segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Capelins e a Guerra Civil de Espanha - 1936 - 1939

Capelins e a Guerra Civil de Espanha - 1936 - 1939

A Guerra Civil Espanhola foi um conflito bélico deflagrado após um fracassado golpe de estado de um setor do exército, contra o governo legal e democrático da Segunda República Espanhola. A guerra civil teve início após um pronunciamento dos militares rebeldes, entre 17 e 18 de Julho de 1936, e terminou em 01 de Abril de 1939, com a vitória dos militares e a instauração de um regime ditatorial de caráter fascista, liderado pelo general Francisco Franco.
Desde sempre, ouvimos contar os tristes episódios passados junto à fronteira de Portugal e Espanha, ou seja, às portas da Freguesia de Capelins, não só, a tomada de Badajoz e o massacre de grande parte da população dentro da praça de touros, mas também, outras situações de atrocidades entre as várias partes em conflito.
Quanto ao envolvimento na ajuda aos grupos de mulheres e crianças, estas, passavam o rio Guadiana, cheios de fome, vinham pedir esmola, alimentos para eles e para levarem para Espanha, andavam por Montes e Aldeias desta Freguesia e vizinhas, tentando de todas as formas, voltar à sua Terra com alguma comida para os que lá tinham deixado, crianças e idosos. Uma situação muito triste, à qual, a população de Capelins e vizinhos assistiram e, a maioria de alguma forma se envolveram, em termos da prestação de ajuda a essas pessoas.
Ainda conhecemos algumas pessoas que vieram de Espanha, em crianças, onde já não tinham Família próxima e ficaram a residir aqui para sempre, sendo ajudadas pela maioria da população desta Freguesia, como o Sr. Angelo, (Ti Muchaco) veio para Capelins durante a guerra, com 6 anos, aqui ficou, casou e, viveu toda a sua vida, falecendo em Terena já nos anos 80. 
Passaram-se muitos episódios, relacionados com essa guerra civil, as pessoas apareciam cheias de fome mal vestidas, a algumas, sem justificação, tinham-lhe assassinado a familia, e, sem esperança no futuro próximo, com o país destruído, conseguiam esconder os seus desgostos, esquecer o ódio, aparentemente, bem dispostos, cantando e ensinando as suas cantigas e, organizando bailes acompanhados pelas suas cantigas, nas aldeias e Montes por onde passavam, talvez em agradecimento pela forma como eram recebidos e tratados.
Na Freguesia de Capelins e vizinhas, existia muita humanidade, quase todas as pessoas ajudavam os pedintes, mulheres e crianças, até na questão da perseguição pela guarda portuguesa, foi diferente de outras regiões, embora se tivessem de esconder em almiaras de palha, matos e casas de moradores. No entanto, também existiram abusos e aproveitamento por parte de pessoas sem escrúpulos, principalmente, na falsificação de produtos alimentícios que contrabandeavam para Espanha mas, as guerras são a desgraça de muitos, com benefício para alguns.
Nos Concelhos de Mourão, Moura, Reguengos de Monsaraz e outros, a guarda, cumprindo as ordens do governo de Salazar, prendiam as pessoas que passavam a fronteira e, eram encerradas nas praças de touros, depois, levadas em camiões para Espanha, onde muitas, eram assassinadas. Alguns guardas, que faziam serviço na fronteira, nesse tempo, confirmaram a veracidade desses factos.
Na aldeia de Ferreira, apareciam constantemente a Ti Júlia, a Ti Casimira e outras mulheres espanholas, de Cheles, muito simpáticas, faziam soalheira e serões com as moças desse tempo e, a ti Júlia dizia: "tu fazeres malha muito depressa, como a minha filha, a minha filha faz: pum, pum, pum, depois engana-se e faz, terrum, terrum, terrum", por isso, ainda nos dias de hoje, em Ferreira, quando alguma senhora faz malha e se engana, logo dizem as outras: "olha, agora tens que fazer, terrum terrum terrum, como a Ti Júlia.
A Ti Júlia dormia sempre na casa da Bisavó Jacinta, em Capelins de Baixo, não era no quintal, era com ela dentro de casa e, as crianças, algumas já mocitas, dormiam na casa Dias, onde eram bem tratadas, tendo em conta a situação e, os tempos do fascismo. Algumas dessas pessoas, tinham familiares em Espanha, uns presos, outros escondidos e, havia crianças, sem pais, nem irmãos.
É de salientar, a ajuda prestada a essas pessoas, por uma senhora chamada Belmira, do Monte de Santa Luzia e de outras, que coziam pão, propositadamente para lhe matar a fome mas, como a senhora Belmira de Santa Luzia não se conheceu situação igual, ignorava tas regras impostas por Salazar e ajudava todas as vítimas dessa guerra que por lá apareciam.

