Memórias de Capelins
Hoje, como habitualmente, levantei-me cedo, fui até ao MELOAL. Mesmo com o lenço debaixo do chapéu, já o suor me escorria testa abaixo! Cansado, parei, o trabalho, sentei-me á sombra do chaparro mais perto e limpei o suor salgado. Olhei em frente e no horizonte próximo avistei a linda vizinha Aldeia de MONTES JUNTOS. Disse cá prós meus botões. Se tivesse uma bicicleta ia lá beber um copo á Taberna do Sapateiro. Olhei ao relógio e eram apenas 9,25 horas. Vou lá, pensei, atão eu gosto tanto de peixe frito e a Deolinda frita todos os dias. C,US diabos, se calhar até ouço lá cantar umas cantigas, petisco com Amigos e volto mais tarde. Arranquei e quando entrei estava lá o meu Amigo ZÉ com as suas muletas encostadas á parede. Cumprimento especial para o Zé. Era uma Ganda malha. Chega mais um homem, sim no século passado poucas mulheres entravam nas Tabernas. O homem cumprimentou e eu palpitei que ia ouvir cante. Veio um copinho para o chegado e ele perguntou pela Deolinda. Já vem , dissemos nós. Está a fritar peixe. Oh, diacho, venho fazer um mandado á minha mulher, tenho pouco vagar. Mais um copo e aparece a Deolinda. Deu os bons dias ao homem e ELE, falou para ela dizendo que queria uma COISA da mercearia. Já o atendo assim que acabar de fritar o peixe. Mais um copo, mais dois dedos de conversa e aparece a Deolinda. Diga cá agora o que vem buscar. Ele respondeu com a célebre cantiga. Sabem quem foi o Poeta?
A cantiga:
Em 11 de Julho de 2024
Escrito pelo capelinense: Zebadino Alfaiate
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