domingo, 31 de julho de 2016

A rota do contrabando de Ferreira de Capelins - Bispas - Amadoreira - Defesa da Bobadela - Moinhos Novos - Além Guadiana

A rota do contrabando de Ferreira de Capelins - Bispas - 

Amadoreira - Defesa da Bobadela - Moinhos Novos - Além

 Guadiana 

Parte de mais uma das conversas com alguns antigos contrabandistas que, carregavam às costas, café e outros produtos, entre Ferreira de Capelins e, várias localidades localizadas na vizinha Espanha, desde Olivença a Barcarrota.
Era uma vida muito dura e, se a viagem corria mal, no caso de serem roubados ou intercetados pela guarda civil,  podiam ficar sem nada, até mesmo sem a vida!
A rota mais comum dos homens de Ferreira de Capelins, embora existissem muitas outras, era pela Silveirinha, Bispas, Amadoreira, Defesa de Bobadela, até aos Moinhos Novos, onde passavam o rio Guadiana em barcos a remos durante a noite, quanto mais escuro e, até chuva, mais segurança tinham! Os contrabandistas, conheciam tão bem os caminhos que, não precisavam de luz, muitas vezes iam por veredas pedregosas e, pelo meio de matos, até  aos locais que, antecipadamente, os barqueiros lhes indicavam, pensando sempre na sua segurança e, nos lugares para onde se dirigiam em Espanha, podendo ser desde a guarita de Santa Luzia, acima da herdade do Aguilhão, até aos Moinhos Novos. A carga pesava cerca de 30 Kg, saíam de Ferreira de Capelins pelas 22/23 horas e, faziam rapidamente o caminho, em cerca de 1:15 horas, a pé, até ao rio Guadiana! Já em Espanha, o perigo era dobrado, mas tinham de continuar, porque era esta a atividade escolhida e, que podiam ganhar um pouco mais, com risco da própria vida, para governar a sua Família!

Contrabandistas 

Foto net




A Genuína Rota do Contrabando de Ferreira de Capelins

A Genuína Rota do Contrabando de Ferreira de Capelins 

Episódio do contrabando junto ao Poço das Cobras em Capelins 
 



Numa noite escura pelas 22:00 horas, saíram de Ferreira de Capelins, do depósito de café, em Capelins de Baixo, dois contrabandistas o ti Manuel e o ti António, com 30 Kg de café às costas, a caminho das habituais localidades de Espanha, entre as quais, São Bento da Contenda, quando já tinham passado as últimas casas de Calados, diz o ti Manel para o ti António:

Ti Manuel: Eh António, esqueceu-me de uma encomenda muito importante lá em casa e tenho que a levar para Espanha, comprometi-me que a levava hoje, esperas aqui com as cargas que eu depressa lá vou! (O ti Manuel morava ali ao lado).

Ti António: Eh pá! Não esperava uma destas! Só tu! Assim, vamos atrasar a viagem! 
Ti Manuel: Deixa lá! Eu não demoro! Depois vamos mais depressa e recuperamos o tempo! Vá espera aqui! 
O ti Manuel arreou a carga e abalou a correr, ficando ali o ti António amagado e a escutar se ouvia alguns barulhos suspeitos! O ti Manuel, não se demorou nada, mas foi o suficiente para ser bispado pela Guarda Fiscal, que vieram no seu encalço sem se mostrarem. Chegou ao lugar onde tinham as cargas e, foram descendo o caminho para o poço das cobras, logo um pouco abaixo o ti António começou a ouvir passos de corrida, ficou alerta e disse ao ti Manuel:
Ti António: Tu não ouves uns passos de corrida? É mais de uma pessoa, de certeza que é a Guarda Fiscal, que te viram e vêm atrás de nós. 
Ti Manuel: Eu não ouço nada, não pode ser a Guarda Fiscal, tenho a certeza que ninguém me viu.
Os contrabandistas foram seguindo o seu caminho e, os passos cada vez se ouviam melhor, sinal de que estavam cada vez mais perto deles! O ti António, tornou a dizer ao ti Manuel que, era a Guarda Fiscal, mas já não dava para fugir, porque estavam mesmo muito perto! Estavam a chegar ao Ribeiro das Cobras e ouvem um grito: Alto aí, que é a Guarda! Caramba, já não nos safamos diz o ti António e, pararam logo, ainda carregados com o café. 
Guarda: Ah são vocês! Então o café é do amigo Tonico! 
Ti António: Sim, é dele!
 Guarda:  Pois é! Como é que agora fazemos isto? Não os podemos deixar abalar, é a nossa obrigação que está em causa! Por isso, vocês põem o café no chão e vão-se embora, nós levamos o café para o Posto (em Montes Juntos) e dizemos que deitaram a carga fora e fugiram e, fica tudo resolvido!
Ti António: Está bem, também andamos pouco! Vamos para casa deitar!
Descarregaram o café, voltaram para trás e ficou o assunto resolvido!
Contrabandistas: Boa noite, até amanhã!
Guardas: Até amanhã!
Os dois Guardas Fiscais carregaram com os 60 Kg de café até ao Posto de Montes Juntos com uma quase insignificante apreensão de café feita aos amigos contrabandistas de Ferreira de Capelins! No dia seguinte e todos os outros, passaram 3 camionetas Hanomag, carregadas de café até ao rio Guadiana pelo centro de Montes Juntos, nas barbas do plantão à porta do Posto! Parece ironia!...Mas é verdade, as camionetas levavam guia de transporte, os "burros" não! 

