segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

História de vidas de Gentes de Terena e de Capelins

História de vidas de Gentes de Terena e de Capelins 

A Dª Josefa Maria, viúva do Capitão - Mor dos Ordenanças da Villa de Terena, redigiu este testamento com 9 folhas, em 16 de Agosto de 1745, o qual, está no Arquivo Distrital de Portalegre! O mesmo, despertou-nos a atenção, não só por se referir à Villa de Terena, o nosso Concelho até 1836, mas também, por contemplar pessoas do Sítio de Calados e da herdade da Ramalha em Capelins!
Quem são os contemplados com alguma coisa, da herança da Dª Josefa Maria, em Calados e na Ramalha? Seria algum Quinchoso? (Só lendo o testamento)!
Temos de pesquisar quem, com estes nomes, que estão no testamento, residia nestes lugares em 1745! 

TRESLADO DO TESTAMENTO COM QUE FALECEU JOSEFA MARIA MORADORA QUE FOI DA VILA DE TERENA VIÚVA QUE FICOU DE JOÃO CHARRUA FRADE CAPITÃO-MOR QUE FOI DA MESMA VILA
NÍVEL DE DESCRIÇÃO
Documento simples Documento simples
CÓDIGO DE REFERÊNCIA
PT/ADPTG/PCELV/4/11/36
TIPO DE TÍTULO
Formal
DATAS DE PRODUÇÃO
1750-02-27 A data é certa a 1750-02-27 A data é certa
DIMENSÃO E SUPORTE
9 f.
EXTENSÕES
9 Folhas
ÂMBITO E CONTEÚDO
Terena, Redondo, Alandroal, Cheles [Espanha], Vale de Susana, Monte do Outeiro, Sítio dos Calados, Herdade da Ramalha. Padre Inácio Mendes Frade, Luzia Sengo, Manuel Sengo Varela, Maria Borralho, padre Manuel Dias Bota, José Dias, Manuel Dias Caeiro, Inês Dias, José Velada, Josefa Velada, José Caeiro Sardo, Manuel Cordeiro, Manuel Dias Fidalgo. Treslado do original datado de 26 de Agosto de 1745.
CONDIÇÕES DE ACESSO
Comunicável
COTA ATUAL
Cx.16
COTA ANTIGA
Tb. 20, f. 147 r.
IDIOMA E ESCRITA
por
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E REQUISITOS TÉCNICOS
Bom
DATA DE CRIAÇÃO
25-07-2008 0:00:00
ÚLTIMA MODIFICAÇÃO
27-01-2012 11:13:46


Castelo de Terena


domingo, 28 de janeiro de 2018

Aldeia de Faleiros - Capelins

A Fundação da Aldeia de Faleiros

Como já referimos e apresentamos a prova, a Aldeia de Faleiros já existia no ano de 1598, mas como, geralmente, uma Aldeia não se desenvolve de um ano para o outro, a nossa previsão é que esta Aldeia das terras de Capelins foi fundada pela família Faleiro há cerca de 500 anos! Ainda sobre o testamento de Leonor Dias, mulher que foi de Fernão Lopes, a senhora em 19-08-1598 contemplou nesse testamento, António Faleiro (da Aldeia dos Faleiros), decerto que, após a morte dela seria entregue uma determinada quantia ao ti António Faleiro da Aldeias dos Faleiros! Porquê? Também gostava de saber! Deve estar nas 6 folhas do testamento que está no Arquivo Distrital de Portalegre! Seria seu criado? Ou familiar! Como sempre dissemos, a Aldeia de Faleiros é a mais antiga das terras de Capelins, porque a Vila de Ferreira junto à Ermida de Nossa Senhora das Neves que foi fundada em 1314 por D. Dinis, desapareceu completamente! As Aldeias de Capelins de Baixo e Capelins de Cima, que são hoje Ferreira de Capelins só surgiram na primeira década de 1700, tal como Montes Juntos (Salgueiro)! Ainda sobre a Aldeia de Faleiros, é de salientar que os Romanos estiveram instalados neste lugar há 2.000 anos! 

 TESTAMENTO DE LEONOR DIAS MULHER QUE FOI DE FERNÃO LOPES 
NÍVEL DE DESCRIÇÃO Documento simples Documento simples 
CÓDIGO DE REFERÊNCIA PT/ADPTG/PCELV/4/11/34 TIPO DE TÍTULO Formal DATAS DE PRODUÇÃO 1750-02-27 A data é certa a 1750-02-27 A data é certa 
DIMENSÃO E SUPORTE 6 f. EXTENSÕES 6 Folhas 
ÂMBITO E CONTEÚDO 
Alandroal, Terena, Aldeia dos Faleiros. Herdade de João Guerra. Pero Fidalgo, Estêvão Fernandes, Isabel Fernandes, António Faleiro, Isabel Branco. 
Treslado do original datado de 19 de Agosto de 1598. 
CONDIÇÕES DE ACESSO Comunicável 
COTA ATUAL Cx.16 COTA ANTIGA Tb. 20, f. 140 v. 
IDIOMA E ESCRITA por 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E REQUISITOS TÉCNICOS Bom 