Devemos ter orgulho nos então moradores, de Capelins e vizinhos, nos nossos antepassados e naqueles que ainda estão entre nós, porque, nos enriqueceram com mais esses valores de solidariedade e altruísmo e, mesmo sobre a ameaça do regime político Salazarista, ajudaram muitas vítimas inocentes dessa guerra, de Cheles e de localidades vizinhas. 



Resenha histórica da Ribeira do Lucifer/Lucefécit

Resenha histórica da Ribeira do Lucifer/Lucefécit

As traições de Lucifer/Lucefécit

A nossa Ribeira, foi sempre um obstáculo para quem precisava de a atravessar, fosse por motivo do seu trabalho se desenvolver no outro lado, ou por se deslocarem ao Rosário, Mina do Bugalho, Juromenha ou Elvas.
Quando o Sr. Martins, proprietário da herdade da Defesa de Bobadela (Monte da Travessa), nos anos 60, arrendou a herdade de Santa Luzia, do lado de lá da Ribeira, deparou-se com a dificuldade de, os trabalhadores, tratores e outros veiculos, que precisavam de circular entre as duas herdades, uma de um lado e, a outra do outro, durante o inverno, correrem grande risco na passagem da Ribeira. Assim, teve que suportar os custos do arranjo com pedra e cimento, do porto das Águas Frias de Cima, para onde estava direcionada a estrada de Ferreira - Rosário, já empedrada, essa obra, permitia maior segurança, porque, o caudal da Ribeira distribuía-se ao longo do pavimento de cimento e, perdia a agressividade.
Num dia de inverno, um amigo de Ferreira (não posso mencionar o seu nome, porque, ele, não gosta que se fale nisso), vinha na sua motorizada e, ao chegar ao referido porto, parou para avaliar a corrente, como não achou nada de anormal e conhecia bem o trajeto, meteu-se à água, logo a seguir sentiu um enorme empurrão e, não deu mais conta do que lhe aconteceu, foi levado por uma forte corrente, coisa do demónio, só dando por si, fora do leito da Ribeira e, livre de perigo, apanhando um enorme susto, sendo, a motorizada encontrada mais tarde no fundo de um pego. Mais uma vez, a nossa Ribeira salvou a vida de um Capelinense. 
(caso verídico)

Águas Frias 



Memória das façanhas e da morte do Rabilongo de Capelins

Memória das façanhas e da morte do Rabilongo de Capelins

O rabilongo era um dos cães de guarda do Monte Grande, da Casa Dias, ou seja, do Monte da herdade da Defesa de Ferreira, que está integrado no casario da Aldeia de Ferreira de Capelins. 
Nunca soube qual a raça, mas era um cão de corpulência média alta, ou assim parecia, em proporção ao nosso físico de crianças da escola primária. 
O rabilongo, era o terror das crianças e de alguns adultos da Aldeia, sendo um dos temas diários das conversas na escola, cada um/a contava o que lhe tinha acontecido ou a alguém que tinha passado em frente ao portão do dito Monte e, teve que correr à frente do rabilongo, contando sempre as situações de forma a torná-las mais empolgantes e, destacavam-se sempre os mais valentes afirmando que não tinham qualquer medo do rabilongo, e diziam: "logo quando sairmos da escola vou lá passar mesmo rente ao portão sem fugir, logo vêem o que lhe faço se ele aparecer" mas quando chegava a hora da saída nunca estavam disponíveis, ou porque não moravam para aquele lado, ou porque já estavam à sua espera em casa para fazer qualquer tarefa que não podia esperar muito tempo. Aqueles que, eram obrigados a passar em frente ao portão do Monte Grande desenvolveram estratégias para enganar o rabilongo, uma delas era aproximar-se da área da sua investida, muito devagarinho, sem ruído e colados à parede da casa em frente, quando se atingia o limite de proximidade do portão, era correr o mais que podia e, quando o rabilongo aparecia a correr e, a rosnar de forma assustadora, já era tarde para ele que, parecia não estar interessado em apanhar a presa, porque, não tivemos conhecimento que alguma vez mordesse em alguém, apesar do grande movimento de trabalhadores no Monte Grande, talvez o rabilongo soubesse quem pertencia à casa, ou então, era um divertimento para ele, assim, chegou a noite fatal, ao fazer a sua habitual investida, sobre um transeunte que por ali passava, munido de uma espingarda de caça, não gostou da brincadeira e disparou, matando-o com um tiro certeiro. Não o vi morto, porque, logo de manhã, veio a Guarda Nacional Republicana, tomou conta da ocorrência e, foi mandado recolher, pelo feitor da Casa Dias, o senhor Louro, para enterrar, ficando ali a marca do sangue. Durante muito tempo, foi o principal tema de conversa na aldeia: quem foi? como foi? porque foi? onde foi? e, mesmo a medo do regime, foi lugar de romaria. Foi assim, o fim do rabilongo, que deixou um vazio, alguma saudade daquela correria e, da oportunidade da rapaziada lá na escola, mostrar a falsa valentia. 

