sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A Freguesia de Capelins - Santo António


A Freguesia de Capelins (Santo António) 

Referência e localização geográfica da Freguesia de Capelins

A Freguesia de Capelins (Santo António), fica situada na parte sudeste do Concelho de Alandroal, numa zona planáltica delimitada a norte pela ribeira de Lucefécit e a sul pela ribeira do Azevel e pelo rio Guadiana, (atualmente Lago de Alqueva) e Espanha.
Esta Freguesia é constituída pelas Aldeias de Faleiros, Ferreira de Capelins, Montejuntos e uma pequenina parte da Aldeia de Cabeça de Carneiro.
Aparece, assim descrita por alguns autores: "Capelins, são aldeias de pão, gado, azinheiras e sobreiros em pastos ondulados, faz ainda não ter saudades da cidade e do barulho dos bares. Entre as terras de Rosário e de Capelins, há uma ponte que atravessa águas bentas chamada de Ribeira do Lucefécit. E o Lucefécit, por si só, que vira albufeira mais a norte, e que continua carregado de mistério, a começar pelo nome ímpio que carrega. Lucefécit parece vir, e vem mesmo segundo alguns investigadores, de Lucifer, o portador da luz que mais tarde veio a ser satanizado por quem mandava no cristianismo até passar ao exacto contrário do seu real significado: o senhor das trevas. Se há perguntas quanto à heresia que estes campos representam para algumas almas mais beatas, o Lucefécit tira-nos as dúvidas.
Aqui, nestas paragens sagradas, o que era pagão transformou-se no que ficou cristão, mas ainda é muito de cada um. Fiquei a conhecer o Alentejo do céu, por oposto ao Alentejo da terra que andei a fisgar nos últimos dias".
(adaptado de várias publicações na internet, por exemplo em: - https://avoltadeumportugalsemcrise.blogs.sapo.pt/ e outras). 
Quanto à situação geográfica mais pormenorizada, podemos iniciar no Lugar do Ribeiro dos Oregãos o qual,  desagua na Ribeira de Lucefécit junto no Lugar das Águas Frias e delimita as herdades, Defesa de Ferreira de Cima e Boeira, assim como, as Freguesias de Capelins e de São Pedro de Terena, cumprimentando, ainda, a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Alandroal na margem esquerda da Ribeira de Luceféit.
Descendo a Ribeira de Lucefécit, a mesma, marca a fronteira entre as Freguesias de Capelins e de Nossa Senhora da Conceição, até à sua foz, antes da construção do Grande Lago, nos Lugares do Aguilhão na margem esquerda e Azenhas D' El-Rei, na margem direita. Neste espaço geográfico a partir das Águas Frias, encontram-se os sítios das Neves, Ermida de Nossa Senhora das Neves, Bufo, Torre, Roncão e Azenhas D' El-Rei, cujo percurso consideramos muito interessante, não só pelos lugares arqueológicos que podem ser visitados, mas pela apreciação da flora e fauna e pela deslumbrante paisagem.
O espaço geográfico da Freguesia de Capelins, percorre o Grande Lago de Alqueva e fronteira com Espanha, desde as Azenhas D' El-Rei até ao Lugar do Gato, com passagem por lugares onde existiram muitos povoados pré históricos, e dos períodos do neolítico, calcolítico e, principalmente romano.
Do lugar do Gato a Freguesia de Capelins, faz fronteira com as Freguesias de Monsaraz e de S. Pedro do Corval, separadas pela Ribeira de Azevel, ocupada pelas águas do Grande Lago, até acima da ponte da Machôa e do Monte com a mesma designação, incluindo a herdade do Roncanito e do Azinhal Redondo até muito próximo da Aldeia de Cabeça de Carneiro, passando os seus limites junto da mesma, ficando o campo desportivo e algumas casas na Freguesia de Capelins. Os limites da herdade do Monte da Vinha coincidem com os desta Freguesia que, segue pelas Carvoarias até Santa Clara, onde, nas Fontanas, se encontra com as Freguesias de Santiago Maior que a acompanha lado a lado desde, muito antes da Aldeia de Cabeça de Carneiro até aqui, onde, também se abraça à Freguesia de São Pedro de Terena.
Das Fontanas/Santa Clara, segue de braço dado com a freguesia de São Pedro de Terena na direção da Aldeia de Faleiros, pelas Courelas, sendo limitada pelo Ribeiro entre esta Aldeia e, os Montes de Bacêlos e Abaixo, seguindo por esse Ribeiro até à Junqueira e, entre as herdades de Nabais e Boeira e, depois Defesa de Ferreira de Cima, chegando junto à Ribeira de Lucefécit, no lugar antes descrito.