Poço das Cobras - Capelins 




Segredos de Capelins

Segredos das terras de Capelins

Como sabemos, existem muitas necrópoles (cemitérios de antigamente) na Freguesia de Capelins. Quando nos anos 50/60 começaram a fazer lavouras com tratores, mais profundas, surgiram muitas sepulturas em várias zonas da Freguesia, todas muito semelhantes. Sendo uma região muito povoada por Cristãos novos de origem judaica, a partir de 1500, levou-nos a pensar que algumas, senão todas, as sepulturas pertenciam a "marranos" (Falsos cristãos) que, não desejavam ser sepultados em solo cristão (dentro da Igreja de Santa Maria, nas Neves ou Santo António). Há poucos dias, em conversa com um Capelinense que, em companhia de outros homens abriram muitas sepulturas na herdade da Defesa de Ferreira, afirmou-nos que, em quase todas as sepulturas que abriram, existia uma pequena vasilha de barro, todas tinham ossadas que, pela sua dimensão eram de pessoas muito altas! Fomos averiguar sobre quais os povos que por aqui habitaram, teriam esse ritual e, concluímos que, essas sepulturas seriam de romanos! 
Quando começaram a lavrar com tratores na herdade da Negra, surgiram muitas sepulturas e ossadas a sul, perto do caminho do Carrão, existindo, ainda hoje, uma dessas sepulturas junto ao dito caminho, também, nos parece, serem de romanos, não só, porque neste lugar existia uma mina romana, mas também pela classificação do IGESPAR! Muito perto do Monte da Sina, também existem várias sepulturas sem datação e, outras, no altinho, entre a malhada do Monte de Nabais e, o respetivo Monte! Ainda existem outras escavadas na rocha na descida do caminho do Monte de Calados para o Poço das Cobras, tudo indica que sejam romanas, estando, apenas uma violada. Assim, parece-nos que, essas sepulturas/necrópoles que existem em vários lugares da nossa Freguesia, pelos menos 8, são de romanos e, dessa forma, indicam-nos os lugares onde eles habitaram há cerca de 2.000 anos. 


Foto net

Caminhos do Contrabando de Ferreira de Capelins - Além Guadiana

Caminhos do Contrabando de Ferreira de Capelins - 

Além Guadiana 

Peripécias passadas nos caminhos do contrabando

Uma das localidades frequentada pelos contrabandistas de Ferreira de Capelins era São Jorge de Alôr, já na serra do mesmo nome. Ficava distante de Ferreira de Capelins, mas era muito segura e faziam-se boas vendas do dito café. A segurança era mantida pelo Ti Farinha, natural da aldeia do Outeiro e casado com uma senhora espanhola, dessa aldeia. O Ti Farinha tinha uma estratégia infalível que garantia a segurança a todos os contrabandistas face ao seu inimigo que era a guarda civil à qual chamavam os "carabineiros", que nesta àrea do Concelho de Olivença, eram muito perigosos, porque andavam a cavalo pelas aldeias e pelo campo. Porém, não faziam farinha, com o Ti Farinha, porque tinha sempre 3/4 homens de serviço, sentados em bancos, petiscando e bebendo alguns copitos e assim que os contrabandistas apareciam perto de São Jorge, no caso de a guarda lá estar ou por perto, levantavam os braços em sinal e eles logo se afastavam e escondiam, quando o caminho estava livre, os mesmos homens faziam sinal para os contrabandistas se aproximarem. 
O Ti Farinha até tinha uma choça (tipo cabana) para dar abrigo aos contrabandistas. 
Então, e o que ganhava o Ti Farinha com essa mordomia? 
Em breve lhe contamos!

São Jorge da Lor
São Jorge da Lor (em espanhol San Jorge de Alor) ou São Jorge de Olor é uma aldeia do município de Olivença. Até 1801 constituía uma freguesia deste concelho e tinha nesta data 404 habitantes.
Situada a 5 km de Olivença em direcção a SE, a aldeia constitui um núcleo urbano de muito interesse pela personalidade que lhe conferem as suas monumentais chunés (chaminés, no Português oliventino). Depois de São Bento da Contenda, é a maior das aldeias de Olivença.
Assentada no sopé da Serra da Lor, a 5 km. da Vila, constitui um conjunto marcadamente rural, com a fisionomia tradicional pouco alterada, destacando-se a sua arquitectura popular alentejana .
O centro do povoado e sua construção mais destacada é a igreja paroquial de S. Jorge, obra do século XVI. De pequenas proporções e endossada a outros edifícios, é em alvenaria caiada. O seu singelo portal é de desenho claramente popular, com triplo campanário. Interiormente, compõe-se de átrio de acesso, nave de três corpos, cruzeiro com abobado de aresta, cabeceira quadrangular e três grandes capelas anexas. Como sempre, a sua arquitectura espelha as formas populares alentejanas.



