domingo, 21 de junho de 2015

El-Rei D. Sebastião, o Desejado, esteve muito perto de Capelins em Fevereiro de 1573.

El-Rei D. Sebastião, o Desejado, esteve muito perto de Capelins em Fevereiro de 1573.


El-Rei D. Sebastião, então com 19 anos de idade, avistou as Terras de Capelins, em Fevereiro de 1573, esteve meia légua pequena a sul, onde foi muito bem recebido. Brevemente, vamos informar, como, onde, porquê, esteve El-Rei nessa localidade nossa vizinha. Por agora, vamos dar a conhecer um pouco mais da vida deste Rei de Portugal.

El-Rei D. Sebastião, era filho do príncipe Dom João e de Dona Joana de Áustria. Seus avós paternos eram o rei de Portugal Dom João III e a Rainha Dona Catarina. Seus avós maternos eram o imperador Carlos V e a Imperatriz Dona Isabel. Dona Isabel era irmã de Dom João III.
"O príncipe Dom João, seu pai, morreu em 2 de Janeiro de 1554, deixando todo o reino com sobressaltos, pois Dom Sebastião ainda estava no ventre da sua mãe, Dona Joana, que era prima de Dom João. Dom João foi o único filho sobrevivente dos nove que Dom João III havia tido, e a sucessão do reino passou a depender do sucesso do parto.
O problema que ocorria em Portugal não era a falta de herdeiros, mas por causa do contrato de casamento de Dona Maria, irmã do príncipe defunto, com Dom Felipe II de Castela, pelo qual, caso não houvesse sucessores, o reino passaria ao filho desta união, Dom Carlos, ocorrendo a união com Castela, que os portugueses sempre abominaram.
arcebispo de LisboaDom Fernando de Vasconcelos e Meneses, ordenou que, assim que começassem as dores de parto, avisassem à , para que fosse feita uma procissão de fé. Dezoito dias depois da morte do príncipe, a princesa começou a sentir as dores, na noite do dia 19 para o dia 20 de Janeiro. De madrugada chegou o aviso, e o povo que afluiu à igreja de São Domingos foi tamanha que várias ficaram de fora, indo padres a pregar do lado de dentro e outros a pregar do lado de fora.
Na manhã do sábado, do dia 20 de Janeiro de 1554, nasceu o príncipe, e foi dada a notícia do nascimento do Desejado, recebida com orações de agradecimento a Deus.
Em 27 de Janeiro, ao oitavo dia, ele foi batizado pelo Cardeal-Infante D. Henrique, irmão do rei Dom João III, e recebeu o nome de São Sebastião, por causa do dia em que havia nascido, sendo seus padrinhos o rei e a rainha, seus avôs.
Em virtude de ser um herdeiro tão esperado para dar continuidade à Dinastia de Avis, ficou conhecido como O Desejado; alternativamente, é também memorado como O Encoberto ou O Adormecido, devido à lenda que se refere ao seu regresso numa manhã de nevoeiro, para salvar a Nação.
No ano seguinte, em 11 de Junho de 1557, morreu o rei Dom João III. Sebastião tornou-se rei com três anos, quatro meses e vinte e dois dias de idade.
Durante a sua menoridade, a regência foi assegurada primeiro pela sua avó, a rainha Catarina de Áustria, viúva de D. João III, e depois pelo tio-avô, o Cardeal Henrique de  Évora, (23 de Dezembro de 1562-1568). Neste período, para além da aquisição de Macau em 1557 e Damão em 1559, a expansão colonial foi interrompida. A premência era a conjugação de esforços para preservar, fortalecer e defender os territórios conquistados.
Durante a regência de D. Catarina e do cardeal D. Henrique e o curto reinado de D. Sebastião, a Igreja continuou a sua ascensão ao poder. A actividade legislativa centrou-se em assuntos do foro religioso, como por exemplo a consolidação da Inquisição e sua expansão até à Índia, a criação de novos bispados na metrópole e nas colónias. A única realização cultural importante foi o estabelecimento de uma nova universidade em Évora – e também aqui a influência religiosa na corte se fez sentir, pois foi entregue aos Jesuítas.
Investiu-se muito na defesa militar dos territórios. Na rota para o Brasil e a Índia, os ataques dos piratas eram constantes e os muçulmanos ameaçavam as possessões em Marrocos, atacando, por exemplo, Mazagão em 1562. Procurou-se assim proteger a marinha mercante e construir ou restaurar fortalezas ao longo do litoral.
Os bastiões no Norte de África, pouco interessantes em termos comerciais e estratégicos, eram autênticos sorvedouros de dinheiro, sendo necessário importar quase tudo, além do que, sujeitos a constantes ataques, custavam muito em armamento e homens. Assim, Filipe II em 1589 viria prudentemente a devolver aos mouros Arzila, oferecida a D. Sebastião em 1577 por Mulay Mohammed. Filipe II retirou-se.
De facto, a preservação das praças em Marrocos devia-se sobretudo à questão de prestígio e tradição. No entanto, estas evidências pouco interessavam a D. Sebastião, pois o seu grande sonho era conquistar Marrocos.
O jovem rei cresceu educado por Jesuítas e tornou-se num adolescente de grande fervor religioso, embora a sua falta de experiência militar e política viesse a conduzir o exército português a grandes perdas no Norte de África e à própria morte ou desaparecimento do rei.