Rafeiro Alentejano


Os Bonecos de Santo Aleixo em Ferreira de Capelins

Um dos acontecimentos mediáticos de grande relevo em Ferreira de Capelins, em meados do século passado, era a chegada e atuação dos Bonecos de Santo Aleixo (Monforte). Algum tempo antes da data prevista da sua chegada, já não se falava noutra coisa, os miúdos, porque não se cansavam de ver vezes sem conta o "auto da criação" e outros, embora, muitos já o soubessem de cor. Os graúdos, também gostavam de ver as marionetas, as danças, ouvir as música e cânticos inerentes. O espetáculo, para os pequenos começava logo no dia da chegada da carroça que transportava as marionetas e o pessoal que as manipulavam, e que tocavam, falavam e cantavam, mas, muitos dos pequenitos pensava-mos que eram os bonecos que faziam isso tudo, as pessoas vinham para os trazer e só para tocar o tambor pelas ruas e pelo alto do Monte do Pinheiro. A atuação dos Bonecos de Santo Aleixo envolvia a maioria dos espetadores, aqueles que se destacavam em alguma coisa, boa ou menos boa, durante o ano. Existia um informador na aldeia que, antes dava a conhecer ao Mestre Salas, as peripécias que tinham acontecido durante o último ano, de interesse da população, desde, namoros mal sucedidos, negócios falhados ou não, situações engraçadas, para algubs. Depois, durante a atuação era anunciado um nome, quando os espetadores se apercebiam quem era o contemplado, começavam logo todos a rir, porque, como já conheciam a situação, sabiam que vinha aí divertimento. Muitas vezes, a pessoa visada não gostava de ser nomeada e, de se rirem, nesse caso, a cena não tinha o fim esperado, mas, quem se apresentava a ver o espetáculo, era porque não se importava, uma vez que não passava de uma brincadeira e muitas vezes colaboravam com motes, para as décimas que eram feitas pelos Mestres, Salas e Chanca, no fim da brincadeira, tinham que dar uma contribuição monetária, mas até chegar ao fim, levavam algum tempo. O Mestre Salas, mandava um rapaz de serviço a buscar a contribuição e, a pessoa enviava beatas de cigarros, outras vezes, um ou dois tostões dentro de uma caixa de fósforos. Assim, enquanto não fosse enviada uma quantia razoável, o Mestre Salas fazia versos de escárnio e maldizer a essa pessoa, o resultado, era tudo a rir. Por fim, quando se entendiam, eram feitos versos ou décimas de grande elogio.
Os Bonecos de Santo Aleixo, atuavam duas noites seguidas em Ferreira de Capelins, no casão do Ti Xico Violantinho (falecido), o recinto ficava cheio as duas noites, daqui, seguiam para Montejuntos, Cabeça de Carneiro e por aí adiante, mas, havia rapazes que os acompanhavam por essas terras, não se cansavam de ver e ouvir a mesma coisa vários dias. Alguns diziam que não andavam atrás dos bonecos, mas, sim, de umas bonecas do elenco, primas ou sobrinhas do Mestre Salas.
Agora, os Bonecos de Santo Aleixo estão no CENDREV - Teatro Garcia de Resende em Évora, mas o Mestre Salas, Mestre Chanca e companhia desse tempo, não estão.