Património Arqueológico das terras de Capelins

Património Arqueológico das terras de Capelins

Encontramos testemunhos arqueológicos em diversos lugares da atual Freguesia de Capelins, deixados por povoadores que aqui passaram e ficaram, desde há cerca de 5.000 anos. 
Alguns desses testemunhos encontram-se hoje submersos nas águas da albufeira de Alqueva que ocupa grande área desta Freguesia. 
Foi efetuado o levantamento arqueológico nos vales do rio Guadiana e das Ribeiras de Lucefécit e Azevel pela EDIA empresa responsável pela construção da referida barragem, que nos deu a conhecer alguns lugares que, quase ninguém dava importância.
As maiores evidências são da época romana, com cerca de 2.000 anos que se encontram por muitos lugares nesta Freguesia, com maior destaque para a Villa de Ferreira Romana, no outeiro dos castelinhos na Defesa de Ferreira de Cima, junto à Ribeira do Lucefécit em frente das Águas Frias, onde foram achados muitos artefactos pertencentes a essa civilização, como também, da Idade do ferro.
Os romanos viveram em toda a Freguesia de Capelins, embora, existam mais  evidências na Vila de Ferreira romana, Escrivão, Negra, Roncão, Amadoreira e Defesa da Bobadela. 
Como já aqui referimos foram abertas muitas sepulturas, principalmente
na herdade da Defesa de Ferreira, que se pensava serem de judeus que não queriam ser sepultados na Igreja de Santo António, mas parece que, eram de romanos, porque, conforme nos contaram algumas pessoas que as abriram, tinham no seu interior uma vasilha de barro, típicas nas ditas sepulturas.

Na década de 1940/50, o ti António e o ti Bernardo (já falecidos), trabalhavam na Casa Dias, na Defesa de Ferreira e abriram muitas sepulturas nos chamados ferragiais e, noutros lugares, sempre na esperança de encontrarem algum tesouro dentro de alguma sepultura, porém, todas tinham dentro as ossadas, ainda bem conservadas e uma vasilha de barro. O ti Bernardo (homem alto), tinha sempre de saber qual a altura da pessoa ali sepultada, assim, media os ossos das pernas do esqueleto e comparava-os com os seus e quase todos lhe indicavam que a pessoa ali sepultada era mais alta do que ele, o que causava grande surpresa e ficavam em dúvida: "Quem seriam aquelas pessoas?". Hoje, tudo nos indica que aquelas pessoas foram romanos e romanas habitantes das terras de Capelins há cerca de 2.000 anos! 

Ermida de Nossa Senhora das Neves em Capelins, antes da recuperação em 2019




Os caminhos do Contrabando, um passado esquecido! São Jorge de Alôr

Os caminhos do Contrabando, um passado esquecido!


De Ferreira de Capelins a São Jorge de Alôr


Alguns contrabandistas de Ferreira de Capelins, seguiam diretamente para as localidades do Concelho de Olivença, não só, porque conseguiam vender o café mais rapidamente, por melhor preço, mas também, porque a área de Cheles e Alconchel estava no domínio de eterminadas pessoas e, não deviam entrar nesse território, pelo menos a vender café. Uma das localidades onde também se dirigiam era, São Jorge de Alôr, situada na serra da Lor ou Alôr, onde residia o Ti Farinha, português, natural da aldeia do Outeiro - Monsaraz e, casado com uma senhorita espanhola. O Ti Farinha tinha uma casa de comércio, onde vendia bebidas, petiscos e outros produtos à entrada da aldeia, lugar estratégico para controlar quem por ali entrava ou saía de S. Jorge, assim, havia sempre dois ou três homens, que além de beberem o seu copito, estavam de guarda à guarda civil Carabineiros) que apareciam a cavalo e estavam algum tempo pela aldeia, então esses homens tinham por missão avisar os contrabandistas da presença da guarda. Quando a guarda civil se afastava faziam sinal que já podiam entrar na aldeia e vender o seu café. Em contarpartida, os contrabandistas davam de quando em quando 1/2 Kg de café ao Ti Farinha, abancavam na sua Taberna a comer e beber alguma coisa e, ficava tudo pago, um bom negócio para todos! O Ti Farinha ainda dava abrigo aos contrabandistas, para descansarem em segurança, durante algumas horas, ou mesmo uma noite, numa choça junto à sua casa, que eles muito agradeciam, devido ao cansaço, era um hotel de cinco estrelas! O Ti Farinha ajudou muito os contrabandistas d' aquém Guadiana.
Bem Haja! 