Aldeias Ribeirinhas (18)

1.Alqueva
2. Amieira
3. Campinho
4. Capelins
5. Cheles
6. Estrela
7. Granja
8. Juromenha
9. Luz
10. Marmelar
11. Mina da Orada (Pias)
12. Monsaraz
13. Monte do Trigo
14. Pedrógão
15. Póvoa S. Miguel
16. São Marcos do Campo
17. Telheiro
18. Villareal



Alma Capelinense

Alma Capelinense

É nossa missão, como amigos de Capelins, divulgar todas as referências à nossa Freguesia, assim publicamos o seguinte verso: 

A caminho do "Monte" da sua Amada

Chegado um fim-de-semana,
fiz contas, e atravessando
as margens do Guadiana,
fui dormir a Capelins.
Na manhã do outro dia
(o Sol ainda dormia)
e eu, a pé, já caminhava
por terras de Portugal.
Andando um bom par de léguas
cheguei tarde, noite fora,
ao sítio da "Cotovia".
Batiam três da manhã
na torre da freguesia.
Ia a morrer de cansaço,
mas a voz do próprio sino,
como a força do destino,
foi-me levando p'lo braço
ao "Monte" onde ela morava...

In: “Terras de Sol – Picareta Escribante”

Igreja de Santo António de Capelins 








O Planalto ou Serra da Sina em Capelins

O Planalto ou Serra da Sina em Capelins

O planalto da Sina, ou Serra da Sina, como é designado pelos capelinenses, fica situado na Freguesia de Capelins – Santo António, Concelho de Alandroal, Distrito de Évora. A sua altitude ortométrica é pouco elevada, podendo passar despercebida a qualquer comum viajante ou pouco conhecedor da região, não passando de uma pequena colina. 
Quando em 1758, o Pároco de Santo António, Manuel Ramalho Madeira, respondeu ao questionário enviado pelo Marquês de Pombal, a todas as Paróquias do Reino, na questão colocada sobre a existência, ou não, de alguma serra na Paróquia ou Freguesia, ele respondeu, “não haver serra”, talvez porque, devido à pouca elevação, o dito Pároco não considerava ser uma serra!

Resposta do Pároco de Santo António ao inquèrito:
“Serra
Na segunda parte da ordem se ma procura saber da qualidade da serra, e assim nesta parte não tenho que dizer por não haver serra, contados estes treze interrogatórios nada, não há duvida que esta fraga tem em si creaçoins de bois, ovelhas, cabras e porcos, e também algumas creaçoins de lebres e coelhos como se procura no interrogatório decimo primeiro desta segunda parte assim, não há mais que dizer.”
A Serra da Sina, situa-se na herdade da Sina que, também aparece em diversos documentos antigos como “Cabeça de Sina”, tem uma flora típica dos terrenos mais pobres do Alentejo, devido à secura, predomina a esteva, rosmaninho e giesta, sendo o arvoredo dominado por azinheiras.
No interior da Serra, a norte/nordeste, existe uma fonte bem arranjada, noutros tempos, a água era muito apreciada, mas nos últimos anos, também, devido à existência de água canalizada ao domicilio, está quase abandonada, sendo, pouco, ou nada utilizada. Na sua extremidade leste, encontramos a Igreja de Santo António de Capelins, o Cemitério desta Freguesia a casa paroquial e uma casa de habitação particular.
Do alto desta Serra, avistamos diversas localidades, portuguesas e espanholas, como: Terena, Alandroal, Évoramonte, Elvas, Monsaraz, Cheles, Alconchel e outras, olhando a ocidente, a vista, é dominada em grande parte, pela Serra D’ Ossa.
Foram aqui encontrados vestígios de povoamentos datados do neo-calcolítico, com cerca de 5.000 anos. 
A Serra da Sina, ou Cabeça de Sina, foi uma mata do rei, pertencia ao Reino e, ficava fora da Vila de Ferreira, foi muito importante para o reino, devido à sua flora e fauna, permitindo boas montarias, por isso, aparece mencionada em “Montarias do Rei com as respetivas matas”, ou, “As matas do Rei - séculos XIV -XV” – História Florestal. Regimento de 1605, assim: “Terena – Cabeça de Sina”
Fontes: História Florestal, Regimento de 1605, Repertório Toponímico, Carta Militar de Portugal, escala 1/25.000.

