História de vidas de gentes de Capelins
Família Mira
A comunidade capelinense foi
sempre constituída por Famílias oriundas de diversas regiões de Portugal e, de
localidades espanholas próximas da raia, verificando-se maior afluência nos
anos de 1700 e 1800! Assim, devido ao interesse manifestado por algumas
Famílias no sentido de conhecerem as suas origens, procedemos à pesquisa,
através dos Assentos Paroquiais, de algumas Famílias conhecidas nesta Freguesia
de Capelins!
O nosso objetivo é identificar o respetivo casal,
mas seguir apenas o elemento do apelido, a sua filiação, data de nascimento,
lugar do nascimento, data do matrimónio, nome do/a esposo/a, lugar onde se
realizou o matrimónio e outros elementos relevantes!
Esta pesquisa é sobre a
Família “Mira” que descobriu as terras de Capelins na década de 1790, através do
pioneiro José de Mira, o qual veio da sua terra natal, Aldeia de Valverde –
Freguesia de Nossa Senhora da Assunção da Tourega – Évora!
Percurso de vida da
Família “Mira”
Como referimos, José de
Mira chegou às terras de Capelins na década de 1790, onde contraiu matrimónio
com Francisca Rodrigues, natural de Santiago Maior, no dia 05 de Agosto de
1798, na Igreja de Santo António de Capelins!
José de Mira e, sua
legítima mulher Francisca Rodrigues, tiveram vários filhos/as, conhecemos
quatro, do sexo masculino que, deram origem às diversas Famílias “Mira” que povoaram
as terras de Capelins e arredores! Os filhos do género masculino chamavam-se:
Manuel de Mira, Fernando de Mira, Vicente de Mira e João de Mira. No caso da
linhagem da família que seguimos, devido à manifestação dos seus familiares, a
mesma, já em Capelins, teve origem em João de Mira, logo, para trás de José de
Mira é igual para toda esta Família!
A pesquisa, começa dos
tempos mais recentes, dos Registos Paroquiais de Santo António de Capelins até
ao limite temporário dos registos Paroquiais da antiga Paróquia de São Matias –
Évora, dia 02 de Março de 1641, mais de 350 anos e 10 gerações da família Mira!
Estão ao dispor de interessados todos os Assentos Paroquiais a que nos
referimos até àquela data, mas como antes referimos seguimos apenas o ramo
direto do 1º grau “Mira”, com algumas exceções.
Assim:
1. Nome: Manuel Mira
Data
de nascimento: 11 de Novembro de 1900
Ficheiro
40
Naturalidade:
Freguesia de Capelins
Filiação:
Inácio Mira e de Maria Antónia
Data
de matrimónio: 16 de Abril de 1922
Lugar
do matrimónio: Igreja de Santo António de Capelins
Nome
da esposa: Mariana Francisca
Naturalidade:
Freguesia de Capelins
Filiação:
António João Velladas e Francisca Luzia.
2. Nome: Inácio Mira
Data
de nascimento: 31 de Maio de 1873
Ficheiro
5
Naturalidade:
Freguesia de Capelins
Filiação:
Manuel Mira e de Maria Luiza
Data
de matrimónio: Não encontrado em Capelins
Lugar
do matrimónio: Não encontrado
Nome
da esposa: Maria Antónia
Naturalidade:
Freguesia de Capelins
Filiação:
Vicente Mira e Antónia Velladas
Inácio
Mira faleceu no Alandroal em 26-12-1939
3 3. Nome: Manuel Mira
Data
de nascimento: 16 de Dezembro de 1832
Ficheiro
124
Naturalidade:
Freguesia de Capelins
Filiação:
João Mira e de Maria de Jesus
Data
de matrimónio: 03 de Outubro de 1861
Ficheiro
4
Lugar
do matrimónio: Igreja de Santo António de Capelins
Nome
da esposa: Maria Luiza
Naturalidade:
Freguesia de Capelins
Filiação:
Inácio Marques e de Catharina Maria
4. Nome: João Mira
Data
de nascimento: 27 de Agosto de 1809
Ficheiro
42
Naturalidade: Freguesia de Capelins
Filiação:
José de Mira e de Francisca Rodrigues
Data
de matrimónio: 05 de Agosto de 1832
Ficheiro
38
Lugar
do matrimónio: Igreja de Santo António de Capelins
Nome
da esposa: Maria de Jesus
Naturalidade:
Freguesia de Capelins
Filiação:
Domingos Esteves e de Brites Maria
5. Nome: José de Mira
Data
de nascimento: 05 de Fevereiro de 1772
Ficheiro
17
Naturalidade:
Freguesia de Nª Senhora da Assunção da Tourega - Valverde
Filiação:
João de Mira e de Maria Joanna
Data
de matrimónio: 05 de Agosto de 1798
Ficheiro
63
Lugar
do matrimónio: Igreja de Santo António de Capelins
Nome
da esposa: Francisca Rodrigues
Naturalidade:
Freguesia de Santiago Maior
Filiação:
Manoel Marques e de Joaquina Nunes
6. Nome: João de Mira
Data
de nascimento: 03 de Fevereiro de 1745
Ficheiro
23
Naturalidade:
Freguesia de Nª Senhora da Assunção da Tourega - Valverde
Filiação:
Domingos Friz e de Maria de Mira
Data
de matrimónio: Não encontrada
Lugar
do matrimónio: Não encontrada
Nome
da esposa: Maria Joanna
Naturalidade:
Freguesia de São Brás do Regedouro
Seguimos
a Família “Mira”, cujo apelido, nesta geração foi transmitido pelo lado materno,
ou seja, por Antónia de Mira, assim:
7. Nome: Maria de Mira
