sábado, 31 de janeiro de 2015

Gentes das terras de Capelins - 1862  

Assento do Batismo do capelinense, Manoel dos Santos, em 1862.



"Aos quatro dias do mez de Abril do anno de mil oito centos e sessenta e dois pelas onze horas da manhãa na Igreja Parochial de Santo António de Capelins, Concelho do Alandroal, Districto Euclesiastico de Évora, Diocese de Évora. Eu o Presbitero Jerónimo de Jesus Maria Granja, Prior da mesma Freguezia, baptizei solenemente e puz os Santos Óleos a uma criança do sexo masculino a que dei o nome de Manoel, que nasceu às oito horas da manhã do dia primeiro do mez de Abril do anno de mil oitocentos e sessenta e dois, filho legitimo primeiro de nome e matrimónio de Manoel dos Santos, trabalhador, e de Maria Antónia, recebidos nesta Freguezia, e Parochianos, moradores em Calados, desta Freguezia, e naturais, elle de São Thiago, ella desta, neto paterno de José Martins e Izabel Maria, naturais, elle de São Thiago dito, e materno de Luiz Antónia e Antónia Maria, naturais, elle de Pombal, Bispado de Coimbra, ella da Villa do Redondo. Foi padrinho Manoel Ramalho, casado, Seareiro, e morador nesta, e Madrinha Josepha Maria, casada, moradora nesta, aos quais todos conheço serem os proprios. E para constar lavrei em duplicado o presente assento de baptismo  que, depois de ser lido e conferido perante os padrinhos comigo não assignaram por não saberem escrever. era ut supra.
O Parocho Jerónimo de Jesus Maria Granja 










sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Gentes das terras de Capelins - 1862

Assento do casamento de Luiz António com Maria Jacinta, em Janeiro de 1862
"Aos nove dias do mez de Janeiro do anno de mil oito centos e sessenta e dois nesta Igreja Parochial de Santo António de Capelins, Concelho do Alandroal, Diocese de Évora, na minha presença compareceram os Nubentes Luiz António e Maria Jacinta, os quais serem os próprios com todos os papeis de estilo correntes e sem impedimento algum canónico ou civil para o casamento: elle de idade de vinte e dois annos e como menor juntou documento de consentimento do Superior legítimo, solteiro, jornaleiro, e natural desta Freguezia, morador nesta Freguezia, baptizado nesta Freguezia, filho legitimo de João José, natural da Villa de Xeles, e de Antónia Maria, natural da Villa do Redondo, Cabeça de Comarca, Diocese de Évora, ella de idade de vinte e um annos e como menor junta documento de consentimento do Superior legitimo, solteira, estava na companhia de seus pais, natural da Freguesia de Machede, Concelho de Évora, Diocese de Évora, Baptizada na Freguesia de Machede, Concelho de Évora, Diocese de Évora, filha legitima de António Nunes, natural de São Bartholomeu do Outeiro, Concelho de Oriola, Diocese de Beja, e de Mariana do Rosário, natural de São Marcos da Abóboda, Concelho de Évora, os quais, nubentes se receberam por marido e mulher e os uni em matrimónio procedendo em todo este acto conforme o Rito da Santa Madre Igreja Catolica Apostolica Romana. Forão testemunhas presentes que sei serem os próprios, João Baptista, Seareiro, e morador nesta Freguezia e Vicente Rodrigues, Seareiro, morador nesta Freguezia. E para constar lavrei em duplicado este assento, que depois de ser lido e conferido perante os conjuges e testemunhas não assignaram por não saberem escrever. Era ut supra.
O Parocho
Jerónimo de Jesus Maria Granja" 



quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Gentes das terras de Capelins - 1862

O casamento de Manuel Gregório com Izabel Maria, de Capelins de Baixo, em Janeiro de 1862