domingo, 7 de janeiro de 2018

Família Moreira de Capelins

Família Moreira
História de vidas, das gentes de Capelins
A Família "Moreira" teve início nas terras de Capelins há mais de 250 anos, com a chegada de Clemente Antunes Moreira cerca de 1760 a Capelins de Cima, onde faleceu com 32 anos de idade em 28 de Julho de 1767! 

Foram vários os "Moreira" que se destacaram, devido aos seus dotes, contribuindo para o bem da comunidade capelinense, com trabalho, arte, ou outras formas de fazer bem! Assim, pretendemos fazer uma singela homenagem, dando a conhecer o percurso familiar ascendente de um dos "Moreira" mais conhecido nas terras de Capelins, e que tem o seu nome numa Rua de Ferreira de Capelins, como reconhecimento da sua dedicação a esta comunidade! Era lavrador do Monte do Roncão e, um dos poetas populares da Freguesia de Capelins, de nome: 
1 - Inácio Moreira Correia, nascido no Monte da Boavista - Montes Juntos no dia 03 de Agosto de 1909, casou no dia 27 de Maio de 1942, com Dª Carmen Dias da Vila de Cheles, foi pai de duas meninas e faleceu no dia 18 de Janeiro de 1977! 
2 - Pais: Era filho de Manuel José Moreira, lavrador, nascido em 09-05-1881 e de Joaquina Mariana Correia, nascida em 17-03-1879, os quais, casaram em 22-10-1906 na Igreja de Santo António de Capelins!
3 - Avós: No seu assento de nascimento consta que, o seu avô era: José Joaquim Moreira, nascido em 02-11-1836 e sua avó era: Vicência Ritta, mas parece não corresponder à realidade, o seu verdadeiro avô era: João Moreira, Pastor, nascido em 25-11-1834 e sua avó era; Bárbara Maria, os quais casaram em 06-08-1860 em Santo António de Capelins! João Moreira, além de outros filhos, teve o filho Manuel José Moreira, muito tarde e, este foi perfilhado pelo seu irmão José Joaquim Moreira, constando já no assento do casamento de Manuel José Moreira, que ele era filho perfilhado de José Joaquim Moreira e não de João Moreira como consta no assento do nascimento em 09-05-1881. (Conclusão: O pai de sr. Inácio Moreira Correia, foi perfilhado pelo tio José Joaquim Moreira)! 
4 - Bisavós: Os seus bisavós acabam por ser os pais dos dois avós, de João Moreira e de José Joaquim Moreira (estes eram irmãos), os avós chamavam-se: Manuel Joaquim Moreira, Seareiro, nascido em 17-02-1799 e Francisca Ignácia, moravam no Monte Real e casaram na Igreja de Santo António de Capelins em 14-03-1831.
5 - Trisavós: Joaquim Antunes Moreira, nascido em 11-02-1766 em Santo António de Capelins, e Eufémia Maria, de Mourão, casaram na Igreja de Santo António em 22-09-1790.
6 - Tetravós: Clemente Antunes Moreira, nascido em 26-01-1735 em Vila Viçosa e Francisca Bernarda Eugénia, na Vila de Assumar.

Como sabemos, é aqui, em Clemente Antunes Moreira e Francisca Bernarda Eugénia que se inicia toda a dinastia "Moreira" nas terras de Capelins! 
Cada "Moreira" anteriormente mencionados tiveram 5/6 e mais filhos que, obviamente vieram dar outras famílias "Moreira", mas facilmente sabemos quem são, no entanto, todas vão dar a Clemente Antunes Moreira! 
Sobre o que aqui descrevemos, temos a respetiva documentação oficial, ou seja, os Registos Paroquiais! 




sábado, 6 de janeiro de 2018

O dia de Reis em Capelins

O dia de Reis em Capelins

Também, o dia de Reis faz parte da identidade cultural das terras de Capelins! Noutros tempos, na noite de Reis 5 de Janeiro, os homens e rapazes organizados em grupos andavam pelos Montes e Aldeias a cantar aos Reis, recebendo em troca alguns produtos regionais, como pão, bolos, queijos, enchidos, ovos e tudo o que lhe quisessem dar! Alguns lavradores apreciavam muito esta tradição, porque os grupos de cantadores dedicavam-lhe sempre um, ou mais versos de elogio que, os orgulhava, ou não, porque depois os versos mais sonantes e interessantes ficavam por muito tempo nas bocas do povo capelinense!