Aos 14 anos, D. Sebastião assume a governação. Sonhava com batalhas, conquistas e a expansão da Fé, profundamente convicto de que seria o capitão de Cristo numa nova cruzada contra os mouros do Norte de África.

D. Sebastião começou a preparar a expedição contra os marroquinos da cidade de Fez. Filipe II de Espanha, seu primo, recusou participar e adiou o casamento de D. Sebastião com uma das suas filhas para depois da campanha. 

O exército português desembarcou em Marrocos em 1578 e D. Sebastião rumou imediatamente para o interior. Na batalha de Alcácer-Quibir, o campo dos três reis, os portugueses sofreram uma derrota às mãos do sultão Abd al-Malik (Mulei Moluco) e perderam uma boa parte do seu exército. Quanto a D. Sebastião, morreu na batalha ou foi morto depois desta terminar. Conta-se que, ao ser aconselhado a render-se, e a entregar a sua espada aos vencedores, o rei se tenha recusado com altivez, dizendo: "A liberdade real só há de perder-se com a vida." Foram as suas últimas palavras, e é-nos dito que ao ouvi-las, "os cavaleiros arremeteram contra os infiéis; D. Sebastião seguiu-os e desapareceu aos olhos de todos envolto na multidão, deixando ... a posteridade duvidosa acerca do seu verdadeiro fim."  Há quem defenda, por outro lado, que o seu corpo tenha sido enterrado logo em Ceuta, "com toda a solenidade". Mas para o povo português de então o rei havia apenas desaparecido. Este desastre teria as piores consequências para o país, colocando em perigo a sua independência. O resgate dos sobreviventes ainda mais agravou as dificuldades financeiras do país.Tornou-se então numa lenda do grande patriota português – o "rei dormente" (ou um Messias) que iria regressar para ajudar Portugal nas suas horas mais sombrias, uma imagem semelhante à que o Rei Artur tem em Inglaterra ou Frederico Barbarossa na Alemanha

Em 1582, Filipe I de Portugal mandou transladar para o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, um corpo que alegava ser o do rei desaparecido, na esperança de acabar com o sebastianismo, o que não resultou, nem se pôde comprovar ser o corpo realmente o de Sebastião I. O Túmulo de Mármore, que repousa sobre dois elefantes, pode ainda hoje ser observado em Lisboa."

Base: História de Portugal e Wikipédia

D. Sebastião






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