"Aos oito dias do mez de Janeiro do anno de mil oito centos e sessenta e dois, pela uma hora  da tarde na Igreja Parochial de Santo António de Capelins, Concelho do Alandroal, Districto Euclesiastico de Évora, Diocese de Évora, perante mim o Presbitero Jerónimo de Jesus Maria Granja, Prior da mesma Freguezia, compareceram os nubentes Manoel Gregório e Izabel Maria, os quais conheço e dou fé serem os próprios com certidões de prévia e livre denunciação nos três dias festivos nesta Freguezia e com os mais papeis correntes sem impedimento algum canonico ou civil para o casamento dos mesmos nubentes, elle de idade de quarenta annos, viúvo, enviovou nesta Freguezia, Baptizado nesta Freguezia, filho legitimo de Gregório Rosado e de Margarida de Jesus, já falecida, neto paterno de Domingos Martins e Roza Maria e materno de José Faleiro e Eugénia Gomes e ella de idade de dezenove annos, solteira, baptizada nesta Freguezia, filha de Manoel da Silva, jornaleiro, e de Catherina da Conceição, moradores em Capelins de Baixo desta Freguezia e como menor apresentou licença do seu Superior, neta materna de António da Silva Entradas e de Mariana Catharina e materna de José Amaro e de Izabel da Assumpção, aos quais interroguei solenemente e havido o seu mutuo consentimento por palavras de presente, se receberam por marido e mulher e os uni em matrimonio e não lhe lancei a benção, por não a terem, procedendo em todo este acto conforme o Rito da Santa Madre Igreja Catholica Apostolica Romana, sendo testemunhas presentes a que dou fé serem os proprios José Vicente Moço, Seareiro, viúvo e morador nesta Freguezia e Antonio Cordeiro, solteiro, ganadeiro, e morador nesta Freguezia. E para assim constar lavrei em duplicado o presente assento que depois de ser lido e conferido perante os conjuges e testemunhas, só assignou uma testemunha, por não saberem assignar os mais supra.
O Parocho
Jerónimo de Jesus Maria Granja
ass. José Vicente Moço" 




Gentes de Capelins 1862

O batismo de Rita Busca, de Capelins de Cima, em Fevereiro de 1862
"Aos dez dias do mez de Fevereiro do anno de mil oito centos e sessenta e dois pelas onze horas da manhãa na Igreja Parochial de Santo António de Capelins, Concelho do Alandroal Districto Euclesiastico de Évora, Diocese de Évora. Eu o Presbitero Jerónimo de Jesus Maria Granja, Prior da mesma Freguezia, baptizei solenemente e puz os Santos Oleos a uma criança do sexo feminino a que dei o nome de Rita, que nasceu às três horas da tarde do dia cinco do mez de Fevereiro do anno de mil oito centos e sessenta e dois, filha legítima primeira do nome e do segundo matrimónio de pais Vicente Busca, jornaleiro, e de Mariana de Jesus, recebidos da Freguezia de Nossa Senhora do Rosário, termo do Alandroal, Parochianos desta, moradores em Capelins de Cima desta Freguezia, naturais elle desta, ella de São Braz, termo do Alandroal, neta paterna de Manoel Cortes Busca e Felizarda Gonçalvez, elle desta, ella de Monçaraz e materna de Francisco José e Francisca Rosa, elle de Pardais, termo de Vila Viçosa, ella do Alandroal, foi padrinho João Diogo, viúvo, Seareiro, e morador nesta Freguezia, Madrinha Felizarda Gonçalvez, viúva, moradora nesta Freguezia, os quais todos conheço serem os próprios. E para constar lavrei em duplicado o presente assento de baptismo que depois de lido e conferido perante os padrinhos comigo não assinaram por não saberem escrever. Era ut supra.
O Parocho
Jerónimo de Jesus Maria Granja" 

Igreja de Santo António 





quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Gentes das terras de Capelins - 1862


Óbito da senhora Roza Maria Rocha, no dia 24 Janeiro de 1862, assim, consideramos uma singela homenagem, em sua memória!

