Decorria o ano de 1712 e, já Miguel Gonçalves Gallego, se encontrava a desempenhar a sua missão como Pároco da Paróquia de Santo António, termo da Vila de Terena, mais tarde, Capelins. Ao verificarmos os assentos dos Batismos, Casamentos e Óbitos, realizados na referida Paróquia, durante o longo período que o Pároco aqui permaneceu, pelo menos 30 anos, não se encontra nenhuma tão longa, reparamos na sua assinatura, Miguel Gliz Gallego. Esta situação, deixou-nos intrigados, porque, as pesquisas efetuadas sobre os Cristãos novos, indicam-nos que, aos mesmos, foi concedida por D. Manuel I, a possibilidade de mudar o apelido de Família no momento de se tornarem Cristâos, pelo que, quase todos mudaram, sendo mais comum, os apelidos, Gliz, Miz, Fiz ou Friz, Roiz, Gomes, Nunes, Caeiro, Lopes, Mendes, Ribeiro e outros. Assim, perante um apelido Gliz num Pároco, obrigou-nos a investigar se existiram padres e freiras de origem judaica, ou seja, cristãos novos, concluímos que, de facto existiram muitos. Podemos, então, acreditar que, o Pároco Miguel Gonçalves Gallego, era descendente de Famílias de Cristãos novos, os Gliz, que mais não era do que a Família (Gonçalvez = Gonçalves), como ele assina em alguns assentos de batismos, casamentos e óbitos, a partir de 1736. Nesses assentos, de batismos e casamentos, junto às assinaturas de padrinhos, encontram-se muitos símbolos, associados às assinaturas, autenticas pistas, talvez, alusivas à sua fé primária, decerto consentidas pelo Pároco. Em Fevereiro de 1741, Miguel Gliz Gallego, o mesmo que, Miguel Gonçalves Gallego, foi substituído pelo Pároco Diogo Viegas de Miranda, até Novembro desse ano, data em que tomou posse da Paróquia o Pároco António de Souza e Sylva, que preparou a célebre crisma, feita pelo, Arcebispo de Évora, em 15 de Março de 1752.
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sexta-feira, 3 de abril de 2015
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