Rosmaninho
Capelins terras de Rosmaninho
Nome Comum: Rosmaninho
Nome Científico: Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez
Família: Labiatae
O Rosmaninho existe em abundância nas terras de Capelins, nos lugares mais altos e secos, como a Serra da Sina, Canto de Igreja, Terraço, Barrinhos, Baldio, Carrão e, outros lugares a sul da Freguesia!
Esta planta, ficou conhecida no final da Idade Média por possuir propriedades medicinais, embora por aqui nunca tivesse muito aproveitamento!
É um arbusto vivaz, ereto, ascendente ou prostrado que pode atingir 50 cm de altura, tem o caule lenhoso, as folhas coriáceas, lineares ou lanceoladas, um pouco enroladas!
As suas flores são arroxeadas, tubulares e labiadas, inseridas em bráteas da mesma tonalidade, dispostas em espigas de dois a oito cm, tendo no seu topo três bráteas tepalóides compridas de cor violeta, ou lilás e tem um cheiro muito semelhante a alfazema!
A sua floração é a partir de fins de Fevereiro/Março até Junho/Julho, mantendo-se toda a primavera e parte do verão!
Hoje, não tem utilidade, mas nas terras de Capelins tinha usos tradicionais como:
Tratamento de problemas do foro nervoso (insónias, irritabilidade, enxaquecas), da digestão (indigestão, cólicas, gases, distensão abdominal) e de certos tipos de asma (efeito relaxante).
Esta planta é bastante importante no fabrico do mel, visto ser, uma espécie muito melífera! O mel de rosmaninho é muito famoso pelo seu sabor e cheiro único e inconfundível. Também devido às suas características é usado na confecção de produtos de higiene e beleza, tais como, perfumes, sabonetes, loções capilares, cremes calmantes e balsâmicos!
As suas flores podem ser usadas como insecticidas e rubefacientes!
O Rosmaninho, também se utilizava na religião, como por exemplo, os cristãos na altura da Páscoa costumavam fazer tapetes de rosmaninho, alecrim e ramos de loureiro, à entrada da porta para receber a Visita Pascal.
Também em tempos antigos era usual as pessoas festejarem o Solstício de Verão à volta de fogueiras, usando na cabeça grinaldas feitas de verbena e rosmaninho, que depois eram atiradas à fogueira ao mesmo tempo que se pedia um desejo.
O Rosmaninho, continua a existir nas terras de Capelins, mas as tradições desapareceram.
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