"Aos vinte e quatro dias do mez de Janeiro do anno de mil oito centos e sessenta e dois às seis horas da noute no Monte das Serranas desta Freguezia, Concelho do Alandroal, Districto Euclesiastico de Évora, Diocese de Évora, falleceu Roza Maria Rocha, idade sessenta annos, viúva, Parochiana desta Freguezia filha de Francisco José Valente e de Isabel Maria Rocha, neta paterna /não sabemos/ não fez testamento e deixou filhos e não recebeu os Sacramentos por desleixo da família. E para constar lavrei este assento em duplicado que assignei".
O Parocho
Jerónimo de Jesus Maria Granja"


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O óbito do espanholito José, mendigo, de 12 anos de idade

História de vidas de gentes de Capelins - 1862

O óbito do espanholito José, mendigo, de 12 anos de idade, encontrado sem vida no dia 17 de Maio de 1862, no Moinho do Escrivão (Bufo).

As terras de Capelins, foram desde sempre, conhecidas como muito férteis, onde existia pão e gado, por isso, ali apareciam muitos mendigos, procurando um bocadinho de pão. Parece que, foi o caso do espanholito José, uma criança com apenas doze anos de idade que, por lá andava mendigando até ao dia 17 de Maio de 1862. Neste dia, pelas 11 horas da manhã, foi encontrado morto no Moinho do Escrivão, (era o Moinho do Bufo), junto da Ribeira do Lucefécit. Não sabemos a causa da sua morte, podemos dar asas à imaginação e, pensar o que cada um quiser. Não deixa de ser muito triste, devia ter sonhos e, alguma família lá por Espanha que, eventualmente, esperaram por ele muitos anos, ou não, mas, de uma coisa temos a certeza, foi sepultado no dia 17 de Maio de 1862, no cemitério de Santo António de Capelins. 
"Aos dezassete dias do mez de Maio do anno de mil oito centos e sessenta e dois, às onze horas do dia no Moinho do Escrivão junto à Ribeira desta Freguezia, Concelho do Alandroal, Diocese de Évora, foi encontrado morto um individuo do sexo masculino por nome José, de idade de doze annos, mendigo, e se dizia espanhol; o mais ignora-se, e foi sepultado no cemitério publico. E para constar lavrei em duplicado este assento que assignei. Era ut supra.
O Parocho
Jerónimo de Jesus Maria Granja"
(até o texto referente ao óbito do José espanholito, é tão pobre como ele) 






Gentes de Capelins - 1862

História de vidas de gentes das terras de Capelins - Clemente Rocha - 1862 

Na intenção de homenagearmos alguns dos nossos antepassados Capelinenses, vamos dar a conhecer acontecimentos, como, Batismos, Casamentos e Óbitos ocorridos nesta Paróquia nos séculos XVII, XVIII e XIX, através dos quais, também podemos saber a origem de Famílias que se instalaram nestas Terras de Capelins.
No assento do Batismo, que a seguir se transcreve, podemos concluir que, a Família Borges, de Montes Juntos era de S. João das Areias - Coimbra.

Batismo da Senhora Mariana Rocha, neta materna de António Borges, no dia 02 de Janeiro de 1862.

"Aos dois dias do mez de Janeiro do anno de mil oito centos e sessenta e dois pelas doze horas da manhãa na Igreja Parochial de Santo António de Capelins Concelho do Alandroal, Districto Euclesiástico de Évora, Diocese de Évora. eu o Presbitero Jerónimo de Jesus Maria Granja, Prior da mesma Freguezia Baptizei solenemente e puz os Santos Oleos a uma criança  a que dei o nome de Mariana, que nasceu às seis horas da noute do dia vinte e seis do mez de Dezembro do anno de mil oito centos e sessenta e um, filha legitima do nome e matrimonio de Clemente Rocha, jornaleiro, e de Clara Maria, recebidos nesta Freguezia, e Parochianos desta, moradores nos Montes Juntos desta Freguezia, neta paterna de Francisco Rocha e de Domingas Lourenço, todos naturais desta, e materna de António Borges e Maria Clara, naturais, elle de São João das Areias, Bispado de Coimbra, ella desta, foi padrinho João Baptista, casado, Seareiro e morador nesta Freguezia, e madrinha Mariana Maria, casada e moradora nesta, aos quais todos conheço serem os próprios. e para constar lavrei em duplicado o presente assento de baptismo que depois de ser lido e conferido perante os padrinhos comigo não assinaram por não saberem escrever. Era ut supra.
O Parocho, Jerónimo de Jesus Maria Granja " 