Bonecos de Santo Aleixo 



Singela homenagem dos amigos de Capelins a São Bento da Contenda - Olivença

Singela homenagem dos amigos de Capelins a São Bento da Contenda - Olivença

São Bento da Contenda (em castelhano San Benito de la Contienda) é uma aldeia do município de Olivença, território disputado por Espanha Portugal. Situa-se a 7,5 km a sul de Olivença, a uma altitude média de 220 m, possuindo cerca de 588 habitantes, de acordo com dados de 2007. Sob a administração espanhola, encontra-se integrada na Província de Badajoz.
Como nas restantes aldeias, o património mais significativo é a igreja paroquial, dedicada a S. Bento, também de acusada influência portuguesa, mais parecendo uma ermida, dadas as suas reduzidas proporções e os traços populares da sua arquitectura, a qual inclui mármores de Estremoz/Borba/Vila Viçosa . Na fachada frontal, apresenta-se um atraente pórtico, sob o qual chama a atenção a preciosa porta trilobada. O interior é uma nave única, abobadada, e cabeceia quadrangular. Sobre a porta, figura a data de 1776. Constitui um conjunto de arquitectura popular, também alentejana, de notável valor etnográfico. No século XVII, era atribuída a capacidade de fazer milagres à imagem de São Bento, presente na igreja, chegando os próprios duques de Bragança a visitá-la, assim como numerosos outros devotos.
Em 1613, houve uma grande seca no Rio Guadiana, que levou os habitantes de Olivença a fazerem uma procissão a São Bento da Contenda, invocando o auxílio do santo na vinda da chuva, numa oração ad petendam pluviam .
No início do século XVIII, a aldeia possuía cerca de 100 habitantes, prestando homenagem todos os anos a São Lourenço, em sumptuosas celebrações, numa ermida dedicada ao santo .
Segundo várias versões, o nome de São Bento da Contenda deriva das permanentes disputas em que a aldeia se envolvia com povoados castelhanos vizinhos. Numa destas versões, a contenda é apresentada como resultando de uma pretensão castelhana de que a fronteira passasse no meio da igreja da aldeia, razão pela qual existiria ainda no início do século XVIII um arco com as armas de Castela, na capela mor da mesma. Outra interpretação liga o nome ao topónimo que designa os campos em que assenta.
Esta localidade, de início chamou-se só São Bento, ou São Bento Abade. Como foi referido, em 1510/1511, os espanhóis de Alconchel quiseram delimitar a fronteira com Portugal junto da Ribeira de São Bento, traçando uma linha que dividiu a Igreja entre os dois países e deu-se uma contenda, porém a coroa portuguesa conseguiu que a Espanha recuasse a fronteira, novamente até à Ribeira de Táliga (Tálega), Alconchel. A povoação tal como as vizinhas Vila Real e São Domingos de Gusmão, apresenta características alentejanas, como a cor branca das casas, as chaminés, os pisos térreos os "piais" e os rodapés.
A devoção a São Bento passava para cá do rio Guadiana, organizavam-se procissões de Juromenha, Capelins, e Rosário e, logo que o Guadiana o permitia era montada uma ponte de madeira, junto ao Monte da Estacada, nos Mocissos, onde os habitantes destas localidades e os de São Bento da Contenda passavam para ambos os lados, existindo grande amizade entre estes povos, então, todos portugueses!

Igreja de São Bento da Contenda 



Alconchel - a vizinha além Guadiana

Alconchel - a vizinha além Guadiana

Alconchel é um município raiano da Espanha no sudoeste da província de Badajoz
comunidade autónoma da Estremadura, com a área de 295 km²
A Vila de Alconchel foi conquistada aos Mouros por Geraldo Sem Pavor e D. Afonso Henriques em 1166, embora, logo perdida por intervenção do Califa de Córdoba. Foi reconquistada por D. Sancho II cerca de 1249. Esta Praça esteve na posse dos portugueses até 1264, passando, nesta data para a Coroa de Castela no reinado de D. Afonso X, o Sábio, muito amigo de Portugal ao ponto de fazer imensas cantigas a Santa Maria de Terena, Monsaraz e a esta região, por influência dos senhores de Terena, os Riba de Vizela, que durante algum tempo estiveram exilados na sua Corte. 
Entre 1264 e 1312, Alconchel pertenceu à Ordem dos Templários, como esta Ordem foi extinta, nesta data passou para a jurisdição da Ordem de Alcântara e, em 1690 foi doada aos senhores de Zuniga e integrada no Marquesado de São João das Pedras Albas e Belgide, onde permaneceu até ao século XIX.
O seu Castelo, denominado de Miraflores foi construído pelos muçulmanos, cerca do ano 1000, parece que, sobre ruínas de outras construções pré romanas, e romanas, porém, devido aos ataques constantes dos portugueses, foi ampliado e armado com artilharia pesada já nos séculos XIV/XV, passando, então, a ser uma Praça forte e importante. O Castelo de Miraflores, nunca foi flor que os portugueses cheirassem, também, devido à sua defesa natural, nunca o conseguiram ocupar, talvez por isso, não existisse muita simpatia por Alconchel do lado de cá, excepto em Évora, onde, em sua homenagem, existe, ainda hoje a Porta de Alconchel, uma das mais importantes, porque era a porta de entrada e saída da cidade de, e para Lisboa.
Alconchel, aqui tão perto, vizinha de Capelins, pouco conhecida, tem muitos locais de interesse turístico, como o Castelo de Miraflores, Convento dos Jarales, Igrejas, Ponte Velha, Praça de Espanha e outros locais interessantes.

