segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova - Terena

 As armas do Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova em Terena

Há algum tempo que pesquisamos sobre a quem pertenciam as armas constantes na frontaria do Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova, na tentativa de provar quem o mandou edificar, embora estejamos convencidos que foi Dª Maria (a formosíssima Maria - Camóes) filha do Rei D. Afonso IV, fazendo fé no que escreve o Prior Mathias Viegas da Silva no dia 17 de Junho de 1758, nas Memórias Paroquiais de S. Pedro, Terena, as quais foram escritas anos mais tarde, mas acreditamos que teve acesso privilegiado à documentação existente! Mas encontrando-se a dita Senhora na Corte de Castela junto do seu esposo, o Rei Afonso XI, não teria muita facilidade a gerir tão grandiosa obra, além de não poder construir uma Igreja sem autorização expressa do Rei de Portugal. Assim, pensamos que, talvez se tenha entendido com seu pai e encontraram uma forma de ela pagar a sua promessa, ou seja, construir um grandioso Templo a Santa Maria, com a ajuda do pai, sendo depois afixadas as armas do Rei conforme lá constam, mas a promessa ficou paga e o pai e filha lá se entenderam.
Interpretação das ditas armas pela amiga:
Isabel Luna
Não sendo entendida na matéria, é fácil perceber que são as armas reais e que apresentam os dois escudetes laterais deitados e apontados ao centro, o que significa que se trata de uma representação anterior ao reinado de D. João II.
A bordadura apresenta 15 castelos mas, até D. João III, em que se estabilizou o número de sete, o seu número variava e dependia do formato do escudo e do espaço vazio da bordadura que fosse necessário preencher.
É o pouco que consigo ajudar, mas que vai ao encontro da datação proposta. Aparentemente, tratar-se-á do escudo de um rei, pois, tanto quanto sei, os escudos das rainhas costumam ser partidos. 

Brasão afixado no Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova - Terena



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