domingo, 18 de janeiro de 2015

A localização da Vila de Ferreira (Capelins) na carta geográfica da Provincia do Alentejo em 1777.

A localização da Vila de Ferreira (Capelins) na carta geográfica da Provincia do Alentejo  em 1777. 

CARTA GEOGRAFICA DA PROVINCIA DO ALENTEJO QUE A S. MAGESTADE FIDELISSIMA E AUGUSTISSIMA SENHORA D. MARIA I E RAYNHA DE PORTUGAL OFERECE O SARGENTO MOR ENGENHEIRO JOZÉ MONTEIRO DE CARVALHO [MATERIAL CARTOGRÁFICO]

AUTOR(ES): Carvalho, José Monteiro de, fl. 1750-1780
ESCALA: [Escala não determinada]
PUBLICAÇÃO: [entre 1777 e 1780?]
DESCR. FÍSICA: 1 mapa : manuscrito, p&b ; 133x95 cm
REF.EXT.: 
A. Aires de Carvalho - Catálogo da coleção de desenhos, 1977, n.o 1066- B
NOTAS: 
Datação atribuída de acordo com a data de início do reinado de D. Maria I e os dados biográficos do autor
Papel colado sobre tela, envernizado
CONTÉM: Cercadura composta por medalhões onde se inserem representações de castelos e fortificações, da região representada, a saber: Elvas, Forte de Nossa Senhora da Graça, Mértola, Évora, Castelo de Vide, Mourão, Juromenha, Arronches, Marvão, Olivença, Ouguela, Vila Viçosa, Monsaraz, Campo Maior, Forte de S. João Baptista, Estremoz e Moura.