Alconchel - além Guadiana 



São Domingos de Gusmão - Vizinha além Guadiana

São Domingos de Gusmão - Vizinha além Guadiana

São Domingos de Gusmão (oficialmente em espanhol Santo Domingo de Guzmán) é uma aldeia do município de OlivençaEspanha (disputado por Portugal). Até 1801, constituía uma freguesia deste concelho português e tinha 353 habitantes. Sob a administração espanhola, encontra-se integrada na Província de Badajoz. Situa-se a 7 km de Olivença .
De acordo com dados 2007 possui actualmente apenas 18 habitantes, constituindo a menor das aldeias oliventinas.
As suas casas apresentam muitas características alentejanas, a cor branca, as chaminés, os telhados, os pisos térreos, os rodapés, embora já existam alguns fenómenos de simbiose, ainda é bem visível a predominância de aquém Guadiana.
A Igreja Paroquial de São Domingos de Gusmão, é uma pequena edificação caiada de carácter popular, do século XVII, com aspecto de ermida. A fachada ostenta um grande pórtico de severa estrutura em mármore de Estremoz-Vila-Viçosa e duplo campanário. A planta é de uma nave com abóbada simples e cabeceira quadrangular de cruzeiro. As capelas e demais dependências anexadas ao corpo principal originam um conjunto de variados volumes e acertada composição. Uma pequena cúpula em chaminé destaca-se sobre a cobertura. O seu encanto principal resulta da sua característica arquitectura popular tradicional de acento alentejano.
No início do século XVIII, a aldeia era constituída por cerca de 60 pessoas. Nessa altura, existiam nas suas imediações as herdades da Borrachinha, de Monte-longo e Gijarral, entre outras, consideradas muito férteis. 
A meio caminho de Olivença encontra-se a ermida de Nossa Sra. das Neves, cujas festas se celebram em 5 de Agosto. Sobre ela existe uma encantadora lenda que relata a história do pequeno Joaquim que, perdido no campo, a Virgem protegeu durante a noite.
Igreja Paroquial de São Domingos de Gusmão 





Aldeia de Vila Real - Olivença, vizinha de além Guadiana

Aldeia de Vila Real - Olivença, vizinha de além Guadiana

Vila Real (em espanhol, Villarreal) ou Nossa Senhora de Vila Real é uma aldeia situada sobre o rio Guadiana, em frente à povoação fortificada de Juromenha de aquém Guadiana. A sua soberania é disputada entre Portugal e Espanha. Historicamente pertencia ao Concelho de Juromenha e chamava-se  Aldeia da Ribeira. Com a administração de Olivença pela Espanha, até à margem do rio Guadiana, a povoação foi igualmente anexada, tendo sido incorporada no Município de Olivença.
Possui cerca de 87 habitantes, de acordo com dados de 2007, encontrando-se a 12 km de Olivença.
No século XIII, o rei português D. Sancho I outorgou o mestrado de Nossa Senhora de Vila Real à Ordem de Avis, na pessoa de um dos seus primeiros Mestres, D. Gonçalo Viegas.
Em 1708, as duas Paróquias que então constituíam a vila, Curado e São Brás, dispunham ainda de um Capelão da Ordem de Avis.
No início do século XVIII, a vila possuía cerca de 200 habitantes.
A Paróquia de Vila Real é dedicada a Nossa Senhora da Assunção. O Templo é uma construção caiada de reduzidas proporções e arquitectura simples, semelhante a uma Ermida rural. Planta rectangular, abobadada, cabeceira rectangular e copulada, sacristia e capela baptismal anexa.     
Na estrada de acesso localiza-se a modesta Ermida de Sant’Ana.

Vila Real 



domingo, 6 de agosto de 2017

Tragédia no rio Guadiana na volta de Montejuntos

Como já aqui referimos, o nosso rio Guadiana foi protagonista de algumas tragédias, já no nosso tempo, e outras que tivemos conhecimento desde os anos 1700.

Esta realidade que vamos dar a conhecer passou-se em 1906.

Na manhã do dia 31 de Janeiro de 1906, decerto não seria o melhor dia para cruzar as margens do nosso rio Guadiana, saíram da vizinha Vila de Cheles, com destino a Montejuntos (Portugal) onde foram vender couves, a senhora Emília Valencia de 60 anos de idade, e a Senhora Maria Ocano Santano, natural de Badajoz, estado de viúva, e um filho desta chamado Florencio Rodriguez Ocano com 9 anos de idade. A estes 3 individúos juntaram-se no Moinho do Morgado, no Guadiana, a cerca de 7 Km de Cheles, a senhora Vicência Marin e seu marido senhor José Godinho, que residiam neste Moinho, onde ele era Moleiro.
Foram os 5 até Montejuntos, e por lá passaram o dia, regressando pelas 5 e meia da tarde, no mês de Janeiro, já noitinha, meteram-se todos no barco para atravessar o Guadiana, mas infelizmente nunca chegaram à outra margem, porque o barco naufragou e desapareceram nas águas do rio, Guadiana, deram pela sua falta e encontraram vários objetos que lhe pertenciam e só mais tarde encontraram os 4 adultos sem vida em diversos sítios, porém, o corpo da criança nunca apareceu. Não se encontrou explicação para esta tragédia, uma vez que o Moleiro José Godinho devia conhecer muito bem as cheias do rio Guadiana. Foi um acontecimento que causou muita tristeza aos habitantes da vila de Cheles e das vizinhas localidades portuguesas.
Nem tudo foi bom, nem tudo foi mau, no nosso rio Guadiana!
(Base: Archivos de Cheles)


