religiosos de Capelins

 História de Capelins 

Cruzeiros de Capelins

Cruzeiro de uma, das seis Irmandades da Igreja de Santo António, noutros tempos!
As ditas Irmandades que ainda existiam em 1758, eram as seguintes:
1 - Irmandade de Santo António;
2 - Irmandade de Nossa Senhora do Rosário;
3 - Irmandade de Nossa Senhora das Neves;
4 - Irmandade das Almas Santas;
5 - Irmandade de São Bento;
6 - Irmandade do Senhor Jesus.
As Irmandades eram fundadas com a intenção primordial de divulgação e promoção do culto de um Santo padroeiro e para isso realizavam, anualmente a comemoração de sua festa, com procissões, missas e homenagens com velas e toques dos sinos.
As Irmandades, também tinham por missão ajudar os irmãos e defender os interesses religiosos/sociais do Grupo!
Sobre as Irmandades de Santo António, do Termo de Terena, (Capelins após 1790) pode ler nas Memórias Paroquiais de 1758 do Pároco Manuel Ramalho Madeira!
Os documentos Paroquiais eram oficiais e estes que referimos destinaram-se a informar o Marquês de Pombal em Junho de 1758, sobre a situação em várias áreas, da então Freguesia de Santo António do Termo (Concelho) de Terena! 
Cruzeiro de Capelins 
























O Castelo da Vila de Ferreira de 1314

 História de Capelins

O Castelo da Villa de Ferreira de 1314
Neste documento que se encontra no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, na Chancelaria de D. Manuel I, livro 13, folha 8, podemos verificar que, na verdade, existiu o Castelo da Vila Defesa de Ferreira (a qual foi criada por D. Dinis em 1314 e era quase todo o espaço geográfico da atual Freguesia de Capelins)!
Vejamos o conteúdo da carta:
A JOÃO FREIRE DE ANDRADE, FIDALGO DA CASA DEL-REI, CONFIRMAÇÃO DE UMA CARTA DE D. JOÃO II, DATADA DE ÉVORA, 16 DE JUNHO DE 1483 E FEITA POR FERNÃO DE ESPANHA, NA QUAL CONFIRMAVA OUTRA DE D. AFONSO V, AO MESMO JOÃO FREIRE DE ANDRADE, DATADA DE TORO, 24 DE ABRIL DE 1426 E ESCRITA POR PERO DE PAIVA.
NÍVEL DE DESCRIÇÃO
Documento simples Documento simples
CÓDIGO DE REFERÊNCIA
PT/TT/CHR/K/13/8-26
TIPO DE TÍTULO
Formal
DATAS DE PRODUÇÃO
1497-03-01 A data é certa a 1497-03-01 A data é certa
ÂMBITO E CONTEÚDO
Nesta lhe fazia mercê e pura e irrevogável doação, para ele e todos os que dele descendessem, do castelo que já fora fortaleza - e que então mandava acabar -, sem nisso João Freire de Andrade dispender cousa alguma, mas somente ter a obrigação de mandar fazer as casas do castelo e de o reparar depois que fosse acabado. E assim lhe fazia mercê da defesa em que o dito castelo estava, e do lugar de Ferreira, com todos seus reguengos e defesas e portagens, e dos portos e barca que estava na ribeira de Odiana, junto com Cheles, como aliás já deles lhe tinha feito mercê em sua vida, com todos os direitos que a el-rei pertencessem. Dom João II, na sua confirmação mandava que tal castelo se não fizesse por já não ser preciso. Vicente Pires a fez.
COTA ATUAL
Chancelaria de D. Manuel I, liv. 13, fl. 8
Na carta de D. Afonso V em 1426, este, doava a D. João Freire de Andrade, o Castelo que já fora Fortaleza!
Significa que, o Castelo já existia, embora em ruínas ou inacabado!
Através de muitos outros documentos régios, sabe-se, exatamente onde era esse Castelo, ou seja, era no outeiro do Pombo!
Também, através de documentos espanhóis sabe-se que era nesse lugar que atracava a barca que fazia a travessia do Rio Guadiana já em 1430/40, cujo barqueiro era de Cheles, sendo propriedade do Senhor de Cheles e de D. João Freire de Andrade!
Este D. João Freire de Andrade era filho de D. Gomes Freire de Andrade a quem já tinha sido doado por D. Duarte o Lugar de Ferreira em 1433, conforme nossa última publicação.
O dito Castelo situava-se no outeiro do Pombo, na Vila Defesa de Ferreira e, D. Afonso V, confirma a sua doação, juntamente com o Lugar de Ferreira, que administrava toda a Vila (e que não eram casas, como muitos querem que fosse) era o espaço geográfico e por vários documentos oficiais, sabe-se por onde eram os limites!
Nesta carta está explícito que D. João Freire de Andrade, apenas tinha de mandar fazer as casas dentro do castelo e ficar com a responsabilidade da manutenção do mesmo!
D. João II conseguiu tanta amizade com o reino vizinho de Espanha que, decidiu não dar continuidade à reconstrução do referido Castelo, sendo mais tarde completamente arrasado, por ser indefensável, uma vez que não tinham homens para o defender!
O projeto do Castelo foi anulado, mas tudo o resto se manteve até 1674.
Quem sabe ler esta escrita, sugerimos que dê zoom e pode confirmar no lado direito a 2ª carta. 



Povoado de Miguéns - Capelins - 5.000 anos

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