http://purl.pt/23852/2/







Memórias Paroquias - Santo António 1758

Memórias Paroquiais - Santo António de Capelins - 1758

“Memórias paroquiais, vol. 4, n.º 29, P e. 157 a 162 N.º29 S. Antº de Terena - termo de Terena 157] Certifico eu o Pároco Manuel Ramalho Madeira Cura nesta Parochia e Igreja de Stº António Termo da vila de Terena, que he verdade que eu fiz as deligencias nesseçarias a as averiguaçoins devidas a respeito dos Interrogatorios da ordem e feitas estas não achei que, dizer mais que o seguinte. No primeiro interrogatório digo que esta Freguezia está na provincia do Alentejo no Arcebispado de Évora na comarca da cidade de Elvas e Termo da vila de Terena chamada esta Freguezia de Stº Antº de Terena. Ao segundo respondo que he de El-rei meo Senhor. Ao terceiro digo que esta Freguezia tem ouitenta e seis vizinhos duzentas e outenta pessoas Mayores sincoenta e sete menores. Ao quarto interrogatório digo que esta situada em sitio nem muito alto nem munto baixo, em lugar plano dela se descobrem algumas povoaçoins que são as seguintes a primeira he a vila de Terena esta dista huma legoa, também se descobrea villa de Extremoz dista esttas sinco legoas também se avista a vila de Alandroal e esta dista duas legoas também se descobre a vila de Olivença dista estas sinco legoas descobreçe também a villa de Monçaraz dista esta duas legoas, também se descobre a villa de Mourão a qual dista desta Freguezia quatro legoas, no ssimo delas todas se descobrem também duas terras que vem a ser Cheles e esta dista legoa e meia e outra chamada Alcunchel esta dista quatro legoas não há mais que dizer. No quinto Interrogatorio digo que esta Freguezia parte esta no termo de Terena e na outra parte na Villa de Ferreira de sorte que esta villa de Ferreira he uma defeza que se olha nesta Freguezia a qual.
[158]
A qual he villa e tem Termo, tem juiz [ ] Lavradores, Escrivão, Alcaide, Procurador [ ] as justiças, esta justiça e feita todos os anos pelo Corregedor da cidade de Elvas he esta villa do Serenissimo senhor Infante, tem duas Aldeias chamadas Capelins de Cima e Capelins de Baxo Consta huma de ouito vizinhos e outra de seis a vila não tem mais [ ] dos moradores, nesta villa não entra outra qualquer justiça a governar a cada (mais). Ao sexto interrogatório digo que esta Freguezia esta [ ]fora da (…) e tem quatro Aldeias chamadas huma Capelins de Sima outra capelins de Baxo outra Aldeia de (Navais) outra Aldeia de (Faleiros) nada mais, Ao sétimo respondo que o seo Orago he Stº Antonio. Tem tres Altares hum he o altar Mor em que esta o orago Santo Antonio são Bartolomeu São Francisco São Gregório, o segundo he dos [ ] São Miguel, São Bento o[ ] da Senhora do Rosario, São [ ] Nossa Senhora de [ ], não tem naves he formada de madeyra tem seis lrmandades[ ] he de St Antonio, Nossa Senhora do Rosario, Nossa Senhora das Neves, Irmandade das Almas, Irmandade do Senhor Jesus e Irmandade de São Bento nada mais. Ao outavo respondo que o Parocho he Cura e a representação he do Reverendissimo Exº Senhor Arcebispo de Evora, tem quatro moios de renda três de trigo, e hum de sevada. Ao nono interrogatório digo nada. Ao decimo interrogatório nada. Ao interrogatório decimo primeiro nada. Ao decimo segundo nada. Ao decimo terceiro digo que na vila de Ferreira está huma
[159]
Está huma Irmida da Nossa Senhora das Neves e está fora do lugar e nada mais. Ao decimo quarto interrogatório nada; Ao decimo quinto digo que os frutos da terra são trigo, sevada e senteio; Ao decimo sexto digo que tem juis da vintena sujeito ao juiso da villa de Terena e nada mais; Ao decimo sétimo nada. Ao decimo ouitavo nada. Ao decimo nono nada. Ao duo decimo nada. Ao duodécimo primeiro digo que dista da cidade de Evora Capital do Arcebispado sete legoas, e de Lisboa Capital do Reino são vinte sete legoas. Ao duodécimos segundo interrogatórion ão há que dizer. Ao duodécimo terceiro nada. Ao duodécimo quarto nada. Ao duodécimo quinto nada. Ao duodécimo sesto nada. Ao duodécimo sétimo nada. E assim nesta primeira parte não tenho mais que dizer que o referido.
Serra
Na segunda parte da ordem se ma procura saber da qualidade da serra, e assim nesta parte não tenho que dizer por não haver serra, contados estes treze interrogatórios nada, não há duvida que esta fraga tem em si creaçoins de bois, ovelhas, cabras e porcos, e também algumas creaçoins de lebres e coelhos como se procura no interrogatório decimo primeiro desta segunda parte asim não há mais que dizer.
Rio
Respondendo a terceira parte em que se procura saber do rio desta terra chamado este o rio Guadiana dizem nasce [ ] Ao segundo interrogatório digo que não nasce logo caudoso porem ao depois se faz juntas as correntes das lagoas sempre corre mas alguns anos secos se paça a pe enxuto por algumas (pontes).
[160]
Ao terceiro Interrogatório digo que no sitio desta Freguezia emtram nella duas ribeiras pequeinas chamada huma luçafece e a outra Asavel as duas que de verão nam correm por nam terem seos moinhos de pão. Ao quarto Interrogatorio digo que o dito Rio Guadiana no sitio desta Freguesia tem huma barca que leva trinta cavalgaduras e alguma gente e assim humas são maiores e outras são menores porem tres homens a governão tem seos pegos detriminados que não são todos lugares de embarcaçoins também tem alguns barqueirhos pequenos cujos governos o hum homem levam dez, dose pessoas. Ao quinto Interrogatorio he de curso quieto todo elle exçeto no tempo das enchentes e algumas correntes que tem nos asudes em que estão fundados os Moinhos. Ao sesto Interrogatorio digo que corre do Nascente ao poente. Ao sétimo Interrogatorio tarnbém cria alguns peixes e chamam-se estes bogas bordalos sarrelos, vieiros (?), barbos estes pesão até meia arroba. Ao outavo Interrogatorio digo que em todo o anno se pescan ella. Ao nono Interrogatorio digo que as pescarias são livres. Ao decimo Interrogatorio digo que em todas as suas margens se não cultivam frutos por não serem capazes porquanto tem muita força (?) que (?) nas(?) vargas tem em que se semeia trigo, sevadas, senteio milho e alguns meloaes, em partes tem muito arvoredo de azinho e oliveiras; Ao decimo primeiro Interrogatorio não há que dizer. Ao decimo segundo Interrogatorio não há memoria que não esse outro nome.
[161]
Ao Decimo Terceiro Interrogatorio dizem morre no mar e entra nelle em Mertola. Ao decimo quarto Interrogatorio digo que tem algumas asuelas e chachapos que lhe embaração o ser navegável. Ao decimo quinto não há que dizer. Ao decimo sesto digo que tem alguns Moinhos e pezoins. Ao decimo sétimo não há que dizer. Ao decimo outavo não há que dizer. Ao decimo nono digo que esta Freguezia tem distancia de legoa e meia e não passa por povoassão alguma. Ao duodécimo não há que dizer e he o que tenho digno de memoria e de como isto que [ ] tenho desta Freguezia que averiguar posso [ ] que asigno oje 13 de Junho de 1758.