Serra da Sina ou Planalto da Sina em Capelins 






domingo, 7 de setembro de 2014

A Visitação de um Clérigo em 1534 à Igreja de Santa Maria de Ferreira - Neves

A Visitação de um Clérigo em 1534 à Igreja Matriz de Santa Maria de Ferreira 
A história das terras de Capelins é conhecida desde a pré história, existe documentação referente ao estudo dos vestígios arqueológicos encontrados nesta Freguesia e, classificados por especialistas em arqueologia do IGESPAR e da Empresa de Infraestruturas de Alqueva - EDIA, quando foi efetuado o Levantamento Arqueológico e Patrimonial de Alqueva e de outros arqueólogos participantes no levantamento da Carta Arqueológica do Concelho de Alandroal. Alguns artefactos encontrados no levantamento arqueológico e patrimonial de Alqueva, são da idade da pré história, passando pelo período Neolítico e Calcolítico que, pode ser considerado entre 10.000 anos antes de Cristo até 3.000 antes de Cristo, e pelo período medieval,  até ao Cristianismo. Também foram encontrados vários povoados (Aldeias) daquelas épocas no Vale da Ribeira de Lucefécit e no Vale do rio Guadiana nesta Freguesia.
Conseguimos conhecer parte da história das terras de Capelins, através da consulta de documentos via on line no site do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), no Arquivo Distrital de Évora, Arquivo Distrital de Portalegre, Registos Paroquiais e, em livros de autores como Túlio Espanca e outros especialistas que, fizeram estudos arqueológicos nesta região. 
Conforme é descrito por Túlio Espanca, no ano de 1534 foi efetuada uma visita por um clérigo da Diocese de Évora, existindo um relatório, na Biblioteca Publica de Évora, (Livro da Visitação de 1534) à Igreja Matriz de Santa Maria de Ferreira, a qual, parece que, estava edificada no lugar onde se encontram as sepulturas escavadas na rocha, junto à Ermida de Nossa Senhora das Neves, mandada construir pela Família Riba de Vizela, cerca de 1262, donatários da Vila de Terena até Dezembro de 1312. 
Por analogia com outros relatórios dos Clérigos, com a mesma data, referentes a Paróquias vizinhas, (por exemplo do antigo Concelho de Monsaraz) a que já tivemos acesso, nesses relatórios, o inquérito era dividido em duas partes, na parte espiritual que se referia ao número de fregueses, quantos assistiam às missas, e o números de missas, e a parte temporal que era tudo sobre a Igreja, as Capelas existentes e seus comendadores, sobre as instalações gerais e mobiliário. O visitador, indicava o que tinha de ser corrigido e o limite em termos temporais. 
Assim, consideramos este documento muito importante para nos dar a conhecer como se vivia nas terras de Capelins nessa época de 1534. 
Pensamos que, o clérigo não encontrou a referida Igreja nas melhores condições, nem na parte espiritual nem na temporal, porque, parece-nos que, pouco tempo depois foi criada a Paróquia ou Freguesia de Santo António, com padroado real, ou seja, propriedade do Reino. 

Texto: Correia Manuel

Era neste lugar que ficava situada a Igreja Matriz de Santa Maria de Ferreira de 1262, sendo substituída pela Ermida de Nossa Senhora das Neves nos finais da centúria de 1600.



