A Vila de Ferreira, descrita pelo historiador espanhol D. José Andrés Cornid y Saavedra
O historiador espanhol, D. José Andrés Cornide de Folgueira y Saavedra, que andou
por Portugal entre 1754 e 1801, segundo os portugueses a fazer espionagem, a verificar os melhores lugares para a entrada de uma invasão espanhola em Portugal, descreve a Vila de Ferreira, como pertencendo à
Paróquia de Santo António de Capelins, com apenas uma Capela dedicada a Nossa
Senhora das Neves. De facto, nessa época, a Igreja de Santo António
e, a sede da Paróquia, situavam-se fora do espaço geográfico da Vila de Ferreira, era na Cabeça
de Sina, termo (Concelho) de Terena, onde hoje se encontra a referida Igreja.
Como sabemos, a Vila de Ferreira, correspondia ao espaço geográfico a sul das herdades da Boieira, Nabais e Sina, até ao rio Guadiana, tendo por limites laterais as Ribeiras do Lucefécit e do Azevel.
O Alcaide, Juiz, Procurador, Escrivão e, Vereadores da Câmara da Vila de Ferreira. eram escolhidos entre os homens bons da dita Villa e residiam em diversos lugares.
Em 1799/1800, conforme afirma José Cornide, ainda
existiam 32 casas no local onde, a partir de 1262, foi fundado o Lugar de Ferreira.
A partir de 1698, a configuração de dez das herdades da Vila foi alterada, e repartidas, cada uma em duas e algumas courelas, as herdades da Defesa de Ferreira e de Bobadela foram doadas à Casa do Infantado e, as restantes foram vendidas aos lavradores e as courelas aos seareiros, continuando a Vila a ser administrada pelo mesmo sistema anterior, até 06 de Novembro de 1836.
Os vestígios arqueológicos registados no IGESPAR, condizem com o lugar referido na informação de José Cornide, ou seja, que o Lugar de Ferreira ficava junto à Capela de Nossa Senhora das Neves a uma légua a sul da anterior
Vila de Ferreira Romana do século I..
É esta a informação de José Cornide ao Reino de Espanha, antes de 1800
É esta a informação de José Cornide ao Reino de Espanha, antes de 1800
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