Data
de nascimento: 28 de Abril de 1709
Ficheiro
12
Naturalidade:
Freguesia de Nª Senhora da Assunção da Tourega - Valverde
Filiação:
Martinho Freire Galego e de Antónia de Mira
Data
de matrimónio: 21 de Abril de 1738
Ficheiro
28
Lugar
do matrimónio: Freguesia de Nª Senhora da Assunção da Tourega - Valverde
Nome
do esposo: Domingos Friz
Naturalidade:
Villa de Aguiar – Viana do Alentejo
Filiação:
Brás Friz e de Izabel Gliz
Naturais
da Villa de Aguiar
8. Nome: Antónia de Mira
Data
de nascimento: 09 de Junho de 1678
Ficheiro
48
Naturalidade:
São Matias - Évora
Filiação:
António Roiz e de Grácia Vidigal
Data
de matrimónio: Não encontrado
Lugar
do matrimónio: Não encontrado
Nome
do esposo: Martinho Freire Galego
Naturalidade:
Vila Ruiva - Cuba
Filiação:
António Galego e de Joanna Pombera
Naturais
de Vila Ruiva - Cuba
9. Nome: Grácia Vidigal
Da. ta
de nascimento: 28 de Outubro de 1656
Ficheiro
58
Naturalidade:
São Matias - Évora
Filiação:
Francisco Roiz e de Caterina Vidigal
Data
de matrimónio: Não encontrado
Lugar
do matrimónio: Não encontrado
Nome
do esposo: António Roiz
Naturalidade:
São Gregório - Arraiolos
10. Nome: Caterina Vidigal
Data
de nascimento: Prevê-se década de 1630, não há Assentos
Naturalidade:
São Matias - Évora
Filiação:
Não há Assentos
Data
de matrimónio: Não encontrado
Lugar
do matrimónio: Não encontrado
Nome
do esposo: Pedro Roiz
Naturalidade:
Não encontrado.
Na
9ª e 10 ª gerações não consta o apelido “Mira” mas sim o de “Vidigal”,
originando a dúvida sobre, de qual ramo da filiação de Antónia de Mira, surge
este apelido! Esta situação levou-nos a investigar se, quando o pai de Antónia
de Mira chegou a São Matias, vindo de São Gregório – Arraiolos, já aqui existia
o apelido “Mira” e de facto, logo, no
ano de 1643 encontramos Luiza Mira e, a seguir outras pessoas com o mesmo
apelido, assim, podemos concluir que, a Família Mira já existia quando Grácia Vidigal
casou com António Roiz que, como referimos veio de São Gregório, estando,
então, os “Mira” já ligados aos “Vidigal” que também já aqui os encontramos em
grande número no ano de 1642 e decerto muito antes, mas não existem Registos
antes de 1641. Tudo indica que Grácia Vidigal foi recuperar o apelido “Mira”
para os seus vários filhos, que encontramos nos Assentos Paroquiais de São
Matias.
É
de salientar que, o padrinho de batismo de Grácia Vidigal foi, Francisco de
Mira, casado com Izabel Vidigal.
Desde
o início dos registos 1641, existem em São Matias, muitas Famílias com o
apelido “Mira” e, talvez ainda mais com o de “Vidigal”.
Os
apelidos: Roiz, Friz e Gliz, são: Rodrigues, Fernandes e Gonçalves que vieram
de: Rodriguez, Fernandez e Gonçalvez, apelidos judaicos espanhóis, que se
encontram nas linhagens de quase todos os alentejanos e beirões.
Resumo
histórico/administrativo, das Paróquias envolvidas:
Santo antónio de capelins – alandroal História
administrativa/biográfica/familiar
A Freguesia, nos séculos XVII, XVIII e até meados do século XIX era
designada por Santo António, termo da Vila de Terena.
Posteriormente, aparece nos Registos Paroquiais como Santo António de Capelins, sendo atualmente denominada Capelins.
Pertencem a esta Freguesia as localidades de Ferreira de Capelins e Montes Juntos.
O orago da Freguesia é Santo António.
nossa senhora da Tourega – valverde – évora
História administrativa/biográfica/familiar
A designação mais antiga da Freguesia era Ourega, estando documentada desde
o séc. XIII. Mas também é denominada Nossa Senhora da Assunção de Tourega.
A Paróquia, no termo de Évora, era curado da apresentação do Arcebispo
daquela Diocese.De 1911 a 1926 esteve anexada à Freguesia da Graça do Divor. Com o Decreto
n.º 12509, de 18 de Outubro de 1926, foi desanexada da referida Freguesia e
foi-lhe anexada a de São Brás do Regedouro. Pelo Decreto n.º27424, de 31 de
Dezembro de 1936, e em resultado da extinção da Freguesia de São Brás do
Regedouro, ficou só como Freguesia de Nossa Senhora da Tourega.
O orago é Nossa Senhora da Assunção.
São Matias - évora
História administrativa/biográfica/familiar
Esta Freguesia já era referenciada em 1555, no livro de Batismos da Sé de
Évora.
A antiga Freguesia de São Matias, no termo de Évora, era curado da apresentação
do Arcebispado da Diocese.
Após 1911, a Freguesia foi anexada à da Graça do Divor.
Em 8 de Dezembro de 1966 foi transferida a sede de Freguesia para a igreja de
Nossa Senhora de Guadalupe, com o título de Paróquia. Todo o seu território
ficou integrado na Freguesia de Nossa Senhora da Guadalupe, criada pelo
Decreto-Lei n.º 128/85 de 4 de Outubro.
O orago é São Matias.
Fim
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