O Paroco Manoel Ramalho Madeira
(transcrito a partir da escrita manual, do Pároco Manuel Madeira, com a colaboração do amigo António Carvalho, Estremoz 2014)
Igreja de Santo António de Capelins 



sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Memórias Paroquiais de Santo António de Capelins - 1758

Memórias Paroquiais de Santo António de Capelins - 1758


Memórias Paroquiais de Santo António, termo da Vila de Terena, escritas em 1758, pelo, então, Pároco desta Paróquia, Manuel Ramalho Madeira.


















quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Registos Paroquiais - Santo António

Registos da Paróquia de Santo António de Capelins 

Estão depositados no Arquivo Distrital de Évora, os livros de registo de Batismos, Casamentos e Óbitos da Paróquia de Santo António de Capelins, desde 1633 até 1910. O livro mais antigo, aberto em 1633, pelo Pároco de então, Luís de Campos, tem registos mistos, porém, mais tarde, esses livros já se encontram separados por atos. Assim, a seguir transcrevemos a abertura do livro de Batismos na Paróquia de Santo António de Capelins, termo de Terena de 1802 a 1820:
Estes livros registam os batismos que incluem as datas dos  respetivos nascimentos nesta Freguesia, em determinadas épocas. 
Assim:

"Aos dezoito dias do mês de Junho de mil oitocentos e dois annos (...) do Reverendíssimo Parocho da Paróquia de Santo António de Capelins, termo da Vila de Terena me foi apresentado para Rubricar este Livro que há-de servir para os assentos dos Baptizados da dita Freguesia, o qual numerei e Rubriquei na forma que se segue como Escrivão das Rubricas de que fiz este termo e eu o Parocho Marcelino José Pereira Reitor do Collégio dos Santos Inocentes Escrivão de Rubricas escrevi.
Principio em 20 de Junho de 1802
Fim em 3 de Dezembro de 1820."

Igreja Paroquial de Santo António de Capelins 





Povoado de Miguéns - Capelins - 5.000 anos

  Povoado de Miguéns -  Capelins - 5.000 anos Conforme podemos verificar nos estudos de diversos arqueólogos, já existiam alguns povoados na...