São Jorge de Alôr - Espanha



Os caminhos do contrabando De Ferreira de Capelins - São Bento da Contenda (San Benito de la Contienda)

Os caminhos do contrabando

De Ferreira de Capelins São Bento da Contenda (San 

Benito de la Contienda) 

Numa noite muita escura do anos de 1970, saíram de Ferreira de Capelins os contrabandistas Ti António e Ti Manuel, levavam 30 Kg de café, cada um, ás costas, com destino direto à aldeia de São Bento da Contenda, no Concelho de Olivença. Quando chegaram, começaram a oferecer café e com grande surpresa ninguém queria comprar um único Kg. Vieram depois a saber que, antes da chegada deles, tinham andado uns contrabandistas da Mina do Bugalho a encher tudo de café. Assim, a solução seria seguir para outra aldeia mais afastada, mesmo que vendessem o café por um pouco mais, mas era muito doloroso fazer mais 10 ou 12 Km com a carga toda, mas tinha de ser! Quando iam de saída, apareceram dois senhores, um pouco estranhos, interessados em comprar o café todo! deu para desconfiar, um negócio assim tão bom! então está bem, combinaram o preço e dizem-lhe os compradores: - Comprarmos o café todo, mas só o podemos pagar amanhã. Pior ficaram, mas amanhã porquê? - Porque hoje não temos aqui o dinheiro e mais isto e mais aquilo. O Ti António pergunta ao Ti Manuel: - O que fazemos? - Não sei, mas podemos dormir por aí e amanhã se trouxeram o dinheiro, entregamos-lhe o café. Está bem, diz o Ti António aos compradores.
No dia seguinte, apareceram os compradores com um carro e fizeram sinal aos contrabandistas para descerem por uma estrada, afastando-se da aldeia. Eles desconfiados não se queriam afastar muito, mas com insistência dos compradores lá chegaram ao carro com o café. O Ti António foi entregar o café a um dos compradores e, quando levantou os olhos, estava o outro comprador com uma pistola apontada à cabeça do Ti Manuel e, logo de seguida deu dois tiros para o ar, deixando ao mesmo tempo o Ti Manuel que começou a correr o mais que podia, não querendo saber mais do café nem do companheiro. O Ti António sem medo, ainda insistiu para lhe pagarem o café, mas eles meteram o café no carro e fugiram a grande velocidade. O ti António voltou sozinho, até chegar a um lugar onde existia um Monte, ainda dentro de Espanha, no qual moravam uns idosos e, ainda longe começou a ouvir a voz muito alta do seu colega que não quis saber mais dele. Lá foi ter com ele, zangado, como não podia deixar de estar, porque, se eventualmente levasse um tiro, ali ficava sem ajuda ou morto. Tinha muita razão, por isso iam quase sempre dois a dois, se houvesse azar, o outro podia dar o alerta em Portugal. 
O Ti António esteve mais de oito dias sem ir a São Bento da Contenda (San Benito da la Contienda), mas como era uma pessoa muito audaciosa, lá voltou com outro companheiro, ao chegar, foi ao comércio de uma senhora idosa que vivia com uma neta, muito amiga dos contrabandistas portugueses, que faziam lá muitas compras de produtos para trazer de volta a Portugal e que já sabia o que se tinha passado, contado por outros contrabandistas que conheciam a situação, e perguntou-lhe: - António, já sabes quem te roubou o café? - Não, tu sabes? - Sei. - Foi um marroquino e um cabo da guarda civil, já reformado, roubaram-te e, foram-se embora daqui! Nada podemos fazer nada!

E, a vida dos contrabandistas de Ferreira de Capelins continuou como antes! Apenas houve troca de companheiro! 

São Bento da Contenda




Caminhos do contrabando um passado esquecido De Ferreira de Capelins a Almendral - Espanha

Caminhos do contrabando um passado esquecido

De Ferreira de Capelins a Almendral - Espanha
Apresenta-se mais uma localidade espanhola onde os contrabandistas de Ferreira de Capelins vendiam o tão precioso café Camêlo. Era distante de Ferreira de Capelins, mas tinham de lá ir, não só porque nas localidades mais próximas da fronteira era mais difícil de vender devido à grande oferta e também porque os preços de venda eram mais baixos. É verdade que estes caminhos de 40/50 Km a pé carregados com 30 Kg de café às costas, era muito duro, mas essa vida era mesmo assim, às vezes debaixo de chuva e sujeitos a ficarem sem nada!

Aqui temos Almendral a qual desconhecia até há poucos dias, foi-me descrita por um contrabandista de Ferreira de Capelins.



ALMENDRAL
Almendral é um município de Espanha na província de Badajoz, comunidade autónoma da Estremadura, de área 68 km². Em 2013 tinha 1 319 habitantes (densidade: 19,4 hab./km²).