Moinho do Rio Guadiana




Resenha histórica do Rio Guadiana - A Tragédia no Rio Guadiana na Romaria da Virgem de Bótoa

Resenha histórica do Rio Guadiana - A Tragédia no Rio Guadiana na Romaria da Virgem de Bótoa

A Virgem e Romaria de Bótoa, é uma  invocação Mariana que tem a sua origem no século XIV, que inicialmente se denominava por Budua, depois Botoba e finalmente Bótoa. A sua Ermida é muito modesta e situa-se a poucos quilómetros da cidade de Badajoz, em São Vicente de Alcântara. A Romaria, realiza-se atualmente no primeiro domingo do mês de Maio, mas antigamente era em Abril. Aqui acodiam/acodem romeiros de toda a região de Badajoz, como também de Portugal, principalmente, de Elvas e de Campo Maior.
A devoção à Virgem de Bótoa está ligada às intempéries que afetavam a vida dos camponeses, dos agricultores e dos ganadeiros, a Ela recorriam quando havia excesso ou ausência água (chuva), falta de pastagens para o gado, invasões de pragas e outras. 
Os camponeses/as na Romaria vestiam trajes coloridos, muito vistosos, alusivos à causa, com ramos de espigas, papoilas, margaridas e outros símbolos do campo que eram oferecidos à Virgem de Bótoa.
A Virgem de Bótoa é considerada a Rainha dos campos de Badajoz, é muito popular na cidade e em todas as povoações vizinhas, incluindo nas portuguesas.
A grande festa, com música, dança e muito divertimento, era/é nas margens da Ribeira de Zapaton, um afluente do rio Guadiana, que passa muito perto dali. Assim, no dia 06 de Abril do ano de 1902, uma barca que transportava devotos da Virgem de Bótoa, naufragou no rio Guadiana, causando a morte a mais 11 pessoas. 

Rosto da Virgem de Bótoa 



quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Tálega - Além Guadiana

Continuamos a divulgar as localidades nossas vizinhas de além Guadiana, umas mais próximas, outras nem tanto, mas com todas elas existiram sempre boas relações, apesar das escaramuças verificadas temporariamente entre os dois reinos, políticos, são políticos, amigos é outra coisa.
Hoje damos a conhecer um pouco da nossa vizinha Tálega:


Tálega ou Nossa Senhora da Assunção de Talega (em espanhol:Táliga) é um município da Espanha, na província de Badajoz, Estremadura (reclamado por Portugal, ver Questão de Olivença), de área 31 km². Em 2012 tinha 767 habitantes (densidade: 24,7 hab./km²)

A fundação de Táliga remonta ao período medieval, sendo atribuída aos cavaleiros templários. Julga-se que os cavaleiros, que após a reconquista passaram a habitar o castelo de Alconchel, terão deslocado os habitantes mouros deste castelo para povoarem Táliga.Em 1297, com o tratado de Alcanices, passa a integrar o reino dePortugalNo início do século XVIII, possuía cerca de 100 habitantes e diversas herdades, tais como a de Alparragena, a de Valmoreno, a de Mentilhão e a de Monte da Vinha. Este município constituía até 1801 uma freguesia do termo de Olivença, com o nome de Nossa Senhora da Assunção de Talega ou Táliga (Nuestra Señora de la Asunción de Táliga em espanhol).Foi ocupada por Espanha em 1801. Em 1850, consegue a segregação de Olivença e é constituída em concelho próprio. Tem cerca de 800 habitantes. A sua construção de maior relevo é a igreja paroquial da Assunção, coroando a atraente praça de configuração irregular que ocupa um dos extremos da povoação. A sua arquitectura revela os traços alentejanos que a distinguem na Estremadura. O templo, de modestas proporções, de alvenaria caiada, cunhais de cantaria e torre de um só corpo e pouca altura que encaixa de forma não habitual na nave. Na zona superior da torre abrem-se campanários, rematados com um capitel. Na fachada apresenta portal oitocentista de desenho alentejano. No interior, uma nave única de cabeceira plana e abobado de aresta. Do lado da Epístola desenvolve-se um conjunto de capelas.


Tálega 



São Jorge de Alôr Vizinhos de Além Guadiana

São Jorge de Alôr
Vizinhos de Além Guadiana

Prestamos uma singela homenagem às localidades vizinhas de além Guadiana, pelas boas relações de amizade com Capelins, ao longo da história. Vamos, assim, divulgar um pouco desses locais aos amigos/as que estiverem interessados/as:

