quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Coutada de Terena - Roncão

A Coutada do Roncão em Capelins 
A Coutada do Roncão na Freguesia de Santo António (Capelins) situava-se no lugar do atual Roncanito, ou seja, uma faixa de terra entre a Ribeira do Azevel e o Baldio do Peral, neste caso do Vale de Martinez, era terra de animais que roncam: javalis, caititus, gatos-bravos, saca-rabos, raposas e era terra onde estava bem presente o genuíno provérbio Quem porcos acha menos - em cada moita lhe roncam, que está patente no auto da barca do Inferno de Gil Vicente. 
As terras da Vila de Ferreira (hoje Freguesia de Capelins) entre 1433 e 1674 foram da Família Freire de Andrade, passando de pais para filhos, seus respetivos donatários.
Com a Revolução Liberal procurou-se acabar com o sistema de coutadas, tendo mesmo sido promulgado um decreto que extinguia o cargo de Monteiro-mor, em 18 de Agosto de 1821. Porém, o fervor revolucionário foi interrompido logo em 1823 e no ano seguinte tudo tinha voltado à situação inicial. Só em 1834, após a vitória do Liberalismo, é que foi extinta definitivamente a Montaria-mor do Reino, depois de mais de 300 anos de história. 
Com a Reforma Agrária de 1834, algumas herdades e baldio da Vila de Ferreira, na Freguesia de Capelins foram repartidas em propriedades de menor dimensão e em courelas, dando lugar a imensos seareiros e, por consequência, ao aumento da população da dita  Freguesia de Capelins. 
A Defesa do Roncão de Terena, foi doada pela Câmara de Terena ao Rei D. Fernando em 1380 e, embora mais tarde fosse designado por Roncão do Conde, pertenceu sempre ao Reino.



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