Património:
Igreja de Santa Maria Madalena
Igreja de São Pedro Apóstolo
Ermida de Nossa Senhora Finibus Terrae
Convento de Rocamador 

Almendral




Contrabando, um passado esquecido!
 
De Ferreira de Capelins a São Bento da Contenda (San 


Benito de la Contienda) 



Em mais uma das viagens noturnas de Ferreira de Capelins a São Bento da Contenda, os contrabandistas Ti Manuel e Ti António, foram vender 30 Kg de café cada um, correu tudo bem até ali, mas ao voltarem para Portugal com o dinheiro nos bolsos e algumas encomendas de clientes portugueses, nomeadamente botas para usarem no trabalho do campo e nas pedreiras de mármore onde então muitos trabalhavam, apanharam grande susto. Desciam um vale por onde em época de chuvas corria um pequeno curso de água, com alguma vegetação, canaviais e arbustos, vinham distraídos, falando da volta que tinham dado essa noite, quando o Ti António levanta os olhos e fica estarrecido, parou repentinamente e diz ao Ti Manuel:

- Olha lá o que está aí na nossa frente! O Ti Manuel pergunta-lhe: - E agora o que fazemos? E diz o Ti António: Fugimos, não?

O que tinham eles na sua frente? A guarda civil (Carabineiros), em cavalos e já os tinham visto. Eram um grande perigo, porque com os cavalos em terreno daquele tipo eram facilmente apanhados e tiravam-lhe o dinheiro e as coisas que traziam. O Ti António e o Ti Manuel eram raposas velhas nestas andanças e ao fugirem escolheram um local de difícil acesso aos cavalos e tentaram enganar os guardas. Fingiram que fugiam para trás, mas assim que ficaram a coberto de árvores e arbustos correram em sentido contrário para o meio de árvores e esconderam-se, ouviram os cavalos a passar a galope e assim que eles passaram começaram a correr o mais que podiam durante muitos quilometros, mas chegaram sãos e salvos a Portugal e quando chegaram a Ferreira de Capelins ainda olhavam para trás a certificarem-se que os cavalos não vinham atrás deles.
Disse-lhe: - Decerto, que a guarda civil não os queria apanhar, só queria assustá-los! Queria, queria, respondeu o Ti António, nós é que os enganámos! 
Era assim a vida dura dos contrabandistas do império do café! 

Igreja de São Bento da Contenda





De Ferreira de Capelins a Almendralejo

Almendralejo é um município de Espanha na província de Badajoz, comunidade autónoma da Estremadura, de área 164 km². 
Em 2012 tinha 34 694 habitantes. Uma linda cidade fundada na Idade Média. 

A cidade de Almendralejo, fica muito distante de Ferreira de Capelins, mas a necessidade de governar a vida, de vender o café que transportavam às costas, obrigava os contrabandistas a recorrerem a esta cidade, percorrendo o caminho por veredas ou estradas secundárias e de terra batida, para escapar aos carabineiros! Como o caminho era muito longo, não o conseguiam fazer num só dia, muitas vezes levavam vários dias e noites, sempre a pé e carregados com o café. 
Almendralejo, era menos visitada por contrabandistas, por isso, vendiam aqui muito bem, melhor preço e em pouco tempo, mas poucos homens se aventuravam em tão grande viagem que, também por isso, o perigo de serem roubados ou presos, era muito maior, mas esse risco era compensado, incentivando alguns contrabandistas de Ferreira de Capelins a viajar até Almendralejo.


Almendralejo


Os caminhos do contrabando, um passado esquecido! De Ferreira de Capelins a Talega (Táliga)

Os caminhos do contrabando, um passado esquecido! 

De Ferreira de Capelins a Talega (Táliga) 



Durante a noite, muitas vezes com chuva, de preferência dos contrabandistas, com 30 Kg de café Camêlo às costas, partiam de Ferreira de Capelins, passando o rio Guadiana ao fim de 1:30 horas e seguiam a caminho de Táliga, onde logo pela manhã, com alguma sorte, conseguiam vender o café porta a porta e em alguns comércios, caso contrário, teriam de partir para outra localidade, sujeitos ao perigo de serem presos e ficarem sem nada.

Histórias de vidas dos contrabandistas do Império do café!