Ermida de Nossa Senhora das Neves em Capelins, antes da reconstrução de 2019


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A descida do vale da Ribeira de Lucefécit em Capelins

A descida do vale da Ribeira de Lucefécit em Capelins
Porta do Rosário (Vila de Ferreira Romana) à Porta D' El-Rei
Este circuito, inicia-se no limite Norte/nordeste da Freguesia de Capelins - Santo António, junto à mina de ferro, designada por Algar de água, ao Forte e Vila de Ferreira Romanas, do século I/II d.c. na herdade da Defesa de Ferreira de Cima, em frente às Águas Frias, onde, também foram encontrados vestígios de ocupação da Idade do Ferro. 
Descendo junto à margem direita da Ribeira de Lucefécit, ou seja, Albufeira de Alqueva, a cerca de 500 metros, era o Porto Romano das Águas Frias de baixo, que tinha passadeiras, talvez dessa época, tal como o Porto de pedra cruzada e piso muito firme, encontram-se submersas.
Mais abaixo, a cerca de 250 metros, encontra-se o Moinho Velho, ou Moinho do Velho, como alguns ancestrais lhe chamavam, decerto, dos primeiros Moinhos que foram construídos nesta região, diziam que, podia ter ligação às minas romanas de Ferreira, para triturar o minério, ninguém o conheceu a funcionar e esta informação já vinha de geração em geração, era um Moinho de roda horizontal exterior com ligação ao aferido, movido através de água canalizada a partir da dita Ribeira, de onde a água saía por um canal a montante, voltando a entrar na Ribeira a jusante do Moinho, conforme contavam os mais antigos, também se encontra submerso.
A cerca de 600 metros mais abaixo, um pouco antes do Ribeiro das Neves, que corre ao longo do vale de Enxofre, está o Moinho das Neves que, ainda funcionava no decénio de 1960, sendo o moleiro, talvez o último, natural da Aldeia de Cabeça de Carneiro, este Moinho trabalhava até Março/Abril, enquanto existisse água suficiente na Ribeira, canalizada por um açude que ligava as duas margens e, também servia para a passagem de pessoas para um e outro lado, principalmente de, e para a herdade de Santa Luzia.
Neste Moinho de roda horizontal, com apenas um aferido, assistimos algumas vezes ao fabrico da farinha, que era feita de forma muito simples e ecológica. 
O Moinho das Neves, encontra-se submerso, assim como a referida casa, a qual, veio à tona pela primeira vez após o enchimento da barragem, no ano de 2018, já com a cobertura do telhado, parcialmente desmoronada, apenas tinha algumas telhas e os paus e ripas de suporte das telhas.
Continuamos a descer e se nos afastarmos um pouco à direita, subindo o Ribeiro das Neves, a cerca de 200 metros fica a Necrópole, no lugar onde estava implantada a Igreja Matriz de Santa Maria de Ferreira, talvez construída pela Família Riba de Vizela após 1262, depois nos finas de 1600 foi aqui construída a Ermida de Nossa Senhora das Neves.
Neste sítio era o antigo Lugar de Ferreira Medieval, integrado na Vila de Ferreira fundada pela família Riba de Vizela em 1262. 
Mais acima, à direita fica situado o Monte de Ferreira, o que resta do referido Lugar de Ferreira, embora de construção recente, e dois silos comunitários, ou cisternas, um deles, foi descoberto recentemente em 2018, no alto do Monte de Ferreira, quando, algumas pessoas faziam a colheita da azeitona e o outro na mesma linha, mas nas terras da herdade da Defesa de Ferreira.
Daqui, podemos voltar à margem da Ribeira de Lucefécit e continuar a descida, ou seguir pelo caminho da época romana e, a cerca de 1500 metros encontramos o Monte do Escrivão, mais um lugar, segundo a Direção Geral do Património Cultural - DGPC, foi povoado pelos Romanos, noutros tempos, existiam aqui pelo menos 10/12 casas de habitação com muitos moradores e, os ancestrais contavam que, também existiu uma taberna, no entanto, hoje está quase deserto e tudo abandonado, sem esperança de recuperação, embora se situe a 500/600 metros da Albufeira de Alqueva, podendo ser aproveitado para atividades turísticas. 