O Dia de Reis, segundo a tradição cristã, seria aquele em que Jesus Cristo recém-nascido recebera a visita de "alguns magos do oriente" que, foram três Reis Magos, e que ocorrera no dia 6 de Janeiro. A noite do dia 5 de Janeiro e madrugada do dia 6 é conhecida como "Noite de Reis". 
A data marca, para os católicos, o dia para a veneração aos Reis Magos, que a tradição surgida no século VIII converteu nos santos Belchior, Gaspar e Baltazar. Nesta data, ainda, encerram-se para os católicos os festejos natalícios - sendo o dia em que são desarmados os presépios e por conseguinte são retirados todos os enfeites natalícios.




segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Entrevista ao "Ti Limpas" pelo Jornal On - Line UBI  
“Nasce do meu Pensamento”

Manuel Inácio Veladas, poeta popular alentejano, ganhou o concurso nacional de poetas realizado em 1982. “Não queria participar, porque na altura não tinha disponibilidade e nunca ambicionei ser conhecido. Sempre gostei de fazer versos entre amigos e acompanhado de um bom copinho de vinho. Acabaram por me convencer e fiquei em primeiro lugar”. Depois desta vitória o poeta nunca mais parou e em 2003 foi publicado um livro com algumas das memórias do “Ti Limpas”, como é conhecido. Hoje com 82 anos (nasceu em 1929) recorda a sua vida ligada ao campo e alguns dos poetas que sempre admirou.
É natural de onde?
Nasci em Ferreira de Capelins, concelho de Alandroal, onde sempre vivi. Foi nesta aldeia que passei a minha vida e posso dizer que não há aldeia como esta.
Com que idade deixou a escola e começou a trabalhar?
Estudei até à quarta classe, depois tive de ir trabalhar para ajudar lá em casa. Sou filho único, mas o meu pai adoeceu novo e eu com catorze anos comecei a trabalhar com uma junta de bois. Depois fui tractorista na “Casa Dias”, e mais tarde fui encarregado de máquinas. 
Quando é que começou a desenvolver o gosto pela poesia?
Muito novo, com quinze anos, já fazia as minhas cantigas a despique com os meus amigos. Sempre fui muito intrometido e quando se tem um grande interesse por alguma coisa sempre se consegue mais.
Como é que surgiu a possibilidade de publicar um livro?
Foi há cerca de 12 anos que recebi um convite da Confraria do Pão do Alentejo, na pessoa do Dr. Madureira. Na altura iam lá poetas de vários sitos e chegavam a juntar-se 150 ou 200 pessoas. Recordo-me que nenhum disse versos como eu disse, todos levavam folhas escritas e liam o que haviam escrito. Eu não, todos os versos que recitei foi de cabeça, da minha memória.
Então o Dr. João Madureira viu que eu sabia tantos versos e que tinha facilidade em dizer décimas que me propôs fazer um livro.
Porque é que o livro não tem só décimas suas?
Porque eu sei mais décimas dos outros que minhas. Sei muitas de autores aqui da zona que admiro ou admirava porque alguns já faleceram como José Romão e poetas de outros tempos nomeadamente, “Castro” de Cuba e António Aleixo.
O livro “Nasce do meu Pensamento” foi publicado em 2003, pelas publicações da Confraria do Pão Alentejo, e no dia da apresentação não havia verso que eu não soubesse de cabeça.
Já pensou publicar mais algum livro?
Já tive pessoas que me falaram dessa possibilidade. É certo que tem de ser um assunto devidamente pensado e preparado porque nada do que está no outro livro pode ser repetido, o que requer algum cuidado.
Já ganhou algum prémio com as suas décimas?
Já ganhei vários. O primeiro prémio foi ganho em 1982 a nível nacional. Não queria concorrer porque achava que não tinha tempo. Tinha muito trabalho com um pequeno rebanho de vacas e por isso achei que não podia participar.
Ao fim de seis meses soube que tinha ficado em primeiro lugar. E recebi como prémio três obras do Bocage, Os Lusíadas, e um prato grande.
Depois disto já ganhei vários prémios na Confraria do Pão.
Até onde é que as suas décimas já o levaram?
A vários sítios, do país e não só. A maior empreitada que tive foi na homenagem do Dr. Emílio Peres, um grande nutricionista. Levavam 20 quadras de décimas para dizer, os mandamentos de Deus, e levava ainda mais 15 feitas para a Confraria do Pão. Estive três horas e meia a falar sem ter o auxílio de um papel.
De outra vez fui a Bruxelas e acabei por visitar o Parlamento Europeu. 

Ti Limpas


Povoado de Miguéns - Capelins - 5.000 anos

  Povoado de Miguéns -  Capelins - 5.000 anos Conforme podemos verificar nos estudos de diversos arqueólogos, já existiam alguns povoados na...