TÁLEGA (TÁLIGA)
Talega ou Nossa Senhora da Assunção de Talega(em espanhol: Táliga) é um município da Espanha, na província de Badajoz, Estremadura, de área 31 km². Em 2013 tinha 743 habitantes (densidade: 24 hab./km²).
A fundação de Táliga remonta ao período medieval, sendo atribuída aos cavaleiros templários. Julga-se que os cavaleiros, que após a reconquista passaram a habitar o castelo de Alconchel, terão deslocado os habitantes mouros deste castelo para povoarem Táliga.
Em 1297, com o tratado de Alcanices, passa a integrar o reino de Portugal.
No início do século XVIII, possuía cerca de 100 habitantes e diversas herdades, tais como a de Alparragena, a de Valmoreno, a de Mentilhão e a de Monte da Vinha.
Este município constituía até 1801 uma freguesia do termo de Olivença, com o nome de Nossa Senhora da Assunção de Talega ou Táliga (Nuestra Señora de la Asunción de Táliga em espanhol). Foi ocupada por Espanha em 1801.
Em 1850, consegue a segregação de Olivença e é constituída em concelho próprio. Tem cerca de 800 habitantes.
A sua construção de maior relevo é a igreja paroquial da Assunção, coroando a atraente praça de configuração irregular que ocupa um dos extremos da povoação. A sua arquitectura revela os traços alentejanos que a distinguem na Estremadura.
O templo, de modestas proporções, de alvenaria caiada, cunhais de cantaria e torre de um só corpo e pouca altura que encaixa de forma não habitual na nave. Na zona superior da torre abrem-se campanários, rematados com um capitel. Na fachada apresenta portal oitocentista de desenho alentejano. No interior, uma nave única de cabeceira plana e abobado de aresta. Do lado da Epístola desenvolve-se um conjunto de capelas.

Igreja de Nossa Senhora da Assunção - Táliga


De Ferreira de Capelins a São Domingos de Gusmão

De Ferreira de Capelins a São Domingos de Gusmão 

Pela noite dentro, os contrabandistas saíam de Ferreira de Capelins, com muitas cautelas não fosse a Guarda Fiscal andar por ali e corriam o risco de lhe tirarem o café. Cerca da meia noite estavam passando o rio Guadiana no barco do moleiro que estivesse mais próximo do local onde queriam passar, mediante o pagamento de 20 escudos cada um. Do outro lado da fronteira, seguiam imediatamente o caminho das localidades antes programadas, porém, ainda dava para descansar algumas horas numa das choças que se encontravam junto a Montes. Uma das localidades da sua rota era São Domingos de Gusmão, pequena aldeia Oliventina. Por aqui vendiam algum café,mas geralmente tinham de seguir caminho para vender o restante, regressando então a Ferreira de Capelins, sempre com os olhos bem abertos para não serem surpreendidos pela guarda civil que nesse Concelho andavam a cavalo, ainda mais perigosos e se fossem apanhados podiam ser presos ou ficar sem nada! Era difícil a vida dos contrabandistas do império do café!


São Domingos de Gusmão

São Domingos de Gusmão (oficialmente em espanhol Santo Domingo de Guzmán) é uma aldeia do município de Olivença, Espanha (disputado por Portugal). Até 1801, constituía uma freguesia deste concelho português e tinha 353 habitantes. Sob a administração espanhola, encontra-se integrada na Província de Badajoz. Situa-se a 7 km de Olivença .
De acordo com dados 2007, possui actualmente apenas 18 habitantes, constituindo a menor das aldeias oliventinas.
Oferece-nos a igreja paroquial de S. Domingos de Gusmão, pequena edificação caiada de carácter popular, do século XVII, com aspecto de ermida rural. A fachada ostenta um grande pórtico de severa estrutura em mármore e duplo campanário. A planta é de uma nave com abóbada de simples e cabeceira quadrangular de cruzeiro. As capelas e demais dependências anexadas a corpo principal originam um conjunto de variados volumes e acertada composição. Uma pequena cúpula em chaminé destaca-se sobre a cobertura. O seu encanto principal resulta da sua característica arquitectura popular tradicional de acento alentejano.
No início do século XVIII, a aldeia era constituída por cerca de 60 pessoas. Nessa altura, existiam nas suas imediações as herdades da Borrachinha, de Monte-longo e Gijarral, entre outras, consideradas muito férteis.
A meio caminho de Olivença encontra-se a ermida de Nossa Sra. das Neves, cujas festas se celebram em 5 de Agosto. Sobre ela existe uma encantadora lenda que relata a história do pequeno Joaquim que, perdido no campo, a Virgem protegeu durante a noite.