A partir do Monte do Escrivão podemos descer até à Ribeira, ao lugar do Bufo, onde se encontra mais um Moinho e a casa de apoio, ambos submersos. 
Neste lugar existia mais um porto de passagem da Ribeira, por se encontrar muito próximo do Monte de Santa Luzia e nos anos de 1960 foi aqui construído um passadiço pedestre que, permitia a passagem da Ribeira em todas as estações do ano e esteve em funcionamento até à chegada das águas da Albufeira. 
Continuamos a descer junto às águas do Grande Lago, pela Torre até ao Roncão, chegamos ao antigo Porto do Aguilhão, outro sítio de passagem da Ribeira, com passadeiras e muito movimentado, não só pelas pessoas que moravam e trabalhavam no Monte e nesta herdade, mas pelas que iam e vinham de outras herdades a montante desta para as terras de Capelins ou desta região.
Aqui somos obrigados a virar para a direita contornando a grande baía existente em frente do Monte do Roncão Velho e, continuamos a descer pela margem direita do Ribeiro do Carrão, ou pelo caminho do Monte do Pombal, neste caso, mais  afastados da Ribeira de Lucefécit, mas sempre no interior do mesmo vale, avistando Montes ainda habitados, mas a maioria abandonados, onde noutros tempos existiu muita vida, alguns já se encontram em ruínas. 
No caso de a partir do Monte do Escrivão seguirmos pelos antigos caminhos romanos, passamos pelo limite da herdade da Negra, que foi mais um lugar onde os romanos fizeram exploração mineira e agro-pecuária. No início da década de  1960, foi aqui encontrada uma necrópole na parte sul, próxima da estrada que faz a ligação Negra - Carrão - Montejuntos, existindo ainda visível uma sepultura nas bermas deste caminho. 
A seguir, entramos na herdade da Talaveira, deixamos vários Montes à esquerda e depois passamos junto ao Monte de S. Miguel e entramos na herdade do Roncão, onde existia o Moinho do Roncão e duas casas juntas ao mesmo, acima da foz do Ribeiro do Carrão, estando o Moinho submerso e as casas foram demolidas. Também aqui se encontram vários vestígios de ocupação romana, uma necrópole, marcas de exploração de minérios e, mesmo,  sinais de ocupação por civilizações anteriores a esta. 
Na herdade do Roncão, ficava a foz do Ribeiro do Carrão, que metia muita água na Ribeira, por ser o somatório de muitos Ribeiros e regatos que partem das Aldeias de Ferreira e de Montejuntos. 
 Continuando a descer, a cerca de 1,5 km, chegamos às  Azenhas D' El-Rei, o lugar da foz da Ribeira de Lucefécit no rio Guadiana, mas antes existia a Fonte da Lesma, com água muito boa e bem perto a azinheira de Nossa Senhora, cujas bolotas apresentavam uma silhueta de Nossa Senhora, logo a seguir existiam algumas hortas e junto delas existia um muro para estancar a água para as mesmas, o qual ainda existia em 1758, mas acabou por ser demolido, devido a queixas, porque não deixava movimentar o peixe entre a Ribeira e o rio Guadiana. No alto à direita, perto do Forno de cozer telhas e tijolos, existem vestígios de forte ocupação romana.
Nas Azenhas D' El-Rei existiam três Moinhos, dois do lado de Portugal e um do lado de Espanha, os quais, estão todos submersos! 
Logo a seguir, já no vale do rio Guadiana, estamos na Praia Fluvial das Azenhas D' El-Rei. 
Devido à Albufeira de Alqueva o curso da Ribeira de Lucefécit é barrado na área das Águas Frias, acima da Ponte Capelins - Rosário, mas a sua foz no rio Guadiana era ladeada na margem esquerda pela herdade do Aguilhão, Rosário - Alandroal e na margem direita pela herdade do Roncão da Freguesia de Capelins. 

Texto: Correia Manuel

O Lugar de Ferreira de 1262 era neste lugar!







História de Capelins e de Terena 1462

  História de Capelins e de Terena 1462 Os gados vindos de Castela passavam no Porto das Azenhas D'El-Rei na Vila de Ferreira, atual Fre...