São Jorge da Lor (em espanhol San Jorge de Alor) ou São Jorge de Olor é uma aldeia do município de Olivença. Até 1801 constituía uma freguesia deste concelho e tinha nesta data 404 habitantes.
Situada a 5 km de Olivença em direcção a SE, a aldeia constitui um núcleo urbano de muito interesse pela personalidade que lhe conferem as suas monumentais chunés (chaminés, no Português oliventino). Depois de São Bento da Contenda, é a maior das aldeias de Olivença.
Assentada no sopé da Serra da Lor, a 5 km. da Vila, constitui um conjunto marcadamente rural, com a fisionomia tradicional pouco alterada, destacando-se a sua arquitectura popular alentejana .
O centro do povoado e sua construção mais destacada é a igreja paroquial de S. Jorge, obra do século XVI. De pequenas proporções e endossada a outros edifícios, é em alvenaria caiada. O seu singelo portal é de desenho claramente popular, com triplo campanário. Interiormente, compõe-se de átrio de acesso, nave de três corpos, cruzeiro com abobado de aresta, cabeceira quadrangular e três grandes capelas anexas. Como sempre, a sua arquitectura espelha as formas populares alentejanas.
No início do século XVIII, possuía cerca de 80 habitantes.
Postado no Facebook - Amigos de Capelins
Base: Wikipédia 

São Jorge de Alôr - Igreja


Valverde de Leganés vizinha de além Guadiana

Valverde de Leganés vizinha de além Guadiana

Valverde de Leganés é um município da Espanha na província de Badajozcomunidade autónoma da Estremadura, de área 73 km². Como as outras localidades de além Guadiana, vizinhas das Terras de Capelins,  devido às suas relações entre os povos dos dois lados da Fronteira, por motivos comerciais, religiosos, familiares e outros, não poderíamos deixar de, também a dar a conhecer.
Está situado entre Olivenza y Almendral, cerca del pantano de Piedra Aguda, en el ámbito más cercano a la influencia de la frontera. Pertenece a la comarca y al Partido judicial de Olivenza.En 1594 formaba parte de la Tierra de Badajoz en la Provincia de Trujillo.
El siglo pasado aún aparece nombrada como Valverde de Badajoz, jurisdicción a la que perteneció inicialmente desde su fundación en el siglo XIII. Posteriormente, pasó a integrarse en las casas de Leganés y Altamira, teniendo a su vez como anejos, hasta su desaparición en el XVII, a las aldeas de Valdesevilla y Los Arcos. La proximidad a la frontera hizo de Valverde escenario de numerosas acciones de guerra relacionadas con los conflictos hispano-portugueses en todas las épocas. En sus inmediaciones tuvo lugar en 1385 la batalla que remató el descalabro sufrido poco antes por los castellanos en Aljubarrota. El 13 de septiembre de 1643 la localidad fue arrasada por los portugueses durante la guerra de la separación. En 1704, iniciada la de Sucesión, sus moradores la abandonaron, temerosos de nuevos ataques lusitanos, que efectivamente se produjeron con terribles resultados, hasta el punto de que el enclave quedó destruido por completo y despoblado, hasta que en 1712 se inició su reconstrucción. Valverde fue escenario también de la reunión mantenida el 14 de mayo de 1811 por los generales aliados con Beresford, para preparar la batalla librada dos días después contra los franceses en los campos de La Albuera, y en la que parte de las tropas tuvieron aquí sus campamentos de partida.
A la caída del Antiguo Régimen la localidad se constituye en municipio constitucional en la región de Extremadura. Desde 1834 quedó integrado en el Partido judicial de Olivenza.2 En el censo de 1842 contaba con 431 hogares y 1510 vecinos.
Como património de destaque temos: A Iglesia Parroquial católica bajo la advocación de San Bartolomé, en la Archidiócesis de Mérida-Badajoz

E Embalse de piedra aguda. Pantano situado en el Km 4 de la carretera Valverde de Leganes-Olivenza.


Base: Wikipédia 




As Terras de Capelins: Faleiros - Ferreira de Capelins - Montejuntos

As Terras de Capelins: Faleiros - Ferreira de Capelins - Montejuntos


Nesta singela homenagem às localidades vizinhas de além Guadiana, pela excelente relação de amizade entre os seus povos, àparte das guerras militares, por aqui passaram:
- Villa de Cheles;
- Villa de Alconchel;
- São Bento da Contenda;
- São Domingos de Gusmão;
- Vilarreal;
- Tálega;
- São Jorge de Alôr;
- Valverde de Leganés;
- Barcarrota.
A homenagem consiste em as divulgar perante as pessoas que desconhecem estas Villas e Aldeias vizinhas das Terras de Capelins, e agradecer a amizade. A sua população foi ajudada pelos portugueses durante a guerra civil de Espanha (1936-1939), como também, eles ajudaram os "Formigas" portugueses, não só, ao comprar-lhe o café Camêlo, como também, ajudando-os a escapar à Guarda Civil (carabineros), indicando-lhes sempre os caminhos mais seguros que deviam seguir. 