São Domingos de Gusmão









A Vila Defesa de Ferreira em 1314

A Vila Defesa de Ferreira em 1314

Em Dezembro de 1312 faleceu D. Martim Gil, 3º senhor de Terena, sem deixar descendentes diretos, retornando o seu património à coroa, embora, com protestos de sua mãe que se considerava sua herdeira e, ainda conseguiu reaver alguns bens, mas não todos, como foi o caso de Terena. Assim, o senhorio de Terena ficou na posse de D. Dinis, que em 1314 criou a Vila Defesa de Ferreira, (o espaço geográfico que é hoje a Freguesia de Capelins), uma inovação, em alternativa aos Coutos de homiziados (tipo prisões abertas), no caso da Vila Defesa os povoadores eram voluntários, o reino concedia-lhes vários privilégios e, em troca tinham de defender esse espaço geográfico dos invasores vindos do outro lado da fronteira. Assim, D. Dinis fundou a Vila Defesa de Ferreira, fazendo o casario junto à atual Neves, onde nos parece que já existia a Igreja de Santa Maria de Ferreira. D. Dinis doou a dita Vila A seguir entregou-a ao seu filho Afonso, que veio ser o rei Afonso IV, o qual a doou, imediatamente à sua esposa Dª Beatriz de Castela, entrando a Villa Defesa de Ferreira, na Casa das Rainhas, continuando o seu senhorio na posse de 3 Beatriz, seguidas, Dª Beatriz esposa de D. Afonso IV, a sua neta Beatriz de Castro e a outra sua neta, filha do rei D. Fernando, que casou com D. João I de Castela, Dª Beatriz! 

Era neste  sítio o Lugar de Ferreira de 1314




sexta-feira, 29 de julho de 2016

A Vila Defesa de Ferreira em 1433

A Vila defesa de Ferreira em 1433

Em 1433, a então Villa Defesa de Ferreira, hoje Freguesia de Capelins (Santo António), que já existia desde 1314 (D. Dinis), foi doada pelo rei D. Duarte a D. Gomes Freire de Andrade, que tinha sido pagem do rei D. João I e lutou a seu lado na batalha de Aljubarrota, tendo por isso recebido como recompensa entre outros bens a Casa de Bobadela (Oliveira do Hospital...), sendo, assim, o primeiro senhor da Casa de Bobadela. Quando em 1433, D. Duarte lhe doou a Villa Defesa de Ferreira, esta ficou integrada nessa Casa Nobre, da Família Freire de Andrade, onde permaneceu até 1674, ou seja durante 241 anos. Ainda é de salientar que a doação do Lugar de Ferreira a par de Terena, foi confirmada em 1450, ao neto de D. Gomes Freire de Andrade, exatamente com o mesmo nome, por D. Afonso V, por recompensa de ter lutado a seu lado na batalha de Alfarrobeira (Vialonga em 1449). 
(Existe documento de prova no A.N.T.T.) 

Doação da Vila de Ferreira a Gomes Freire de Andrade








quinta-feira, 28 de julho de 2016

Povoado das Águas Frias e a Villa de Ferreira Romana separados pela Ribeira do Lucefecit! Dos Iberos - Celtas aos Romanos

Povoado das Águas Frias e a Villa de Ferreira Romana separados pela Ribeira do Lucefecit!
Dos Iberos - Celtas aos Romanos 

Conforme os especialistas, no lugar da Villa de Ferreira Romana já antes aqui existia um Povoado, da Idade do Ferro, antes da vinda dos Romanos que eventualmente estava ligado ao Povoado das Águas Frias.
...
"De Época Romana, bastante representada no Quadro Geral de Referências, apenas foram intervencionados oito ocorrências no território do concelho do Alandroal (GOMES, BRAZUNA e MACEDO, 2002); de entre eles destaco o Outeiro dos Castelinhos, muito próximo do Castelinho (nº 403, Anexo 6), uma “villa” romana fortificada em muito bom estado de conservação (CALADO, 1993:102). Localizado entre a Ribeira do Lucefecit e a faixa piritosa, onde abundam os vestígios de mineração, o sítio não foi escavado integralmente. Durante os trabalhos, foi possível identificar uma área habitacional e outra de trabalho; é-lhe atribuída uma cronologia correspondente à passagem da Idade do Ferro para a Época Romana (GOMES, BRAZUNA e MACEDO, 2002: 135)". 

Villa de Ferreira Romana 




Da Vila de Ferreira à Freguesia de Capelins - Santo António

Freguesia de Capelins (Santo António)

A Freguesia de Capelins (Santo António), é constituída por três Aldeias: Faleiros - Ferreira de Capelins - Montes Juntos e ainda uma pequenina parcela de Cabeça de Carneiro.
A sua história remonta ao período da pré história, conforme consta na carta arqueológica de Alandroal e no relatório do levantamento arqueológico e patrimonial do Alqueva, passando pelo Neocalcolítico, pelos Romanos que fundaram a Villa de Ferreira Romana na margem direita da Ribeira de Lucefecit, em frente às Águas Frias e Idade Média. Entre 1262 e 1836, estas terras, fizeram parte do Concelho de Terena. Em 1314, o rei D. Dinis fundou a Vila de Ferreira, quase todo o espaço geográfico da atual Freguesia de Capelins, como Vila Defesa, (semelhante a Couto de Homiziados), os seus moradores tinham a missão de defender militarmente estas terras, de eventuais invasores, em troca de diversos privilégios, sendo a sua sede o Lugar de Ferreira, junto às Neves, onde existia a Igreja Matriz de Santa Maria. Esta Vila Defesa foi entregue ao seu filho, Infante D. Afonso, que veio ser o rei D. Afonso IV, o qual, imediatamente a doou a sua esposa Dª Beatriz (de Espanha), entrando, assim, na Casa das Rainhas. Depois de ser doada a mais duas Infantas de nome Beatriz, foi doada em 1433 pelo rei D. Duarte a D. Gomes Freire de Andrade, permanecendo nesta Família até 1674, quando lhes foi retirada por falta de herdeiros diretos, ficando na coroa até ser doada ao Infante Francisco de Bragança, neto do Rei D. João IV, mas em 1698 as herdades da Defesa de Ferreira e Defesa de Bobadela foram doadas à Casa do Infantado e, o restante espaço geográfico foi dividido em herdades e courelas e vendidas a lavradores e seareiros. Em 1834 a Casa do Infantado foi extinta e os seus bens passaram para a Fazenda Nacional. As herdades na Freguesia de Capelins ainda estiveram arrendadas durante alguns anos, mas acabaram por ser vendidas a lavradores, entre os quais, Camões, Dias e outros.





segunda-feira, 11 de julho de 2016

A Festa de Nossa Senhora das Neves, em 23 e 24 de Setembro de 1978

A Festa de Nossa Senhora das Neves, em 23 e 24 de Setembro de 1978

Decorria o ano de 1978 e, logo por Abril/Maio começaram os contatos entre as pessoas que desejavam integrar a Comissão de Festas de Santo António de Capelins, a realizar nos primeiros dias da vintena de Agosto. Na primeira reunião entre os festeiros (elementos da comissão), alguns informaram os restantes de que, também, estavam a pensar em realizar as Festas de Nossa Senhora das Neves, que não se realizavam havia muitos anos, talvez um mês depois das Festas de Santo António, assim os que quisessem continuavam na comissão, porque, quantos mais, melhor seria para ajudar na montagem das estruturas mínimas necessárias, o palco, o redondel para a tourada, o bazar para as rifas de fogaças, animais, garrafas de aniz e outras bebidas, e tanta coisa a tratar. Porém, já tinham sido contactados por algumas pessoas que queriam entrar na Comissão de Festas de Nossa Senhora das Neves, porque tinham promessas a cumprir e, seria, talvez a última oportunidade para pagar essas promessas. Todos aceitaram as propostas que foram apresentadas e depois da festa de Santo António, foi organizada e realizada a de Nossa Senhora das Neves, junto à sua Ermida, em 23 e 24 de Setembro de 1978. Do seu programa destacava-se, uma tourada (vacada), atuação do Rancho Folclórico das Fazendas de Almeirim, baile noturno, missa e a procissão com os dois pendões e com Santo Isidro, o Lavrador e Nossa Senhora das Neves. Dessa procissão, temos algumas fotografias que têm sido aqui publicadas,
como a de Santo Isidro, que era muito venerado pelos Lavradores de Capelins.
E, foi assim, que se cumpriram as promessas e se fez a última Festa de Nossa Senhora das Neves, junto à sua Ermida. 

Procissão de Nossa Senhora das Neves em 24 de Setembro de 1978





Os Povoadores das terras de Capelins

Os Povoadores das terras de Capelins


Conforme os registos do IGESPAR, existem vestígios de povoadores das terras de Capelins, com provas arqueológicas datadas de há mais de 5.000 anos, nas margens do rio Guadiana, Ribeiras de Lucefécit e Azevel e, também, junto à Igreja de Santo António, no triângulo da saída para a Aldeia de Ferreira, assim:


Capelins 1
CNS:12389
Tipo:Habitat
Distrito/Concelho/Freguesia:Évora/Alandroal/Capelins (Santo António)
Período:Neo-Calcolítico
Descrição:Habitat pré-histórico em terreno plano e aberto onde foram identificados à superfície percutores de quartzo, seixos e lascas de quartzito.
Meio:Terrestre
Acesso:A 100 m de Capelins pelo caminho que conduz a Aldeia de Ferreira.
Espólio:Seixos afeiçoados de quartzito, percutores, escassos fragmentos de cerâmica manual e elementos de mós manuais.
Depositários:UNIARQ - Unidade de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Classificação:-
Conservação:-
Processos:7.16.3/14-10(1)







Capelins 2
CNS:21044
Tipo:Habitat
Distrito/Concelho/Freguesia:Évora/Alandroal/Capelins (Santo António)
Período:Idade Média e Moderno
Descrição:Habitat medeival-moderno onde foi detectada à superfície cerâmica de construção e comum, de roda, com características medievais.
Meio:Terrestre
Acesso:-
Espólio:Cerâmica de construção e comum, de roda, com características medievais.
Depositários:-
Classificação:-
Conservação:-
Processos:7.16.3/14-10(1)










Povoado de Miguéns - Capelins - 5.000 anos

  Povoado de Miguéns -  Capelins - 5.000 anos Conforme podemos verificar nos estudos de diversos arqueólogos, já existiam alguns povoados na...