Igreja de Cheles 



terça-feira, 1 de agosto de 2017

As barcas no Rio Guadiana, no Porto D' El-Rei, ou seja, da Cinza ou Ceniza

As barcas no Rio Guadiana, no Porto D' El-Rei, ou seja, 

da Cinza ou Ceniza

Estamos convencidos que, existiram Barcas no rio Guadiana, desde os Romanos ou talvez antes, neste lugar, Porto da Serva, Porto D' El-Rei, Porto da Cinza, (sempre o mesmo), desde os Romanos, Mouros, e depois Cristãos. Temos provas que nos anos de 1500, antes e mais tarde existiu uma Barca nesse local, explorada a meias pelo 4º Senhor de Cheles D. Francisco Manoel de Villena e pelo Senhor das Terras da Vila de Ferreira, Simão Freire de Andrade, o que já acontecia com seus pais. Do lado dos portugueses, já conhecíamos a Família Freire de Andrade, Senhores da Vila Defesa de Ferreira, mas nada sabíamos sobre os Senhores de Cheles, e assim fomos conhecer essa Família e a sua grande ligação Familiar a Portugal, desde Vila Viçosa - Mourão - Serpa, fazendo muito sentido e interesse mútuo na existência das Barcas neste lugar do Rio Guadiana. A mãe de D. Francisco, era portuguesa e algumas suas irmãs casaram com portugueses e a companheira de D. Francisco era portuguesa, veja-se as relações familiares existentes com Portugal. por isso, D. Francisco, recebeu o nosso Rei D. Sebastião, em Fevereiro de 1573, daquela forma. 


Antigo Porto da Cinza 




Ferreira de Alcântara - Herrera de Alcántara

Ferreira de Alcântara

Herrera de Alcántara



A outra Ferreira da Raia - Herrera de Alcântara



Damos a conhecer mais uma localidade espanhola, não é propriamente vizinha das Terras de Capelins, mas também se situa na Raia e em tempos foi portuguesa e alentejana/beirã. A sua toponímia "Ferreira", parece ter a mesma origem da nossa Ferreira Romana, ou seja, de Ferraria, (Minas e transformação do Ferro, Forja), implicando por vezes alguma confusão entre elas. Existem algumas peripécias atribuídas à nossa Ferreira, as quais, temos quase certeza se passaram na outra Ferreira (Herrera)
Herrera de Alcántara (em português: Ferreira de Alcântara) é um município raiano da Espanha na província de Cácerescomunidade autónoma da Estremadura, de área 121,61 km². Em 2012 tinha 292 habitantes (densidade2,4 hab./km²).

O nome de Ferreira de Alcântara pode provir da ferraria que existia na povoação entre os séculos XI e XII, na qual se fizeram as grelhas da Catedral de Santiago de Compostella

O seu território foi conquistado pelos cristãos aos árabes em 1167, tendo em 1220 conquistado definitivamente as terras comprendidas entre Alcântara e Valença de Alcântara. A comenda de Ferreira já existiria em 1254. Ferreira teve alfândega desde a Idade Média. Fala-se ainda hoje português nesta aldeia, devido a ter sido repovoada por portugueses da região aquando da Reconquista, nas primeiras décadas do século XIII. O território ora pertenceu ao reino de Portugal ora ao de Leão. O Tratado de Alcanizes de 1297 pôs fim às pretensões portuguesas de dominar a região. Portugal nunca esqueceu tal território e o reclamou sempre que pôde nas guerras seguintes. A realidade é que ficou definitivamente na posse de Castela, mas a população portuguesa que morava lá continuou a viver na aldeia. O português que se fala lá é um português arcaico, sem qualquer ligação com os dialectos alto-alentejanos e beirões. Portanto, para um português normal, esse português soaria um bocado esquisito, precisamente pela ausência de relações com o resto do país. A partir do século XV foi Villa de Realengo, pertencente à Ordem de Alcântara. Esta comenda compreendia os términos municipais de Ferreira de Alcântara e Cedilho, tendo sido vendida em grandes lotes em 1855. As guerras com Portugal (Guerra da Restauração) arrasaram a fortificação da aldeia no século XVII. Um dado importante para a história e economia desta povoação é que teve um porto fluvial no Tejo, de onde saiam mercadorias até Inglaterra, através de Lisboa, até ao século XVIII.


As guerras com Portugal (Guerra da Restauração) arrasaram a fortificação da aldeia o século XVII.

É esta a eventual confusão, ou seja, a batalha de Abril de 1667 entre o exército do Alentejo, comandado pelo Conde de Schomberg, e castelhano, que Túlio Espanca descreve como se tivesse passado na nossa Ferreira, tudo indica que, foi aqui em Ferreira de Alcântara, assim como, a destruição do Castelo de Ferreira, mas de Alcântara. 

Brasão de Ferreira de Alcântara 



Povoado de Miguéns - Capelins - 5.000 anos

  Povoado de Miguéns -  Capelins - 5.000 anos Conforme podemos verificar nos estudos de diversos arqueólogos, já existiam alguns povoados na...